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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Biológicas

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Tese

Título: ESTUDOS DE INIBIÇÃO DE PROTEÍNAS TIROSINA FOSFATASES DE MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS E YERSINIA ENTEROCOLITICA, E CARACTERIZAÇÃO DE UMA PROTEÍNA SERINA/TREONINA FOSFATASE DE MYCOPLASMA SYNOVIAE

Orientador
  • HERNAN FRANCISCO TERENZI
Aluno
  • ANGELA CAMILA ORBEM MENEGATTI

Conteúdo

A fosforilação reversível de proteínas mediada por proteínas cinases e fosfatases tem uma função reguladora central em muitos processos celulares em eucariotos e procariotos. especialmente, proteínas tirosina fosfatases (ptps), que constituem uma família de enzimas de sinalização muito importante. essas enzimas têm atraído grande interesse como uma nova classe de alvos terapêuticos, uma vez que diversas bactérias patogênicas, como yersinia sp. e mycobacterium tuberculosis, utilizam suas ptps como fatores de virulência. dessa forma, um dos objetivos deste trabalho foi a busca por compostos com ação inibitória de yoph de yersinia enterocolitica e ptpa e ptpb de mycobacterium tuberculosis em uma biblioteca de compostos orgânicos. os compostos mais ativos frente à yoph foram duas sulfonamidas, k3 e k7, com valores de ki de 36 ± 2,5 e 4,4 ± 0,4 ?m, e mecanismo de inibição não-competitivo e competitivo, respectivamente. estudos de modelagem molecular do composto k7 indicaram que o mesmo estabelece contatos polares e hidrofóbicos com resíduos chave do sítio catalítico da yoph. além disso, aproximadamente 351 compostos foram analisados frente à atividade da ptpa e ptpb. destes, chalconas e produtos naturais apresentaram os melhores resultados, com afinidade de ligação na ordem micromolar. a chalcona ch6 inibiu de modo não-competitivo a ptpa, com ki de 7,1 ± 1,0 ?m, e a ptpb, com ki de 3,3 ± 0,7 ?m. já os compostos naturais eufr163 e eufr592 e a chalcona b85 inibiram competitivamente a ptpa, com valores de ki de 5,7 ± 0,8, 1,3 ± 0,3 e 2,9 ± 0,7 ?m, e a ptpb, com valores de ki de 1,0 ± 0,4, 1,3 ± 0,1 e 3,3 ± 0,6 ?m, respectivamente. proteínas serina/treonina fosfatases foram descritas em muitas bactérias patogênicas como enzimas essenciais nas vias de sinalização dependente de fosforilação, além de frequentemente estarem associadas à virulência desses organismos. as bactérias do gênero mycoplasma são caracterizadas como os menores organismos com capacidade de autorreplicação e por um genoma muito reduzido, resultando na redução da sua capacidade codificante, na perda da parede celular e várias vias metabólicas. a análise do genoma do m. synoviae, patógeno de frangos e perus, revelou a presença de apenas um gene codificante de uma proteína ser/thr fosfatase da subfamília pp2c (prpc). assim, o segundo objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização bioquímica dessa fosfatase, e em particular a função dos íons metálicos na relação estrutura-atividade. a análise da sequência de aminoácidos da prpc revelou que todos os resíduos envolvidos no centro metálico binuclear, conservados em fosfatases pp2c, estão presentes em prpc. além disso, os resíduos que coordenam o terceiro metal no sítio ativo de pp2c bacterianas, também estão conservados na prpc. a prpc recombinante é uma proteína monomérica capaz de desfosforilar fosfo-substratos na presença de íons mn2+. a análise de dicroísmo circular (cd) indicou uma mistura de estruturas ?-hélice e folha-?, e que a presença de íons mn2+ não afetou o conteúdo de estrutura secundária da prpc. já a análise de estabilidade térmica por cd e fluorescência demonstrou que a enzima apresenta estabilidade a temperaturas moderadas e que esta característica é influenciada pela presença de metal. as análises de espectrometria de massa e calorimetria de titulação isotérmica indicaram a ligação de três íons metálicos à prpc, dois com alta afinidade e um com baixa afinidade (milimolar). a mutagênese sítio-dirigida dos resíduos que coordenam o provável terceiro íon metálico, asp122 e arg164, revelou que as proteínas mutantes, assim como a proteína wt, foram capazes de se ligar ao terceiro íon metálico, e que ambas as mutações afetaram a atividade enzimática da prpc. de acordo com esses resultados, a prpc é um membro da família ppm, que apresenta maior estabilidade na presença de metal e com um terceiro sítio de ligação a metal essencial à atividade catalítica.

Índice de Shannon: 3.97294

Índice de Gini: 0.935118

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,51% 6,61% 6,97% 5,57% 5,86% 4,89% 5,91% 8,26% 8,33% 5,04% 5,56% 6,77% 4,86% 8,17% 5,52% 7,16%
ODS Predominates
ODS 9
ODS 1

4,51%

ODS 2

6,61%

ODS 3

6,97%

ODS 4

5,57%

ODS 5

5,86%

ODS 6

4,89%

ODS 7

5,91%

ODS 8

8,26%

ODS 9

8,33%

ODS 10

5,04%

ODS 11

5,56%

ODS 12

6,77%

ODS 13

4,86%

ODS 14

8,17%

ODS 15

5,52%

ODS 16

7,16%