
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Dissertação
Título: PERCEPÇÃO DA CAPACIDADE E FUNCIONALIDADE DE TRABALHADORES DA INDÚSTRIA TÊXTIL EM TRAJETÓRIAS DE RETORNO AO TRABALHO.
Orientador
- SUZANA DA ROSA TOLFO
Aluno
- CRISTIANE ELISA RIBAS BATISTA
Conteúdo
A trajetória de retorno ao trabalho daqueles acometidos por algum comprometimento de saúde tem se caracterizado por problemáticas que envolvem a avaliação médica pericial, a condição de saúde em que ocorre o retorno ao trabalho, aspectos psicológicos e organizacionais envolvidos neste processo. estes aspectos, isolados ou em conjunto, comprometem a capacidade para o trabalho, uma vez que fatores como a própria capacidade e a funcionalidade do trabalhador não são consideradas com finalidade de avaliação da saúde e da reinserção no posto ou ambiente de trabalho em que este retorna. a percepção de capacidade para o trabalho refere-se à qualidade atribuída pelo próprio sujeito, bem como o sentimento de aptidão para realizar as atividades inerentes ao seu trabalho. a capacidade para o trabalho refere-se à qualidade física, intelectual ou psicológica e o quanto está capaz para atender as demandas do trabalho. já a funcionalidade refere-se à aptidão física envolvida na execução do trabalho. diante do exposto, este estudo teve como objetivo compreender a percepção de capacidade para o trabalho de trabalhadores que, após período de afastamento, retornaram às atividades laborativas com diferentes graus de funcionalidade. para tanto, objetivou: identificar a percepção de trabalhadores sobre sua capacidade para o trabalho; avaliar o grau de capacidade de trabalhadores que retornam ao trabalho e avaliar o grau de funcionalidade de trabalhadores que retornam ao trabalho. a abordagem adotada foi qualitativa. o campo de pesquisa foi restrito a duas indústrias do ramo têxtil localizadas em joinville, santa catarina, sendo uma empresa de pequeno e a outra de médio porte. os participantes foram 11 trabalhadores, de ambos os sexos, com idade entre 20 e 49 anos, que retornaram ao trabalho após período de afastamento. para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos complementares entre si: índice de capacidade para o trabalho, roteiro de entrevista e, checklist (versão 2.1) da classificação internacional de funcionalidade (cif). o conjunto de informações colhidas foi analisado de modo casuístico e, posteriormente foram analisados o conjunto de dados de todos os sujeitos. o comprometimento da saúde mostrou estar presente no retorno ao trabalho, e este, por sua vez pode ser agravado devido às características da função, da qualidade dos relacionamentos, do volume de trabalho, da carga horária, entre outros, de modo a sobrecarregar o trabalhador agravando ou desencadeando doenças físicas e/ou transtornos psicológicos. indícios apontam que a satisfação com trabalho é percebida e vivenciada negativamente após o retorno ao trabalho. ao comparar os dados de satisfação com trabalho e função, no momento que precedeu o afastamento e após o retorno ao trabalho, percebe-se que antes do afastamento os participantes diziam-se mais satisfeitos. o sentimento de bem estar também pareceu ser alterado após o retorno ao trabalho. as informações colhidas neste estudo revelam que; alguns trabalhadores, que realizam atividades que demandam esforço físico, apresentaram deficiências relacionadas à movimentação corporal e funções neuromusculoesqueléticas. estes por sua vez, apresentam funcionalidade para desenvolver atividades que exigem funções mentais e sociais. em contra partida, outros trabalhadores não apresentaram incapacidades, estes, apresentaram funcionalidade em todas as áreas avaliadas, o que confere aptidão para desenvolver atividades que demandem funções físicas, mentais, sociais e de mobilidade, muito embora, sintomas depressivos foram identificados. nota-se que a percepção dos sujeitos sobre a sua própria capacidade para o trabalho são, em alguns casos, divergentes do grau de capacidade apresentado pelo ict. tal fato sugere que a vivência subjetiva de cada trabalhador, os sentimentos, a presença de dores e/ou comprometimento físico e/ou psicológico, pode exercer influências sobre a própria percepção de capacidade, de tal modo que esta seja percebida em maior ou menor grau pelo sujeito. já, em outros casos, a percepção de capacidade pareceu estar relativamente de acordo com o grau de capacidade para o trabalho. dos participantes que percebem ter pior ou mesmo grau de capacidade daquele avaliado pelo instrumento, quatro possuem incapacidade relacionada a atividades que demandam esforço físico e quatro não apresentam incapacidades. três participantes percebem ter mais capacidade para o trabalho, dos quais, dois possuem incapacidade relacionada a atividades que demandam esforço físico e um não possui incapacidade. diante do exposto, a percepção de capacidade para o trabalho desempenha um importante papel na qualidade dos sentimentos vivenciados e na saúde psicológica dos trabalhadores que retornam ao trabalho, dado seu nível de comprometimento, ou não, de saúde para executar as atividades inerentes a função. de posse das evidências apontadas, salienta-se a importância de estudos futuros que possam vir a aprofundar a temática abordada e preencher as lacunas aqui existentes.
Índice de Shannon: 3.28325
Índice de Gini: 0.832423
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,50% | 2,53% | 13,50% | 4,04% | 9,92% | 2,64% | 2,68% | 35,46% | 4,30% | 4,58% | 3,36% | 2,08% | 2,80% | 2,53% | 2,49% | 3,57% |
ODS Predominates


3,50%

2,53%

13,50%

4,04%

9,92%

2,64%

2,68%

35,46%

4,30%

4,58%

3,36%

2,08%

2,80%

2,53%

2,49%

3,57%