Vivemos em uma sociedade muito desinformada e i...vivemos em uma sociedade muito desinformada e ignorante cientificamente, mas onde, ao mesmo tempo, as pessoas relatam ter grande interesse em ciência e acreditam na sua importância para a sociedade. como explicar este aparente paradoxo? a melhor explicação é a falta de oferta de conteúdos científicos, didáticos, que permitam à população geral, com seu baixo nível de letramento científico, não só tomar conhecimento sobre conteúdos científicos, mas também compreender como eles estão inseridos na vida cotidiana. tal problema pode ser contornado por meio de ações de divulgação científica e, dentro deste contexto, de distanciamento entre o conhecimento científico e a vida cotidiana das pessoas, a área de neurociências mostra-se como um campo estratégico para ser explorado. qualquer comportamento humano é fruto da atividade do sistema nervoso. portanto, a neurociência é uma área que oferece inúmeras oportunidades para se contextualizar o conhecimento científico no dia a dia das pessoas. o presente projeto tem como objetivo criar e manter canais de comunicação com o público não especialista para divulgar conteúdo científico na área de neurociências. propomos quatro diferentes ações de divulgação científica, envolvendo a oferta de conteúdo escrito e/ou audiovisual nas três plataformas mais utilizadas na internet para consumo de conteúdo científico: sites, redes sociais e youtube. 1) semineuro: seminários do meu grupo de pesquisa, transmitidos ao vivo no youtube, com apresentações de no máximo 20 min e linguagem acessível. 2) neurotalks: ciclo de palestras na área de neurociências, transmitidas ao vivo no youtube, tendo como apresentador eu ou um neurocientista convidado. 3) videoaulas na área de neurociências, postadas no youtube, produzidas para o público acadêmico e não acadêmico. 4) textos de até 2.000 caracteres, publicados nas redes sociais e na minha página da ufsc (https://andreimayer.paginas.ufsc.br). esperamos com estas ações estimular maior interesse do público geral, se contrapor a crescente divulgação de mitos e pseudociências relacionados ao comportamento humano e ainda munir as pessoas com o conhecimento científico necessário para que elas possam (1) compreender seu próprio comportamento e o da sociedade, e (2) formular argumentos com embasamento científico dentro de debates de interesse público como preconceito, aborto, desigualdade social, legalização de drogas e maioridade penal.