A alimentação contemporânea como campo de conhe...a alimentação contemporânea como campo de conhecimento se apresenta como um território de disputas. neste sentido, integra os gostos aos espaços dos domínios sociais, culturais, econômicos, políticos, ambientais e educacionais. a partir desta constatação, a alimentação configura-se como o tema problematizador deste projeto de extensão que objetiva dialogar, tendo como público alvo os residentes nas regiões atendidas pela licenciatura em educação do campo da ufsc, sobre como se pode fazer da alimentação um tema de reflexão comunitária e escolar, colocando em debate os conceitos de soberania alimentar e segurança alimentar. deste modo, o projeto se propõe a organizar ações que visem aprofundar a compreensão da consciência alimentar como um processo de conexão entre o ambiente, os corpos e as mentes. como metodologia o projeto visa integrar a ecopedagogia e a pedagogia sensorial de modo a proporcionar reflexões que definam o ato de comer como uma prática social e cultural que integra a educação alimentar para além das questões nutricionais. assim, através de oficinas organizadas em três ciclos (1° ciclo: sentir, observar e provocar; 2° ciclo: expor, refletir, criticar e posicionar-se e 3° ciclo: criar, agir e transformar) o projeto objetiva alcançar junto aos participantes uma reivindicação pelo letramento do gesto de comer, para que seja o resultado saboroso e nutritivo de uma escolha crítica. portanto, a metodologia de diálogo com a educação popular pretende, ao trabalhar com a ideia dos ciclos, destacar a necessidade de exercitar as sensibilidades, ativando os sentidos, para que a produção do conhecimento em relação à alimentação ocorra a partir de uma ação integralizadora: corpo, mente e ambiente. neste sentido, a problemática tem que ser discutida em meio às lutas pela terra e pela educação, rumo à emancipação das refeições como garantia da continuidade de culturas alimentares e tradições que circundam a alimentação entre a presença/ausência de refeições. pretende-se tomar como possibilidade pedagógica os sentidos para que os participantes se sintam entrelaçados por inteiro, ativando os sentidos, desmobilizando, assim, a racionalidade que desconecta e hierarquiza o corpo (e seus sentidos) da mente.