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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Educação

Departamento: Metodologia de Ensino/MEN

Dimensão Institucional: Extensão

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Extensão

Título: PROJETO DE EXTENSÃO ÁGORA VIRTUAL: NARRATIVAS DE PROFESSORAS E TAMBÉM PROFESSORES

Coordenador
  • JILVANIA LIMA DOS SANTOS BAZZO
Participante
  • CAROLINA KUHNEN
  • JILVANIA LIMA DOS SANTOS BAZZO (D)
  • LETÍCIA MARIA MUSA
  • LOURIVAL JOSÉ MARTINS FILHO
  • PATRÍCIA DE SIMAS PINHEIRO
  • RUTE MIRIAM ALBUQUERQUE
  • SELMA DAVID LEMOS

Conteúdo

Articulado ao projeto que se encerrará com a si...articulado ao projeto que se encerrará com a sistematização dos conhecimentos produzidos na ação anterior intitulada “ágora virtual: lócus de produção de sentidos sobre o fazer docente”, este projeto de extensão se justifica tanto pela produção teórica que vem demonstrando o comprometimento dos fundamentos e princípios da lei de diretrizes e bases da educação (9.394/96) em função das reformas da educação básica, como também pela necessidade da aproximação ainda mais efetiva entre a universidade e as instituições escolares. com vistas a compreender (para transformar) a atividade docente no atual contexto, a temática se relaciona estritamente aos interesses e às demandas da formação dos professores para a educação básica. estudar-com os professores e não estudar-sobre eles e/ou suas atividades de ensino pode contribuir ainda mais para o fortalecimento das teorias pedagógicas nas diversas áreas do campus de florianópolis. como consequência, é possível trabalhar em várias frentes, sobretudo porque, na atual conjuntura política e social, a área da educação, e de forma ainda mais contundente a didática, está sendo convocada a responder propositiva e criticamente frente ao que saviani (2016) nomeia de “ataque à democracia” e gadotti (2016) entende como sendo um momento em que “a educação brasileira está sitiada”. de acordo com eles, a democracia no brasil esteve sempre em risco, dada a especificidade da formação social brasileira marcada pela resistência de sua classe dominante em incorporar a população trabalhadora na vida política. no entanto, na visão de ambos, haveremos de superar o localismo e o particularismo e estabelecer, com autonomia, relações de âmbito nacional e mundial. o equacionamento de forças, portanto, entre um coletivo de especialistas da educação – contrários às recentes medidas adotadas pelo governo federal – e aqueles simpatizantes da classe empresarial se dará por meio do confronto e da luta no interior da escola e dos demais espaços de convivência social. sem dúvida, esta conjuntura exigirá, em todo o território brasileiro, uma força tarefa no interior dos centros de ciências da educação e um reposicionamento dos grupos e o alargamento das posturas críticas frente à tamanha ameaça de perdas de direitos a uma educação pública estatal, laica e de qualidade. embora admitindo o alcance de muitas conquistas nas últimas décadas, para gadotti (2016), no campo da educação, nós nos descuidamos da formação política e fomos, por isso, incapazes de construir uma cultura da democracia, cidadã, de solidariedade e de compromisso com a transformação social. na sua perspectiva, por esse “descuido”, estamos assistindo inertes a uma fortíssima manipulação por parte dos meios de comunicação de massa que incute a intolerância e o ódio. perigosamente, acrescenta o autor, estamos vivendo a “cultura da delação”, que é premiada, inclusive, na escola. no seu entendimento, foi ignorada a necessidade de formação para uma cultura cidadã, de uma formação como cultura de compromissos. nesse bojo, o objetivo principal desse projeto será dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido com os professores sobre os processos de ensino e aprendizagem vivenciados no interior da escola. a expectativa é que os estudos promovidos, o diálogo e, finalmente, a divulgação das produções efetivadas ao longo de 2017 sejam capazes de mobilizar reflexões em torno da sala de aula e dos elementos sociais constitutivos da ação de ensinar. nosso empenho será aquele de contribuir para a formação política, ou seja, para o desenvolvimento do desejo de participar e decidir, o que poderá ajudar a superar “a conquista, pela divisão do povo, pela manipulação e pela invasão cultural” e a dar lugar “a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural”. (gadotti, 2016, p. 151). assim sendo, a abordagem metodológica que se segue será aquela que primará pela promoção de processos de humanização. importante destacar que o viés adotado prima pela complementariedade entre o ato explicativo e interpretativo-compreensivo, tendo em vista que se trata da produção do conhecimento no campo da didática e da formação de professores, o que implica numa relação entre a veritas intellectus (a verdade do entendimento) e a veritas rei (verdade da coisa). passará pelo crivo da razão intuitiva (empírica ou intelectual) e raciocínio ou razão discursiva (dedução, indução e abdução), ou seja, pela efetivação do sensível, isto é, do conhecimento empírico, e do inteligível. obviamente, esta metodologia mantém relação com o dado real, a concretude da vida, da materialidade e da objetividade. trata-se, inicialmente, de um exercício rigoroso, criterioso e com finalidade definida, qual seja, ajudar a qualificar ainda mais os processos de ensino com vistas à garantia de aprendizagem das crianças, dos jovens e adultos no interior das escolas básicas. por entender que o ensino e a aprendizagem são uma atividade colaborativa, o exercício intenso de (auto)observação e de (auto)reflexão crítica imbricada à vida em sociedade também será uma exigência, pois se propõe assumir, no âmbito de um quadro teórico também de inspiração hermenêutica, semiótica e histórico-cultural, a compreensão e a interpretação como eixos de sustentação metodológica. a expectativa é que, após sistematização dos textos produzidos no período de abril a dezembro de 2017, possamos tornar público os textos construídos no âmbito desse projeto. ao final, pretendemos atualizar sistematicamente a página na internet delineada para tal finalidade, visando contribuir para a efetivação de um vínculo coletivo e vigoroso cuja marca seja a manutenção da esperança em dias melhores. a escola, ao invés de uma única via, pode seguir o caminho da filosofia, da arte e da ciência por vias possíveis que possibilitem a formação dos seres humanos, desde que haja desejo articulado com as condições mínimas materiais. desse modo, em se tratando de um projeto de extensão, cujo objeto se vincula às questões do ensino, o caminho levará em conta a dimensão de apelo ao “retorno às coisas mesmas”. ou seja, rememoraremos em nós o que vivemos e estamos vivendo, no sentido de estabelecer vínculos com o momento presente, aprender com o passado e projetar o futuro, compreendendo que o plano das contradições e da luta faz parte desse processo. além das pistas objetivadas, é preciso buscá-las na própria subjetividade dos sujeitos em relação com os outros e entre eles e as coisas, ou seja, na própria relação social estabelecida. portanto, trabalhar a si mesmo articulado a um tecido coletivo se constitui um primeiro passo para se iniciar a formação de seres humanos éticos e felizes. desse modo, lidaremos com aberturas e campos que se desvelam ou se pretendem novos, entendendo que, no plano da realidade, há conflitos e as contradições são os impulsionadores da busca por respostas e transformações necessárias. daí, a exigência por uma ação de “transvaloração dos valores”, isto é, não há interesse pela desqualificação dos valores, mas mudá-los tal qual uma atividade criativa, fazer da existência um “laboratório de arte e de ciência” a um só tempo. isto significa o ato mesmo de filosofar, ou seja, de pensar crítico e de corpo inteiro para que seja válido e autêntico. isto significa também fazer da vida uma obra de arte e um modo de concretização da própria ciência de ensinar com consciência, atitude e consequências significativas para o tecido social.

Índice de Shannon: 1.18354

Índice de Gini: 0.291421

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,90% 0,54% 0,48% 83,96% 1,36% 0,43% 0,41% 1,19% 1,37% 0,76% 0,99% 0,68% 0,74% 0,44% 0,68% 5,09%
ODS Predominates
ODS 4
ODS 1

0,90%

ODS 2

0,54%

ODS 3

0,48%

ODS 4

83,96%

ODS 5

1,36%

ODS 6

0,43%

ODS 7

0,41%

ODS 8

1,19%

ODS 9

1,37%

ODS 10

0,76%

ODS 11

0,99%

ODS 12

0,68%

ODS 13

0,74%

ODS 14

0,44%

ODS 15

0,68%

ODS 16

5,09%