Este projeto propõe questões no âmbito da pesqu...este projeto propõe questões no âmbito da pesquisa semiótica em diálogo com o cinema e teorias literárias, a fim de aprofundar o estudo dos gestos de criação e da autoria enquanto fenômeno que é dado a ver através da paratextualidade como uma variável da linguagem cinematográfica. nesse sentido, as questões confluem para articulações entre processos de criação, paratextos e noções de autoria. desdobramentos relacionados à inscrição de autoria femininas/feministas estão no horizonte da pesquisa, de modo que as questões que orientam esse processo são: o que diz (e o que pode dizer) a voz autoral feminina? qual o modo de funcionamento da autoria enquanto marca de enunciação em diferentes textos culturais empregados? como se dá a relação de tais marcas enunciativas com a autora enquanto um corpo fora do texto cultural? a abordagem teórico-metodológica busca nos estudos de iuri lotman (1996), david bordwell (2008), kaja silverman (1988), pam cook (1993) e michel foucault (1995), as bases de um pensamento ainda em processo, o qual vislumbra alguns conceitos fundantes – texto cultural, assinatura, função-autor, cinema feminista. a busca pelos processos do gesto de criação no cinema/audiovisual nos dá a ver o fenômeno da paratextualidade, de modo que, nos termos de foucault, a autoria se constitui enquanto função discursiva dos enunciados. uma das hipóteses que estamos operando é que a semiose dos gestos de criação e da paratextualidade expõe, em certa medida, determinados efeitos, sendo um deles a inscrição da autoria feminina/feminista: seja como processo de codificação e institucionalização de poder através do nome próprio e da assinatura, ou no interior da própria linguagem como performance. objetivo geral: investigar os gestos de criação e inscrição da autoria no cinema por uma perspectiva feminista, problematizando o modo de funcionamento da autoria na sua relação com a linguagem em diferentes textos culturais. objetivos específicos: i. desvelar os gestos paratextuais da linguagem – partindo da noção de que a paratextualidade é uma função da linguagem. ii. desenvolver as concepções do retorno da autoria através das categorias do nome próprio, da assinatura e da performance; iii. evidenciar as diferenças entre cinema feminino e um cinema feminista; iv. propor articulações futuras dos gestos de criação e autoria feminista que transitam entre o cinema e a literatura.