O desafio de produzir mais e garantir a sustent...o desafio de produzir mais e garantir a sustentabilidade de sistemas agrícolas tem levada a busca por práticas menos impactantes ao meio ambiente. esta sustentabilidade passa pelo estudo e conservação das propriedades biológicas do solo. a comunidade microbiana edáfica ainda é pouco conhecida, mas apresenta grande potencial de aplicação, especialmente comunidades associadas às raízes de vegetais, onde se encontram os organismos promotores de crescimento e agentes do controle biológicos. as bactérias pertencentes a essa comunidade são denominadas rizobactérias promotoras do crescimento vegetal (rpcv) ou “plant growth promoting rhizobacteria” (pgpr). o alho é a cultura de inverno mais importante da região do planalto catarinense, mas, nos últimos anos, houve decréscimo significativo na produção, devido a fatores econômico e fitossanitário. o custo de implantação da cultura é alto, em decorrência do valor elevado do alho-semente e da elevada demanda de nutrientes, como o nitrogênio. além disto, doenças como a podridão branca, causada pelo fungo sclerotium cepivorum berkeley e amarelão do alho, causada pelo nematoide ditylenchus dipsaci têm causado perdas significativas. isto faz com que muitos agricultores recorram a aplicações excessivas e, muitas vezes, ineficazes de agrotóxicos, tornando o custo da cultura ainda mais elevado, além de provocar expressivos prejuízos ambientais e à saúde humana e animal. atualmente, procura-se por alternativas mais sustentáveis e que possam diminuir o custo de produção. uma dessas alternativas é o uso de rpcv, pois são capazes de promover o desenvolvimento de plantas, fornecendo nutrientes como, nitrogênio e fósforo, além de inibir fitopatógenos. neste projeto serão avaliadas rizobactérias, especialmente pseudomonas do grupo das fluorescentes e bacillus, isoladas de alho, da mesorregião de curitibanos, planalto catarinense, quanto ao seu potencial de proteção vegetal. as rpcvs fazem parte do banco de germoplasma de microrganismos promotores de crescimento de plantas, do laboratório de microbiologia da ufsc centro curitibanos. estas serão avaliadas quanto aos potenciais antagônicos in vitro e in vivo de alguns isolados, contra os fungos sclerotium cepivorum berkeley e setophoma terretris e o nematoide ditylenchus dipsaci, assim como os possíveis mecanismos de inibição desses patógenos.