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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Agrárias

Departamento: Zootecnia e Desenvolvimento Rural/ZOT

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: INTERFACES ENTRE PROCESSOS DE FINANCEIRIZAÇÃO E DIGITALIZAÇÃO NA AGRICULTURA: ANÁLISE SOBRE INOVAÇÕES NO FINANCIAMENTO PRIVADO ÀS COMMODITIES AGRÍCOLAS NO BRASIL

Coordenador
  • CRISTIANO DESCONSI
Participante
  • CRISTIANO DESCONSI (D)
  • DANIELA APARECIDA PACÍFICO (D)
  • KAROLYNA MARIN HERRERA (Di)
  • MARLENE GRADE (D)

Conteúdo

Nos anos recentes os estudos sobre transformaçõ...nos anos recentes os estudos sobre transformações sociais e econômicas nos espaços rurais brasileiros tem chamado atenção para a aumento e intensidade do capital financeiro no acesso aos ativos naturais e no controle sobre os sistemas agroalimentares (souza, 2022). segundo van der zwan, (2014) o processo de financeirização supõe a ampliação da influência das finanças para além do mercado e de sua contribuição na restruturação produtiva em processos inter racionados que envolvem fatores sociais, políticos, tecnológicos e econômicos de forma interligada. no caso da agricultura, muitos estudos vêm sendo realizados sobre financeirização no sentido de compreender os seus impactos sobre o mercado de terras e outros ativos naturais em diferentes territórios. em paralelo, outros autores procuram evidenciar as transformações no capitalismo contemporâneo e não diferente nos espaços rurais, observando o avanço das tecnologias digitais, que em seu sentido mais amplo, vem sendo chamada de digitalização da agricultura. a atualidade do tema tanto da financeirização, como da digitalização nos espaços rurais coloca em evidência a necessidade de realização de pesquisas com diferentes abordagens teórico metodológicas para compreender os reais impactos e transformações que estão em curso, particularmente, quando percebe-se que existem interfaces entre finanças e digitalização que ganham sentidos e formas particulares na agricultura. contudo, nos últimos cinco anos há necessidade de dar atenção à outra frente de análise que se refere à financeirização das cadeias produtivas (produção, processamento e distribuição) agropecuárias (especialmente de commodities agrícolas – soja, milho, carnes, algodão, entre outras), sobre a qual a financeirização está ganhando maior espaço por meio de inovações normativas, operacionais e tecnológicas que ampliam a presença das finanças corporativas nos espaços rurais. isso fica evidente: i) pela iniciativa do estado brasileiro de fortalecer a participação do crédito privado na agricultura e da criação de novas fontes de recursos para o crédito rural oficial² a partir da captação de recursos do mercado financeiro (como a letra de crédito do agronegócio, modernização da cédula do produto rural, entre outros); ii) pelo interesse das grandes corporações que controlam as cadeias de commodities agrícolas em ampliar o seu controle sobre o sistema por meio de novos mecanismos financeiros e digitais. desde 2018 houve uma série de iniciativas que potencializaram o processo e cujas implicações ainda não foram estudadas que abrir espaço para a atuação de empresas de tecnologia de informação, startups e empresas de dados na criação e operacionalização destes novos instrumentos das finanças. os objetivos enunciados neste projeto pretendem contribuir com os estudos que vêm sendo realizados sobre o tema da financeirização e digitalização da agricultura, mas centrando seu objetivos em redes de atores que conformam os chamados ecossistemas digitais pelos quais os atores que tradicionalmente integram o mercado financeiro, passam a alcançar as atividades agropecuárias. neste caminho estão sendo construídos ecossistemas digitais, que mais que meros operadores de produtos e serviços financeiros, que passam a protagonizar e exercem, em algum nível, influência sobre os atores que tradicionalmente participavam das cadeias produtivas, inclusive na produção de narrativas e expectativas sobre o próprio agronegócio. entender estes ecossistemas, sua conformação, influencia, importância na era digital a partir de estudos de caso é o que orienta os objetivos específicos deste projeto. objetivos geral: compreender as interfaces entre financeirização e digitalização na agricultura brasileira por meio de análise dos ecossistemas digitais construídos para o financiamento das commodities agrícolas no brasil. específicos: - examinar a participação de novos atores no acesso a serviços financeiros à agropecuária, especialmente financiamento aos agentes da cadeias produtivas. - mapear redes e ecossistemas de startups e empresas de tecnologia de informação que desenvolvem produtos e serviços financeiros as cadeias do agronegócio. - observar processos de construção de expectativas futuras de valorização dos ativos oriundos da agricultura. - examinar trajetórias, motivações e engajamentos de alguns atores que integram a categoria investidores no mercados agropecuários: pessoas físicas, jurídicas, corretores, fundos, etc. - compreender a capacidade de engajamento de atores no agronegócio por meio da sua participação em dispositivos financeiros. - investigar a atuação e crescimentos das fintechs no financiamento ao setor agropecuário. procedimentos metodológicos: 1ª etapa: levantamento bibliográfico sobre o tema da financeirização e digitalização da agricultura no meio científico pelas diversas áreas do conhecimento. esta etapa, divide-se em duas frentes: i) levantamento de materiais sobre o financiamento privado e digitalização em relatórios de instituições privadas, empresas de assessoria financeira e empresas de dados; ii) materiais diversos sobre inovações financeiras na agropecuária. 2ª etapa: como apontamos na problemática existem novos atores que passam a integrar o sistema agroalimentar, com destaque profissionais e diversas empresas de tecnologia de informação e/ou startups que vão configurar parte importante dos sistemas sociociberfísicos das finanças. neste sentido, a segunda etapa consiste em realizar o mapeamento quantitativo e qualitativo de empresas no brasil que atuam neste segmento. para isso, utiliza-se algumas como fontes, mapeamentos já existentes como o de figueiredo; jardim; sakuda (2022) acompanhamento do número das associações de startups do brasil, associação das fintechs, relatórios da febraban, entre outros. 3ª etapa: o mapeamento de ecossistemas digitais para operação de instrumentos de financiamento a agropecuária, pode ser feito tendo como ponto de partida algumas empresas do ti e startups sediadas ou com equipes na grande florianópolis. a equipe de pesquisa e coordenador já possuem uma série de contatos com empresas, devido a atuação de egressos dos cursos de ciências agrárias da universidade federal de santa catarina nas mesmas, assim como interface de estudantes por meio da realização de estágios e trabalhos de conclusão de curso. pretende-se ter estes contatos prévios como entrada para o mapeamento de ecossistemas. uma segunda frente para este mapeamento toma como referência as empresas participantes do workshop de inovações financeiras do agronegócio, promovido pela escola nacional de gestão agropecuária (enagro), vinculada ao ministério da agricultura, pecuária e abastecimento (mapa). este evento virtual realizado em quatro edições entre 2021 e 2022 reuniu 65 empresas que possuem diferentes formas de atuação em serviços financeiros, cumprindo funções centrais nos ecossistemas. este material permite identificar casos e grupos de atores específicos para examinar em maior profundidade suas características e funcionamento. 4ª etapa: realizar estudos de caso sobre dois ecossistemas digitais que operam com finanças para agricultura. essa etapa consiste tanto em realizar entrevistas com representantes, sócios ou profissionais que integram tais redes, como sistematizar em detalhes a operacionalização das finanças e o jogo dos atores envolvidos. para isso, serão elaborados roteiros de entrevistas com o intuito de complementar os dados das etapas anteriores. 5ª etapa: consiste em compreender a categoria dos investidores que diretamente ou indiretamente podem contribuir na formação de montantes de recursos financeiros que serão utilizados para financiar as commodities agrícolas. para isto, será adotado a construção de um roteiro de entrevista voltado para grupos de investidores, particularmente, pessoas físicas de renda média com ou sem nenhum vínculo com a agropecuária. a partir da definição do grupo social, define-se uma amostra aleatória para averiguar a expectativas e incorporação narrativas destas pessoas a partir de aportes financeiros ao segmento do agronegócio. 6ª etapa: procura-se identificar e examinar a construção de expectativas de valorização dos ativos agropecuários e imaginários futuros. o procedimento adotado é pesquisa pelos relatórios, títulos e meios de divulgação das opções de investimento da agricultura. paralelamente, pesquisa-se algumas situações de outras ofertas de investimento, de modo que a análise documental permita evidenciar o que há de específico nas opções de investimento do agronegócio. sétima etapa: análise e sistematização das diversas fontes relacionando as mesmas as referenciais teórico metodológicos. o projeto será submetido ao comitê de ética em pesquisa com seres humanos da universidade federal de santa catarina, para conformidade dos procedimentos metodológicos a serem adotados que implicam no contato direto com atores privados e públicos, como questionários

Índice de Shannon: 1.68906

Índice de Gini: 0.440647

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,97% 74,07% 0,61% 0,79% 0,88% 1,61% 1,48% 1,91% 9,11% 0,94% 1,17% 0,95% 2,42% 0,57% 1,24% 1,28%
ODS Predominates
ODS 2
ODS 1

0,97%

ODS 2

74,07%

ODS 3

0,61%

ODS 4

0,79%

ODS 5

0,88%

ODS 6

1,61%

ODS 7

1,48%

ODS 8

1,91%

ODS 9

9,11%

ODS 10

0,94%

ODS 11

1,17%

ODS 12

0,95%

ODS 13

2,42%

ODS 14

0,57%

ODS 15

1,24%

ODS 16

1,28%