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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: ORALIDADES, MULTILINGUISMOS E LETRAMENTOS POLÍTICOS: DIÁLOGOS COM A EDUCAÇÃO

Coordenador
  • CRISTINE GORSKI SEVERO
Participante
  • ALEXANDRE COHN DA SILVEIRA (Di)
  • ANA CLAUDIA FABRE ELTERMANN (Di)
  • BEATRIZ DE OLIVEIRA (Di)
  • CRISTINE GORSKI SEVERO (D)
  • EZEQUIEL PEDRO JOSÉ BERNARDO
  • GREGÓRIO BEMBUA KAMBUNDO TCHITUTUMIA
  • JOSEFA FELIX DO NASCIMENTO
  • LETÍCIA CAO PONSO
  • MARIA LUIZA ROSA BARBOSA (Di)
  • VANESSA SILVA SAGICA

Conteúdo

Este projeto propõe um diálogo entre as polític...este projeto propõe um diálogo entre as políticas linguísticas e a esfera educacional no que tange três elementos interligados: os conceitos de língua e oralidade, as propostas de educação multilingue e os letramentos políticos. buscamos uma abordagem sensível às realidades locais, criando, em parceria com os sujeitos interessados, projetos que reconheçam a pluralidade linguística, a partir da perspectiva local em diálogo com discursos e práticas institucionalizados. reconhecemos o papel que a educação escolar desempenha na legitimação institucional de uma língua, daí a importância da escola reconhecer a diversidade a partir dos interesses e visões locais. contudo, defendemos que o problema da legitimidade deve ser visto não apenas a partir dos discursos e práticas institucionalizados – estado, escola, universidades –, mas também daquilo que as comunidades reconhecem como sendo legítimo (severo, 2020). em termos de políticas educacionais internacionais e transnacionais, podemos mencionar os discursos e orientações da unesco, que defende os direitos linguísticos como uma das principais bandeiras de grupos minoritários, com o reconhecimento e validação educacional de suas línguas. acordos internacionais têm orientado tanto o uso de línguas de grupos indígenas e minoritários, como de imigrantes e refugiados, a exemplo de: declaração dos direitos das pessoas pertencentes a minorias nacionais, étnicas, religiosas ou linguísticas (1992); convenção e recomendação contra a discriminação na educação (1960); e convenção internacional sobre a proteção dos direitos de todos os trabalhadores migrantes e de membros de suas famílias (1990). de forma geral, esses documentos apontam para a importância do uso escolar das línguas maternas das crianças no processo educacional, com vistas a sua inclusão e efetiva participação. a educação multilingue ou bilíngue postulada pela unesco, em atenção à realidade plural de várias sociedades, reconhece, promove e valoriza o uso de duas ou mais línguas como meios de instrução (severo, 2020). buscamos, neste projeto, criar espaços de debate sobre conceitos de língua, oralidade e educação multilíngue, em prol de uma visão comprometida com as práticas e repertório linguísticos dos sujeitos e das comunidades. exemplo desse conceito são os multilinguismos do sul (southern multilingualisms), que levam em conta a perspectiva de sujeitos historicamente marginalizados, pelas vias coloniais ou outros mecanismos de exclusão, sobre suas atividades comunicativas complexas (pennycook e makoni, 2020). essa perspectiva problematiza, por exemplo, a visão euro-americana presente nas concepções anteriores, expandindo o escopo para se compreender as relações entre urbano e rural, formal e informal, oral e escrito, entre outros, em espaços subalternizados pela história do colonialismo (sul global). neste projeto, buscamos um engajamento com essa abordagem em diálogo com as experiências coloniais e um olhar decolonial. neste projeto de extensão, ao aproximar três contextos educacionais – moçambique, brasil e angola – em que o ensino de língua portuguesa é um elemento fortemente orientador de políticas de letramento, buscamos salientar e dar visibilidade às especificidades educacionais em relação: ao conceito e ao tratamento da diversidade linguística na esfera escolar; ao tratamento e conceito de oralidades e ao papel dos letramentos políticos na formação de estudantes e professores. compreendemos letramentos políticos como formas práticas sociais que operam na constituição de relações de identidade e poder dos sujeitos envolvidos nessas práticas (silveira, 2020; street, 2014; freire, 1987). objetivo geral estabelecer um diálogo entre as políticas linguísticas e a esfera educacional em contextos periféricos e marginais no brasil, moçambique e angola, enfocando o conceito de oralidade, as propostas multilingues e os letramentos políticos em angola, brasil e moçambique. objetivos específicos promover espaços de debate sobre conceitos de educação bi/multilíngue, oralidade e letramento político entre professores e estudantes de universidades brasileiras (ufsc e unilb), moçambicana (uem) e angolana (instituto superior de ciências da educação) analisar o sentidos de oralidade nos diferentes contextos educacionais, atentando para os modos de ensino de línguas sem aparato escrito. destrinchar os significados de oralidade em relação com as noções de prática oral e tradição oral, a partir de perspectivas teóricas e locais, sejam elas indígenas, africanas ou europeias. discorrer, no âmbito da esfera educacional, sobre o significado da linguagem tomada como experiência, sinalizando para o papel do corpo, da estética, da musicalidade, dos ritmos e da natureza (vida não-humana) na construção de sentidos de língua. propor contribuições teórico-metodológicas para as políticas educacionais contemporâneas de ensino da língua portuguesa e línguas nacionais angolanas e moçambicanas, no que diz respeito à oralidade. metodologia 1. diálogos com determinadas comunidades – lideranças, professores, agentes da escola e comunidade – nos 3 países e estabelecer diálogos e aproximações entre eles. esses diálogos buscam compreender e valorizar as experiências de ensino e aprendizagem de línguas, atentando para a relação com o contexto local, as práticas de linguagem compartilhadas pela comunidade e a relação da esfera escolar com seu entorno. 2. rodas de conversa com representantes das comunidades e com pessoas que têm atuado nas práticas de ensino e aprendizagem de contextos marginais ou periféricos, como comunidades rurais, quilombolas, educação intercultural indígena, educação de populações itinerantes, educação ambiental. 3. revisar as categorias de língua, comunidade, oralidade, ensino e aprendizagem a partir das experiências em conjunto com as comunidades (pesquisação). 4. promover a produção de textos reflexivos sobre essas experiência com vistas a publicação e divulgação das vozes locais em diálogo com a esfera acadêmica. 5. valorizar as práticas de escuta como parte das experiências de ensino e aprendizagem. resultados esperados a) promover espaços de promoção de debate sobre conceitos de educação bi/multilíngue, oralidade e letramento político entre professores e estudantes de universidades brasileiras (ufsc e unilb), moçambicana (uem) e angolana (instituto superior de ciências da educação); b) contribuir com teorias e metodologias para as políticas educacionais contemporâneas de ensino da língua portuguesa e línguas nacionais angolanas e moçambicanas, no que diz respeito à oralidade. c) compreender e valorizar as experiências de ensino e aprendizagem de línguas, atentando para a relação com o contexto local, as práticas de linguagem compartilhadas pela comunidade e a relação da esfera escolar com seu entorno. d) valorizar a relação da esfera escolar com a esfera familiar, atentando para a importância dessas relações nos contextos analisados. e) produção de textos reflexivos sobre essas experiência com vistas a publicação e divulgação das vozes locais em diálogo com a esfera acadêmica. f) favorecer o diálogo entre alunos e professores dos diferentes contextos envolvidos.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 0.782867

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,45% 0,36% 0,40% 90,52% 0,87% 0,34% 0,38% 0,50% 0,46% 0,40% 0,74% 0,37% 0,36% 0,37% 0,59% 2,88%
ODS Predominates
ODS 4
ODS 1

0,45%

ODS 2

0,36%

ODS 3

0,40%

ODS 4

90,52%

ODS 5

0,87%

ODS 6

0,34%

ODS 7

0,38%

ODS 8

0,50%

ODS 9

0,46%

ODS 10

0,40%

ODS 11

0,74%

ODS 12

0,37%

ODS 13

0,36%

ODS 14

0,37%

ODS 15

0,59%

ODS 16

2,88%