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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Socioeconômico

Departamento: Ciências Contábeis/CCN

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Ambiental

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: OBSERVATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO: COMPREENDO A SINERGIA ENTRE ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO E CONTABILIDADE DE GESTÃO AMBIENTAL EM CADEIAS PRODUTIVAS DE MERCADOS EMERGENTES

Coordenador
  • FABRICIA SILVA DA ROSA
Participante
  • FABRICIA SILVA DA ROSA (D)
  • ROGERIO JOAO LUNKES (D)

Conteúdo

O agronegócio é de grande relevância para a hum...o agronegócio é de grande relevância para a humanidade, no entanto, gera impactos ambientais significativos, como por exemplo: uso extensivo de área, desmatamento, escassez de água potável, emissões de gases de efeito estufa, contribuição para aquecimento global (albrecht et al., 2018). está inserido em um ecossistema com diversos atores que interagem e estão em constante sinergia, tais como universidades, governo, sociedade, empresas, e ambiente natural (carayannis e campbell, 2012; carayannis et al., 2021). além disso, está baseado no uso de elementos que interagem e competem ao mesmo tempo: água, energia e alimentos (sarkodie e owusu, 2020). ampliar a compreensão sobre a interdependência dos atores (ecossistema de inovação) e elementos básicos para o agronegócio (água, energia e alimentos) é fundamental para os processos decisórios sobre sustentabilidade (zhang et al., 2018; carayannis e campbell, 2012; carayannis et al., 2021). enquanto a metodologia quintuple-helix model (qhim) busca compreender a sinergia dos stakeholders, ou seja, o ecossistema de inovação (carayannis e campbell, 2012; carayannis et al., 2021), a metodologia nexus-few visa compreender a dinâmica entre água, energia e alimento, para maximizar sinergias, minimizar compensação, melhorar a eficiência no uso de recursos e internalização de impactos ambientais (albrecht et al., 2018). no entanto, o nexus-few requer uma visão mais sistêmica sobre a cadeia produtiva alimentar (liu et al., 2018), baseada em inovação e integração das partes interessadas (kibler et al., 2018). portanto, a compreensão das influências do ecossistema de inovação (carayannis e campbell, 2012; carayannis et al., 2021), pode contribuir com a problemática ambiental em torno do agronegócio. além disso, estudos recentes revelam que a difusão da inovação tem sido lenta devido à negligência em gestão, e pouco tem sido explorado sobre o papel das pessoas nesse processo, tanto em relação aos stakeholders quanto aos colaboradores e gestores (miranda et al., 2021). também não há consenso que a sinergia entre o ecossistema de inovação, práticas de controle ambiental e inovação possibilite ao agronegócio melhorar a sustentabilidade na cadeia produtiva. o que se espera como resultado é que os problemas ambientais gerados na cadeia produtiva sejam eliminados ou ao menos minimizados. isso porque a estreita coordenação da cadeia produtiva e a sinergia entre indústria e produtores rurais contribuem para a sustentabilidade do setor (zhuo e ji, 2019). ecossistemas de inovação e a inovação orientada para a sustentabilidade no ramo de alimentos levam ao desempenho em água, energia e alimentos de forma sinérgica (nexus-few), favorecendo ambiente natural, os aspectos sociais e econômicos relacionados direta ou indiretamente com o agronegócio. isso porque de um lado permite a sinergia entre os atores envolvidos direta ou indiretamente com o agronegócio (universidades, governo, sociedade, importadores/mercado e ambiente natural) direcionando esforços desses atores com as práticas de controle ambiental na cadeia produtiva (indústria de alimentos e nas propriedades agrícolas) (bergier et al 2021). por outro lado, dentro na cadeia produtiva a inovação orientada para a sustentabilidade permite melhorar a performance nos critérios da sustentabilidade das indústrias e produtores rurais (zhuo e ji, 2019). os países emergentes são importantes produtores rurais, mais especificamente o brasil representa um importante player nos mercados globais do agronegócio, nos quais celulose, grãos e carne (proteína animal) compõem a maioria de suas exportações, contudo, barreiras para acessar mercados sustentáveis mais valiosos, como dos países europeus, emergem da falta de sinergia entre mercado, indústria e produtores rurais, e uso insipiente de tecnologia digital (bergier et al 2021). por exemplo, o caso da avicultura brasileira que segundo a embrapa (2019) o brasil conta com 51.526 milhões de matrizes de corte alojadas; ocupa o terceiro lugar na produção mundial com 13,245 milhões de toneladas produzidas; tendo aumentado em 3% a produção nacional em relação a 2018; tendo como destino da produção 68 % para o mercado interno e para a exportação 32%; o país ocupa o 1º lugar mundial nas exportações com 4,2 milhões de toneladas exportadas; tendo aumentado a exportação, no ano de 2019 em 2,75% em relação a 2018 e conta com o consumo de 42,8 kg de carne per capita. no entanto é objeto de forte pressão ambiental e social, isso porque a produção de aves , demanda uma quantidade significativa de água, , pois para produzir 1 kg de carne de frango no período de engorda, aproximadamente 42 dias, são gastos cerca de 3.000 l de água, necessita de uso extensivo da terra para a produção de grãos, lenha para alimentar as caldeiras, energia, gera grande geração resíduos orgânicos, que pode resultar em contaminação do solo e de lençóis freáticos, e do aumento das emissões de gases de efeito estufa, além de levar prejuízo a saúde humana do produtor e sua comunidade (pacheco et.al. 2018). no entanto, quanto há incentivos externos para redução desses impactos ambientais, os produtores rurais passam a utilizar práticas de gestão ambiental para alinhar-se as demandas vindas da sociedade, governo, indústrias ou ambos. o que impulsiona uma melhora no desempenho do ambiental, pois o impacto ambiental negativo deixa de existir ou é minimizado, favorecendo meio ambiente e saúde humana, ao mesmo tempo em que gera benefício para toda cadeia até chegar no consumidor final. no entanto, para chegar a essa solução deve haver sinergia entre as 5 hélices (conhecimento da universidade, políticas públicas de incentivo para os produtores, investimento dos produtores, comunidade local se mobilizou para apoiar o sistema, demandas dos importadores e o ambiente natural se regerando/serviço ambiental), além de ter práticas de gestão (controle, contabilidade e evidenciação) para indústria e produtos rurais (cadeia produtiva como um todo) e inovação orientada para a sustentabilidade. porém, este exemplo, pode gerar algumas indagações: como possibilitar a integração das hélices? como estabelecer e implementar as práticas de gestão no agronegócio? como o ecossistema de inovação e as grandes indústrias influenciam as pequenas propriedades rurais a alcançar sustentabilidade? essas indagações podem nos levar a refletir tanto sobre o funcionamento do ecossistema de inovação, quanto dos aspectos de gestão das indústrias e propriedades rurais. a partir deste contexto o presente projeto visa desenvolver uma pesquisa de longo prazo, para responder a seguinte a pergunta norteadora deste projeto de pesquisa: a sinergia entre ecossistema de inovação e práticas de gestão ambiental podem elevar a sustentabilidade da cadeia produtiva no agronegócio em mercados emergentes? 2 objetivos objetivo geral analisar a sinergia entre ecossistema de inovação, práticas de gestão ambiental e sustentabilidade no agronegócio em mercados emergentes. objetivos específicos a) compreender o ecossistema de inovação ambiental (quintiplo-helix) da cadeia de suprimentos do agronegócio em mercados emergentes; b) verificar a influência do ecossistema de inovação ambiental e das práticas de gestão ambiental (contabilidade, controle e evidenciação) de grandes indústrias na sustentabilidade da cadeia produtiva do agronegócio em mercados emergentes; c) analisar a sinergia entre ecossistema de inovação ambiental, práticas de gestão ambiental (contabilidade, controle e evidenciação) de grandes indústrias e produtores rurais, e a sustentabilidade da cadeia produtiva do agronegócio em mercados emergentes; d) estruturar ambiente de disseminação sistemática do conhecimento (observatório) sobre sustentabilidade em agronegócios em mercados emergentes.

Índice de Shannon: 3.02258

Índice de Gini: 0.831431

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,60% 18,53% 1,39% 0,76% 0,68% 8,10% 5,24% 0,96% 14,03% 0,57% 1,34% 30,54% 2,53% 8,97% 5,11% 0,63%
ODS Predominates
ODS 12
ODS 1

0,60%

ODS 2

18,53%

ODS 3

1,39%

ODS 4

0,76%

ODS 5

0,68%

ODS 6

8,10%

ODS 7

5,24%

ODS 8

0,96%

ODS 9

14,03%

ODS 10

0,57%

ODS 11

1,34%

ODS 12

30,54%

ODS 13

2,53%

ODS 14

8,97%

ODS 15

5,11%

ODS 16

0,63%