Responsive image
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Saúde

Departamento: Saúde Pública/SPB

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: REDUÇÃO DE DANOS ENQUANTO ESTRATÉGIA DE INCLUSÃO SOCIAL

Coordenador
  • FATIMA BUCHELE ASSIS
Participante
  • FATIMA BUCHELE ASSIS (D)

Conteúdo

De acordo com uma pesquisa nacional censitária ...de acordo com uma pesquisa nacional censitária e por amostragem da população em situação de rua promovida pelo ministério do desenvolvimento social e combate a fome em 2007, foi verificado que 82% desta população é masculina (brasil, 2008b). esta proporção pode camuflar a importância da investigação deste fenômeno com mulheres, pois embora haja estudos científicos sobre pessoas em situação de rua, levantamentos específicos sobre mulheres nessas condições não são comuns (costa et al., 2015). a situação de rua pode refletir a violência progressiva vivenciada desde a infância, onde fatores como abuso físico e emocional, maus-tratos, exploração financeira, intimidação sexual, estresse ambiental, exposição ao crime e subjugação sistemática subsistem na realidade social das ruas (biscotto et al., 2016). de acordo com o decreto nº 7.053 de 23 de dezembro de 2009, considera-se população em situação de rua o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória (brasil, 2009). as pessoas em situação de rua representam uma parcela da população que faz das ruas seu espaço principal de sobrevivência e de ordenação de identidades. estas se relacionam com a rua segundo parâmetros temporais e identitários diferenciados, estabelecendo no espaço público da rua seu palco de relações privadas (brasil, 2008b). de acordo com silva (2006 apud brasil, 2008b) são múltiplas as causas de se ir para a rua, e também múltiplas as realidades de quem vive na rua. na contemporaneidade, constitui uma expressão radical da questão social que é localizada nos grandes centros urbanos, onde as pessoas atingidas são estigmatizadas e enfrentam o preconceito como marca do grau de dignidade e valor moral atribuído socialmente. este fenômeno tem características gerais, porém possui particularidades do território em que se manifesta. no brasil, estas particularidades são bem definidas, o que reflete em uma tendência à naturalização do fenômeno e na quase inexistência tanto de dados e informações científicas quanto de políticas públicas. a sociedade civil e o estado contribuem para o estigma sobre a população em situação de rua quando propõem medidas assistencialistas, paternalistas, autoritárias e de “higienização social”, visto que tais perspectivas não dão conta da complexidade do processo de reinserção destas pessoas nas lógicas da família, do trabalho, da moradia, da saúde e de outras esferas. ao mesmo tempo, a rua não é somente um lugar de circulação entre espaços privados, mas também um espaço em si, tão abarcador e produtor de realidades como qualquer outro. estar na rua é ocupá-la, porém não como violação do espaço limpo e vazio, mas sim como produção e reprodução de identidades sociais (brasil, 2008b). a rua pode ser um espaço ambíguo, pois ao mesmo tempo em que marginaliza socialmente a população que lá vive, também lhe dá possibilidades de existência (gehlen, 2008 apud arrà, 2009). lá são produzidas relações sociais e simbólicas, sendo habitada por sujeitos com agência política que exploram o mundo na instabilidade de seu movimento (schuch; gehlen, 2012 apud silva, 2014). de acordo com uma pesquisa nacional do mds em 2007, 70,9% da população em situação de rua exerce alguma atividade remunerada, sendo, portanto, composta por trabalhadores. dentre as atividades exercidas, destacam-se: catador de materiais recicláveis (27,5%), flanelinha (14,1%), construção civil (6,3%), limpeza (4,2%) e carregador/estivador (3,1%). apenas uma parcela de 15,7% pede dinheiro como principal meio de sobrevivência, o que desfaz o mito preconceituoso de que esta população é majoritariamente composta por “mendigos” e “pedintes”. contudo, a maioria destes trabalhos está situada na chamada economia informal, pois apenas 1,9% dos entrevistados afirmam estar trabalhando com carteira assinada (brasil, 2008b). diante destas reflexões, propõe-se com esse estudo ir além da dicotomia inclusão/exclusão, e ao invés de apenas relativizar os processos de exclusão nas trajetórias das mulheres, objetiva-se compreender como essas mulheres podem ser incluídas socialmente. nesse sentido, surge a seguinte pergunta de pesquisa que norteia este trabalho: qual a influência da estratégia de redução de danos para a inclusão social de mulheres em situação de rua do município de florianópolis, sc? diante dessa questão nosso objetivos sugerem compreender a influência da estratégia de redução de danos para a inclusão social de mulheres em situação de rua do município de florianópolis, sc bem como identificar como os profissionais dos serviços de saúde e das instituições de apoio têm sobre o acolhimento de mulheres em situação de rua a partir da estratégia de redução de danos.

Índice de Shannon: 3.46402

Índice de Gini: 0.872835

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
17,28% 3,59% 7,75% 2,42% 5,33% 2,46% 2,12% 4,94% 2,05% 7,49% 26,21% 3,08% 2,60% 2,16% 3,33% 7,19%
ODS Predominates
ODS 11
ODS 1

17,28%

ODS 2

3,59%

ODS 3

7,75%

ODS 4

2,42%

ODS 5

5,33%

ODS 6

2,46%

ODS 7

2,12%

ODS 8

4,94%

ODS 9

2,05%

ODS 10

7,49%

ODS 11

26,21%

ODS 12

3,08%

ODS 13

2,60%

ODS 14

2,16%

ODS 15

3,33%

ODS 16

7,19%