a doença causada pelo novo coronavíru... a doença causada pelo novo coronavírus (sars-cov-2) é denominada covid-19, possui rna vírus envelopados, comumente encontrados em humanos, e surgiu na cidade de wuhan, em dezembro de 2019 e em poucos dias espalhou-se por toda a china, demonstrando amplo espectro de gravidade e letalidade, inclusive em pacientes sem sintomas aparentes. esses e outros fatores contribuíram para a sua rápida disseminação no mundo e a sua configuração em pandemia (li et al., 2020; stoecklin et al., 2020). ao considerar-se a magnitude da atual pandemia causada pelo sars-cov-2 responsável pela doença covid-19, é importante levar em conta os números oficiais de casos e óbitos registrados até o momento. de acordo com os dados da universidade johns hopkins, em 18/04/2021 houve um número total de 141.015.440 casos confirmados e 3.014.805 óbitos notificados no mundo (johns hopkins university & medicine, 2021a). já no brasil, no dia 18/04/2021 os números chegaram a 13.943.07 casos e 373.335 óbitos notificados (brasil, 2021), o que indica que o país ocupa, no momento, a sétima posição no número de mortes por 100 mil habitantes no mundo (2,7%) (johns hopkins university & medicine, 2021b), no dia 18/04/2021. já no estado de santa catarina, até o dia 18/04/2021 foram confirmados 854.727 casos e 12.541 mortes por covid-19 (governo de santa catarina, 2021). a covid-19 é uma doença infecciosa causada por um novo vírus, nunca antes identificado em humanos. ele causa uma doença respiratória semelhante à gripe e tem sintomas como tosse seca, febre, dispneia, mialgia ou fadiga e, em casos mais graves, pneumonia; além disso, tem alta transmissibilidade. dessa maneira, a covid-19 representa uma ameaça à saúde pública mundial e à vida humana, pois pode vitimar idosos com problemas de saúde prévios, como também causar a morte de adultos saudáveis e, além disso, ainda não existe uma terapêutica medicamentosa para o tratamento específico da doença (cui; li; shi, 2019; belasco; fonseca, 2020). nesta direção, houve a necessidade da adoção de medidas globais para evitar a transmissão da covid-19 entre as pessoas. as medidas não farmacológicas implementadas como o isolamento físico/social e os cuidados como a higiene frequente das mãos com água e sabão, uso de álcool gel, uso de máscaras, etiqueta respiratória, cobrindo a boca com o antebraço ou utilizar um lenço como cobertura, descartando-o em seguida e manter os ambientes fechados arejados (brasil, 2020b) são medidas profiláticas para mitigar a transmissibilidade da doença. e, mais recentemente, no final de 2020 iniciou-se a vacinação contra a covid-19 no mundo e no brasil no final de janeiro de 2021. entretanto, apesar da existência da vacina, segue a recomendação da adoção das medidas não farmacológicas, pois muitos ainda não foram vacinados. de acordo com o sistema de vigilância do ministério da saúde brasileiro, em gestantes e puérperas a maior frequência de mortes por covid-19 no ano de 2020 ocorreu no terceiro trimestre de gestação ou no puerpério. entretanto, em 2021, com a existência de novas variantes do sars-cov-2, a mortalidade nesta população dobrou e o seu perfil também mudou, pois já há casos de mortes em gestantes no segundo e primeiro trimestres e, inclusive, casos de mortes em crianças, incluindo recém-nascidos. durante a pandemia da covid-19, houveram adaptações nos protocolo de atendimento às gestantes no serviços de atenção primária. no caso da mesma possuir sintomas gripais, é necessário que seu atendimento seja suspenso por 14 dias. também foi estipulado maior intervalo de tempo de agendamento para atendimento de cada gestante, o que pode ser um fator prejudicial, impedindo o atendimento de toda a demanda (brasil, 2020a). esses fatores podem acarretar prejuízos às gestantes devido ao maior tempo de espera entre as consultas, não recebendo assim o atendimento necessário e esperado. é importante que esse acompanhamento seja realizado de modo oportuno para prevenir complicações advindas. ainda há poucos estudos focando a experiência das gestantes, parturientes e puérperas que vivenciaram o ciclo gravídico puerperal durante a pandemia da covid-19. dessa maneira, a partir do exposto, elaborou-se a seguinte pergunta de pesquisa para este estudo: qual o significado de tonar-se mãe durante a pandemia da covid-19? para responder este questionamento, traçou-se como objetivos: compreender o significado de tornar-se mãe durante a pandemia da covid-19 e elaborar um modelo teórico sobre o significado de tornar-se mãe durante a pandemia. trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com a utilização do método grounded theory ou teoria fundamentada em dados (tfd), como também é denominada, na versão de strauss. o estudo será realizado na região sul do brasil, abrangendo os estados do paraná, santa catarina e rio grande do sul. serão realizadas entrevistas a partir dos meios de comunicação virtual após a aprovação do projeto pelo comitê de ética em pesquisa acredita-se que este estudo pode apontar subsídios para contribuir com uma assistência de enfermagem e saúde mais qualificada durante a vivência do ciclo gravídico puerperal em tempos de pandemia e outras epidemias, uma vez em que o processo de reprodução é constante na humanidade e sempre continuarão acontecendo gestações, partos e nascimentos, independentemente da existência ou não de uma pandemia.