
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências Biológicas
Departamento: Ciências Fisiológicas/CFS
Dimensão Institucional: Pesquisa
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa
Título: PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA DCNT EM PROFESSORES ENSINO FUNDAMENTAL
Coordenador
- CARLA CRISTINA THOBER CHARAO
Participante
- CARLA CRISTINA THOBER CHARAO (D)
- VITÓRIA PONTES BRENA
Conteúdo
As doenças crônicas não transmissíveis (dcnt) s...as doenças crônicas não transmissíveis (dcnt) são um grupo de enfermidades multifatoriais que, por definição, uma vez adquiridas perduram mais de três meses (porém geralmente pelo resto da vida do indivíduo), mas não são transmitidas de uma pessoa para outra. elas são divididas, basicamente, naquelas relacionadas a fatores de riscos não modificáveis como idade, sexo e genética (etnia e genética familiar) e aquelas relacionadas a riscos modificáveis, ou seja, que podem ser evitadas e/ou atenuadas conforme o estilo de vida do indivíduo. as principais causas da grande maioria das dcnt são o tabagismo, etilismo, má alimentação (ausência de uma dieta equilibrada rica em nutrientes essenciais e fibras) e sedentarismo (who 2018, 2014, 2011). as dcnt são assintomáticas (silenciosas) e lentas no seu desenvolvimento e, portanto, de instalação imperceptível até a patologia se manifestar completamente ou causar óbito súbito. elas são responsáveis por 70,5% dos óbitos mundiais (who, 2017) e 72,9% dos óbitos no brasil (who 2017, brasil, 2019). dentre as dcnt, destacam-se as doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crônicas e neoplasias malignas (who, 2018, 2014, 2005), sendo que estas foram responsáveis por 56% do total das mortes de pessoas entre 30 e 69 anos no brasil. (brasil, 2019). além de alta mortalidade as dcnt apresentam alta morbidade. as pessoas que convivem com alguma dcnt tem baixa qualidade de vida, dificuldade de trabalhar, baixa produtividade e muitas vezes chegam à invalidez permanente. representam, ainda, grande custo para o estado, pois 75% das verbas do sus destinadas à atenção básica da saúde são gastos com as dcnt e para a sociedade em geral visto que geralmente o acometido é adulto pertencente à classe de pessoas economicamente ativa ocorrendo comprometimento do orçamento familiar.
diante da grave situação em setembro de 2011 a organização das nações unidas (onu) discutiu o assunto e aprovou um plano de ações de políticas públicas de controle e prevenção das dcnt bem como a diminuição em 25% dos óbitos causados por elas até o ano de 2025 sob a direção e coordenação da organização mundial da saúde (who,2011). dentre as estratégias estão o combate ao tabagismo, redução do uso de álcool, estímulo à uma alimentação equilibrada e atividade física regular (who 2011, 2014).
de uma forma particular, professores, especialmente de ensino fundamental e médio fazem parte de um grupo de pessoas que normalmente tem alta carga de trabalho, baixa valorização salarial, condições estressantes em geral, local de trabalho precário, perda de tempo no deslocamento entre escolas e grande número de alunos. este conjunto de fatores faz dos docentes um grupo com alto índice para as dcnt especialmente as doenças cardiovasculares, as osteomusculares, transtornos comportamentais e mentais como a síndrome de burnout (araújo; pinho; masson, 2019; penteado; souza neto, 2019; silva, 2019; silva, 2018; assunção; oliveira, 2009; gasparini; barreto; assunção, 2005).
florianópolis, por sua vez, é uma cidade conhecida por sua alta qualidade de vida e fator de desenvolvimento humano. no entanto a classe docente parece não ter uma vida tão diferente do resto do cenário nacional. diante do exposto e o grande problema de saúde pública que envolve as dcnt, é importante traçar um perfil deste grupo em particular. o presente estudo objetiva aferir a prevalência dos principais fatores de risco modificáveis para as dcnt entre docentes do ensino fundamental no município desta capital e assim contribuir para que os mesmos tenham maior consciência de sua saúde bem como oportunizar às autoridades elementos para planejamento no sentido de proporcionar maior qualidade de vida e prevenir de forma mais efetiva as doenças crônicas neste grupo em particular e na sociedade como um todo.
a metodologia do trabalho será oferecer um questionário virtual pela plataforma google via direção das escolas onde os docentes municipais que desejarem participar do estudo irão autodeclarar algumas questões gerais e sobre seus hábitos de vida. os dados coletados serão tabulados e analisados para tentar compor um perfil sociodemográfico, do estilo de vida, do padrão de riscos modificáveis para as dcnt e da saúde geral dos docentes.
referências:
assunção, a. á.; oliveira, d. a. intensificação do trabalho e saúde dos professores. educ. soc., campinas, v.30, n.107, p. 349-372, 2009. disponível em: https://www.scielo.br/pdf/es/v30n107/03.pdf. acesso em: 29 jul. 2020.
araújo, t. m.; pinho, p. s.; masson, m. l. v. trabalho e saúde de professoras e professores no brasil: reflexões sobre trajetórias das investigações, avanços e desafios. cad. saúde pública, rio de janeiro , v. 35, sup. 1:e00087318, 2019. disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v35s1/1678-4464-csp-35-s1-e00087318.pdf. acesso em: 30 jul. 2020.
brasil. ministério da saúde. secretaria de vigilância em saúde. departamento de análise em saúde e vigilância de doenças não transmissíveis. vigitel brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no distrito federal em 2019. brasília: ministério da saúde, 2020a,137 p. disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/april/27/vigitel-brasil-2019-vigilancia-fatores-risco.pdf. acesso em: 28 abr. 2020.
brasil. ministério da saúde. secretaria de vigilância em saúde. departamento de análise de situação de saúde. plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (dcnt) no brasil 2011-2022. brasília: ministério da saúde, 2011, 160 p. disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf. acesso em: 14 mar. 2020.
gasparini, s. m.; barreto, s. m.; assunção, a. a. o professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde. educação e pesquisa, são paulo, v. 31, n. 2, p. 189–199, 2005. disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n2/a03v31n2.pdf. acesso em: 29 jul. 2020.
penteado, r. z.; souza neto, s. de. mal-estar, sofrimento e adoecimento do professor: de narrativas do trabalho e da cultura docente à docência como profissão. saúde soc., são paulo, v. 28, n. 1, p. 135-153, 2019. disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v28n1/1984-0470-sausoc-28-01-135.pdf. acesso em: 30 jul. 2020.
silva, d. t. a. da. um breve retrato do estado de saúde dos professores e as condições de trabalho. linkscienceplace - int. sci. j. campos dos goytacazes, v. 6, n. 5, 2019. disponível em: http://revista.srvroot.com/linkscienceplace/index.php/linkscienceplace/article/view/694/402. acesso em: 31 jul. 2020.
silva, j. p. da. quando o trabalho invade a vida: um estudo sobre a relação trabalho, vida pessoal cotidiana e saúde de professores do ensino regular e integral de são paulo. 2018. tese (doutorado em saúde ambiental) - faculdade de saúde pública, universidade de são paulo, são paulo, 2018, 522 p. disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-28062018-083933/publico/jeffersonpeixotodasilvarevisada.pdf. acesso em: 20 jul. 2020.
who. world health organization. global status report on noncommunicable diseases 2010. geneva; 2011. disponível em: www.who.int/nmh/publications/ncd_report_full_en.pdf. acesso em: 06 maio 2018.
who. world health organization. noncommunicable diseases country profiles. geneva: world health organization, 2018, 223 p. disponível em: https://www.who.int/nmh/publications/ncd-profiles-2018/en/. acesso em: 14 fev. 2020.
who. world health organization. noncommunicable diseases (ncd) country profiles, 2014. geneva; 2014. disponível em: http://www.who.int/global-coordination-mechanism/publications/ncds-country-profiles-eng.pdf. acesso em: 06 maio 2018.
who. world health organization. who steps surveillance manual: the who stepwise approach to noncommunicable disease risk factor surveillance. geneva: world health organization, 2017, 472 p. disponível em: https://www.who.int/ncds/surveillance/steps/steps_manual.pdf?ua=1. acesso em: 16 jun. 2020.
who. world health organization. global action plan for the prevention and control of noncommunicable diseases 2013-2020. geneva: world health organization, 2013, 103 p. disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/94384. acesso em: 14 fev. 2020.
who, world health organization. preventing chronic diseases: a vital investment: who global report. geneva: world health organization, 2005, 200 p. disponível em: https://www.who.int/chp/chronic_disease_report/full_report.pdf?ua=1. acesso em: 06 mar. 2020
Índice de Shannon: 0.752309
Índice de Gini: 0.163628
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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0,66% | 0,75% | 91,42% | 0,77% | 0,67% | 0,37% | 0,35% | 0,71% | 0,47% | 0,54% | 0,69% | 0,37% | 0,54% | 0,41% | 0,44% | 0,83% |
ODS Predominates


0,66%

0,75%

91,42%

0,77%

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0,37%

0,35%

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