
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências da Saúde
Departamento: Pediatria/DPT
Dimensão Institucional: Pesquisa
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa
Título: ANÁLISE DO PREPÚCIO DE MATERIAL DE DESCARTE DE CIRURGIAS DE POSTECTOMIA COMO FONTE DE CÉLULAS TRONCO DE ORIGEM MESENQUIMAL
Coordenador
- MAURICIO JOSE LOPES PEREIMA
Participante
- ANELISE PINHEIRO PAIVA
- MAURICIO JOSE LOPES PEREIMA (D)
Conteúdo
Etapa 1: revisão bibliográfica : revisão biblio...etapa 1: revisão bibliográfica : revisão bibliográfica sobre as indicações cirúrgicas da cirurgia de postectomia em crianças
o prepúcio possui a função de proteger o meato uretral e a glande(1), a qual é uma região excessivamente sensível e que não apresenta camada córnea para conferir maior proteção e resistência local. durante a embriogênese, ocorre a adesão da superfície interna prepucial com a área externa da glande, justificando o fato de que, quando os meninos nascem, a maioria apresenta o prepúcio ainda aderido à glande(2). cerca de 95% dos recém-nascidos apresentam essa situação, que regride em até 75% até 1 ano de idade(2) e em 90% dos meninos até 3 anos de idade(1). essa impossibilidade de exposição da glande completa ou parcial pela ausência de retração do prepúcio nomeia-se como fimose fisiológica ou primária(1).
com o passar do tempo, há fatores que promovem naturalmente o descolamento dessas estruturas, entre eles a presença de secreção sebácea prepucial (esmegma)(2), além das ereções fisiológicas e dos resíduos da descamação epitelial da região(1). os casos não fisiológicos são chamados de fimose secundária ou patológica, onde além da dificuldade de exposição completa da glande, há a presença de um anel fibroso na região prepucial(3), que normalmente ocorre devido à lesão cicatricial decorrente de balanopostites de repetição (definida como inflamação e/ou infecção de glande e prepúcio), descolamento traumático do prepúcio e comorbidades de origem dermatológicas, tais como o líquen escleroso e atrófico (lea), também chamado de balantite xerótica obliterante (bxo)(4). na balanite xerótica obliterante ocorre a afecção da glande, prepúcio e, às vezes, da uretra, caracterizando-se como um quadro crônico de inflamação, onde balanite traduz-se por inflamação da glande; xerótica, por pele ressecada; e obliterante, pelo fato de associar-se ocasionalmente com endarterite(5).
a cirurgia para correção de fimose é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no mundo, principalmente na população pediátrica, sendo, portanto, a fimose uma queixa comum nos consultórios médicos. a postectomia, conhecida popularmente como circuncisão, quando realizada para fins culturais ou religiosos, realizada principalmente em judeus e muçulmanos, refere-se ao procedimento cirúrgico com remoção total do prepúcio, favorecendo a exposição completa da glande(1), efetivado ainda no período neonatal. também pode ser chamada de peritomia, postoplastia e postectoplastia dentro da comunidade médica(6), de acordo com as diferentes formas de abordagem e manejo cirúrgico. quando a cirurgia é realizada para fins terapêuticos em alguns casos de fimose patológica, há a retirada total ou parcial do prepúcio(1). com a retirada parcial permite-se que essa estrutura ainda funcione como um invólucro de proteção para a glande, facilitando a exposição da mesma para realização de limpeza, além de protegê-la. consequentemente, diminui-se a recorrência de dor local e edema no pós-operatório, assim como proporciona um melhor resultado estético final(1).
embora a cirurgia seja muito difundida de modo global, a fimose possui uma alternativa de tratamento conservador, realizado na maioria das vezes anterior à cirurgia de modo a evitá-la (6). esse tratamento consiste na aplicação tópica de esteroides, com diferentes concentrações e potências, sendo aplicados na porção prepucial estenosada juntamente com retração suave local, agindo de forma anti-inflamatória e imunossupressora, ao reduzir as manifestações iniciais e tardias de inflamação(6). desse modo, a pele sofre adelgaçamento e aumenta a sua elasticidade, favorecendo a retração prepucial. as indicações e duração de tratamento tópico variam de acordo a literatura, com duração em média de 4 a 8 semanas(6).
para a realização de postectomia, não existe um consenso único quanto as indicações terapêuticas cirúrgicas e também conservadoras. a maioria dos autores defende que a fimose fisológica assintomática deve aguardar sua resolução espontânea até o período da puberdade, momento no qual iniciam as relações sexuais e que o fato da não exposição completa da glande traria reais malefícios para esses pacientes(6).
entre as indicações absolutas de postectomia, encontram-se as balanites xeróticas obliterantes, balanopostites de repetição e adolescentes sem resolução espontânea do quadro de fimose(3), além dos casos onde o tratamento tópico com corticoesteroides não é satisfatório(4). meuli, em 1994, acrescentou em seus trabalhos as ocorrências de grave estenose de prepúcio, infecção urinária de repetição e distúrbios urinários associados(7). já em relação às indicações relativas, incluem-se os episódios resolvidos de parafimose e prepúcio com excesso de pele(3). somado a isso, decorrem as condições onde há pressão familiar para com os médicos a fim de realizar o procedimento cirúrgico, seja por motivos culturais/religiosos ou por medo e desconhecimento da família, podendo levar a indicações cirúrgicas indevidas(1).
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.88478
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ODS Predominates


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