
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências Biológicas
Departamento: Botânica/BOT
Dimensão Institucional: Pesquisa
Dimensão ODS: Ambiental
Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa
Título: AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE BANCOS DE RODOLITOS E COMUNIDADE ASSOCIADA EM CENÁRIOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS – SUBSÍDIOS PARA A GESTÃO INTEGRADA DE ECOSSISTEMAS MARINHOS (FARMCS)
Coordenador
- PAULO ANTUNES HORTA JUNIOR
Participante
- PAULO ANTUNES HORTA JUNIOR (D)
Conteúdo
O objetivo da presente proposta será aval...o objetivo da presente proposta será avaliar a ecofisiologia de macroalgas
marinhas e suas interações biológicas considerando os impactos de estressores
globais (acidificação e aquecimento dos oceanos) e locais (enriquecimento por
nutrientes) por meio de abordagens experimentais em campo e em mesocosmos
(mea), a fim de esclarecer o papel destes fatores na determinação da composição,
estrutura e funcionamento de comunidades bentônicas de ambientes costeiros.
estas informações irão alimentar modelos preditivos sobre as trajetórias de
importantes ecossistemas ao longo da costa brasileira, tais como bancos de
rodolitos, subsidiando ações relacionadas à conservação e gestão de importantes
ecossistemas. a presente proposta está em sintonia com as demandas de redes de
pesquisa como redealgas, rebentos, sisbiota, assim como demandas de
empresas do ramos do petróleo (ibp) e do governo (gigerco), que têm no
conhecimento do comportamento dos bancos de rodolitos, importante gargalo
para a gestão costeira e eventual explotação de recursos diversos no litoral
brasileiro. estes ecossistemas, presentes em praticamente todo o litoral brasileiro,
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da região entre marés até profundidades da ordem de 200 m, representam não
apenas hotspots de biodiversidade, mas também importantes estoques de carbono,
incluindo espécies bioengenheiras, compreendendo organismos calcificadores
(por exemplo, rodolitos, algas calcárias, corais) os quais têm um papel importante
na produção e concentração de sedimentos ricos em carbonato (algas calcárias,
halimeda spp., etc). muitos destes calcificadores marinhos, incluindo algas
calcárias formadoras de rodolitos, reduzem suas taxas de calcificação quando
expostos a ambientes com redução da saturação de caco3, tanto para aragonita
quanto para calcita (?arag ou ?calc). este processo de redução, além de ser
observado localmente por conta da poluição de ambientes costeiros, está
relacionado às reconhecidas previsões de acidificação dos oceanos (oa). a
resposta de organismos, espécies ou comunidades à oa tem sido bem estudada na
última década. no entanto, até o momento, ainda são escassos os estudos
experimentais que consideraram os impactos da oa em conjunto com o
aquecimento do planeta. o processo de aquecimento global é inequívoco, e
subsequente às detectadas ondas de calor regionais já se observam grandes
alterações em ambientes marinhos diversos em diferentes parte do mundo e
inclusive no brasil. destaca-se ainda que para a construção de cenários aplicáveis
regionalmente ou mesmo globalmente, deve-se considerar estressores locais
derivados das atividades antrópicas, fatores ambientais importantes que
determinam a estrutura das comunidades. estes fatores globais e regionais
interagem e afetam simultaneamente a vida marinha causando a alteração do
comportamento fisiológico ou mesmo a depleção do número de espécies .
experimentos recentes sugerem que os efeitos combinados das mudanças
climáticas e estressores não-climáticas (i.e. eutrofização, redução da qualidade da
água) reduzirão a resiliência das comunidades marinhas ainda mais, devido as
suas diferentes interações, resultando na perda de integridade e comprometendo o
funcionamento do ecossistema. estes processos podem comprometer o importante
papel destes ambientes de armazenarem carbono, alterando a cadeia trófica, e
contribuindo para um ciclo vicioso que retroalimenta e agrava as mudanças no
clima. além disso, as respostas dos organismos a múltiplos estressores quando
examinadas considerando interações metabólicas com outras espécies, podem ser
ainda mais complexas, uma vez que estas interações podem anular ou intensificar
seus efeitos. desta forma, abordagens experimentais considerando as respostas
das espécies a vários estressores, bem como interações entre espécies, são
essenciais para prever com precisão os efeitos das mudanças climáticas nos
sistemas marinhos. conforme revisão recente, são raros os estudos experimentais
sobre os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas bentônicos no brasil.
apesar de existirem informações limitadas, esta perspectiva, desta estratégica
parcela da ciência nacional, contrasta com nossas necessidades de gestão de
recursos naturais que se estendem por praticamente toda a plataforma continental
brasileira, como é o caso dos bancos de rodolitos. assim, a presente proposta irá
contribuir não só para a geração de conhecimento estratégico, mas também para a
atração e formação de recursos humanos, na graduação e pós graduação, que serão
peças-chave para disseminar e amplificar os esforços necessários para a
compreensão do funcionamento de ecossistemas marinhos diante dos desafios das
mudanças globais.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 1.89184
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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0,60% | 1,18% | 0,65% | 0,67% | 0,66% | 1,94% | 1,01% | 0,57% | 0,73% | 0,47% | 0,95% | 1,40% | 22,15% | 61,76% | 4,30% | 0,98% |
ODS Predominates


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1,18%

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0,66%

1,94%

1,01%

0,57%

0,73%

0,47%

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1,40%

22,15%

61,76%

4,30%

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