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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Departamento: Sociologia e Ciência Política/SPO

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: MUTAÇÕES DO MUNDO DO TRABALHO. COMO FICAM A PROTEÇÃO SOCIAL, OS DIREITOS E A SOLIDARIEDADE?

Coordenador
  • MARIA SOLEDAD ETCHEVERRY ORCHARD
Participante
  • MARIA SOLEDAD ETCHEVERRY ORCHARD (D)

Conteúdo

a seguinte pesquisa propõe a elaboração de um ... a seguinte pesquisa propõe a elaboração de um levantamento sobre discussões que estão sendo postas recentemente pelos estudiosos do mundo do trabalho tendo por foco a questão das proteções sociais, dos direitos e o cenário da solidariedade entre atores. essas discussões se travam, por um lado, em um cenário que para alguns autores se caracteriza pelas mudanças e incertezas atuais, as quais expõem a degradação da situação econômica e social de um número crescente de pessoas em um capitalismo em plena expansão e profundamente transformado (munck, 2002, 2013). um capitalismo herdeiro da reestruturação produtiva, que promove uma agenda da desregulamentação com a ruptura de laços formais de contratação, uma flexibilização das relações de trabalho (interna e externa), a intensificação do regime de subcontratações, tendo como resultado o agravamento dramático das desigualdades, da precarização, do desemprego, da retirada de direitos (castel, 1998; castel, 2010; antunes, 2014; entre outros). para castel (1989), diante da ameaça da fratura das proteções, que inaugura no coração do sistema a precarização, haveria razões para afirmar que surge uma “nova questão social”. por outro lado, autores sustentam que processos como o da globalização, da explosão da cultura digital e incorporação da tecnologia no cotidiano das pessoas, propiciam novas formas de trabalhar, trazem as promessas de uma economia do compartilhamento, de uma economia criativa. as novas condições desses processos promoveriam agora outro tipo de trabalhador, flexível, autônomo, mais qualificado, um empreendedor de si mesmo, com a devida promessa da auto-realização e sucesso. ou seja, argumento sustentado em uma cultura do risco que supostamente comportaria oportunidades na era da individualização, em busca de autonomia e valorização das escolhas individuais. como lembra richer (2018), referindo-se à nova nomenclatura usada para designar o novo trabalhador, o “colaborador”, ou “associate”, que viceja nos estados unidos, define o desejo de expressar uma mútua solidariedade entre a empresa e a pessoa que nela trabalha. trata-se de um embate ideológico que comporta ênfases distintas sobre as interpretações das questões em pauta. entendemos que haveria urgência por construir teoricamente a relação entre trabalho e moralidade em termos de solidariedade e regulação social visando refletir sobre a proteção social. o propósito é construir um olhar sociológico sobre o cenário atual dessas relações de trabalho no contexto de globalização e das transformações tecnológicas, onde os temas da precarização e da flexibilização das relações de trabalho se impõem, e produzem efeitos sobre as possibilidades de sobrevivência material, sobre os impactos cruciais em relação aos arranjos de proteção social e integração do indivíduo ao todo social. como lembra rosenfield (2011), o que está em pauta é a integração ao sistema produtivo, aos princípios morais e ao reconhecimento social. refletir sobre esses assuntos justifica a escolha do nosso tema de pesquisa. nesse cenário, indagamos: como ficam a proteção social, os direitos e as relações de solidariedade nesse mundo do trabalho em mutação? quais são os debates sobre o futuro dos trabalhadores e quais são esses atributos da mutação do mundo do trabalho? quais debates surgem na esteira desse tema das proteções sociais que se constitui um lugar central para pensar a ordem social, ou seja, as possibilidades de integração social através do trabalho? onde repousar o conteúdo normativo, no estado (como parece sustentar castel (1989), ou na individualização do trabalhador (como pode ser defendido pela “flexiseguridade”, que visa associar flexibilidade e seguridade no trabalho, como nos informa richer (2018) na esteira dessa individualização do trabalho? que discursos e ações emergem de organizações (como a oit), ou de sindicatos, ou de movimentos sociais, para lidar com esse desafio das solidariedades? com o intuito de abordar essas questões, se projeta fazer um mapeamento da literatura acadêmica recente, uma revisão de documentos produzidos por variadas fontes que tragam o debate sobre esse universo do trabalho em mutação na sociedade contemporânea, essencialmente aqueles discursos que discorram sobre os nossos temas de interesse. propõe-se, assim, uma análise comparativa que interpele acerca da relação entre as diferentes perspectivas dos autores e as suas distintas formas de compreender o mundo do trabalho e os desafios da solidariedade contemporânea.

Índice de Shannon: 3.26346

Índice de Gini: 0.854171

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
15,78% 2,38% 2,13% 2,36% 5,94% 1,42% 2,11% 27,61% 3,69% 12,52% 2,51% 2,24% 2,19% 1,53% 1,51% 14,08%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

15,78%

ODS 2

2,38%

ODS 3

2,13%

ODS 4

2,36%

ODS 5

5,94%

ODS 6

1,42%

ODS 7

2,11%

ODS 8

27,61%

ODS 9

3,69%

ODS 10

12,52%

ODS 11

2,51%

ODS 12

2,24%

ODS 13

2,19%

ODS 14

1,53%

ODS 15

1,51%

ODS 16

14,08%