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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: ULTRASSONOGRAFIA POINT OF CARE COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO VOLUME URINÁRIO A PARTIR DA CONCORDÂNCIA INTERAVALIADORES

Coordenador
  • DANIELE DELACANAL LAZZARI
Participante
  • DANIELE DELACANAL LAZZARI (Di)
  • MAYARA DA VENTURA BARBOSA
  • NARA REISDORFER (Di)
  • THAIS TRINDADE BOECK

Conteúdo

Dentre os métodos de exame por imagens, a ultra...dentre os métodos de exame por imagens, a ultrassonografia (us) à beira leito é um método não invasivo e que não utiliza radiação ionizante para obtenção de imagens, representando importante ferramenta na assistência à saúde (moreira; de almeida; galvão, 2017). sua utilização permite que se realize avaliação diferenciada através de imagens e, no âmbito da enfermagem, possui inúmeras aplicações, tais como avaliação de volume urinário na retenção urinária e punções vasculares em cateteres longos e curtos (colella; prati; sarti, 2019). o ultrassom point-of-care (pocus) expressa a utilização de variadas tecnologias diagnósticas e de cuidado aplicadas diretamente no local em que o paciente se encontra, seja no leito ou na ambulância. sua rapidez e agilidade, somadas a dispensabilidade de locomoção do paciente, representam as principais vantagens de sua utilização (xu et al., 2015; nayak, et al., 2016). sua utilização como ferramenta de assistência à saúde já é realizada por algumas especialidades, constituindo caráter positivo devido seu método não invasivo e rápida aplicação (novaes et al., 2017). o us possui como princípio básico a formação de imagens por meio da emissão de ondas sonoras. ondas sonoras com frequência maior do que 20.000hz são chamadas ultrassom, enquanto que ondas com frequência menor de 20hz são chamadas de infrassom. a capacidade humana auditiva permite a sensibilidade apenas para sons de frequência entre 20 a 20.000hz, o que explica o fato das ondas emitidas pelo ultrassom não serem audíveis aos seres humanos (martins; medeiros, 2015). a emissão das ondas ocorre através do transdutor, que é a parte do aparelho que entra em contato direto com o paciente. o fenômeno que permite que os transdutores possam emitir ondas são os cristais pizoelétricos presentes em sua superfície. ao serem submetidos a correntes em alta frequência, os cristais vibram na mesma frequência originando o ultrassom. ao entrarem em contanto com o meio interno do paciente interagem com as diferentes estruturas podendo ser absorvidas, refratadas ou refletidas. quando refletidas retornam ao transdutor em forma de ecos, sendo realizada a interpretação e formação das imagens (colella; prati; sarti, 2019). na assistência à saúde o us desempenha papel como ferramenta extensora do exame físico, permitindo a associação dos achados clínicos do paciente com as imagens obtidas pelo dispositivo. sua utilização permite, por exemplo, a avaliação da retenção urinária e do volume de urina em pacientes críticos ou em reabilitação, contribuindo para a avaliação, tomada de decisão e conduta que será empregada para o manejo da retenção urinária. possibilita ainda, a avaliação de necessidade de cateterismo vesical, evitando procedimentos desnecessários e complicações tais como ocorrência de infecções do trato urinário (itu) (carnaval; teixeira; carvalho, 2019). no brasil, a utilização de us por enfermeiros para a avaliação urinária, possui parecer positivo pelo conselho regional de enfermagem do estado de são paulo (coren-sp). este discorre sua aplicação como ferramenta para o cálculo de volume urinário na retenção urinária, ressaltando que sua utilização não permite a emissão de pareceres e laudos evidenciando seu caráter não diagnóstico (brasil, 2014). a avaliação do volume vesical é fundamental, por exemplo, nos casos de retenção urinária (ru), que é definida como a incapacidade de esvaziamento completo ou parcial da bexiga, ocasionando o acúmulo de urina, distensão da musculatura vesical, sensações de desconforto, pressão e sensibilidade na região supra púbica. sua origem está associada a fatores mecânicos (rupturas, tumor, cálculos, etc.), psicológicos ou neurológicos (anestesia), que influenciam direta ou indiretamente no processo de eliminação urinária (brunner; hinkle; cheever, 2016). o tratamento da ru é baseado no emprego de medidas não invasivas para estímulo espontâneo da diurese como primeira escolha. diante do insucesso dessas medidas, realiza-se o cateterismo vesical. outra preocupação, é o volume residual de urina que permanece após a micção atua na prevenção do colabamento do músculo vesical (prado; gelbcke, 2013). quando esse volume ultrapassa os parâmetros de normalidade a musculatura da bexiga sofre distensão excessiva podendo desencadear hipotonicidade, além de torná-la um ambiente susceptível ao surgimento de bactérias, podendo ocasionar o desenvolvimento de itu (mazzo et. al, 2015). as itu constituem o grupo, dentro das infecções relacionadas à assistência à saúde (iras) com elevada incidência nas clínicas hospitalares e estão relacionadas também à utilização de cateterismo vesical de demora ou intermitente (moura et. al, 2017). o cateterismo vesical possui importante aplicabilidade na assistência prestada ao paciente, podendo ser intermitente ou de demora. utiliza se o cateterismo de demora quando há necessidade de controle de débito urinário, irrigação contínua da bexiga, em casos de cirurgias prolongadas. enquanto o cateterismo intermitente possui aplicabilidade principalmente quando não há necessidade de um controle contínuo sobre o débito urinário do paciente, como em casos de ru agudas (wound, 2016). a inserção de cateteres vesicais, seguindo o conselho federal de enfermagem (cofen) (2013), é competência exclusiva do enfermeiro, considerando sua complexidade técnica, necessidade de conhecimento de base teórica e científica e a capacidade de tomada de decisão imediata, ponderando possíveis riscos de infecção e trauma que envolvem o procedimento (brasil, 2018). o enfermeiro também é responsável pela avaliação da necessidade do procedimento para o paciente. o processo avaliativo para a tomada de decisão, incorpora os achados clínicos por meio do exame físico, determinando a presença de indicações de utilização, considerando também os riscos que o procedimento apresenta para o paciente. ainda que a avaliação seja um processo pautado no conhecimento científico do profissional em concordância com os achados clínicos, alguns estudiosos apontam a subjetividade presente na tomada de decisão, pautada na interpretação que o profissional faz destes achados (jorge et. al, 2018). em razão dessa subjetividade e da grande incidência de itu relacionados ao cateterismo vesical, há a necessidade de incorporação de diferentes ferramentas para auxílio quanto à realização do procedimento, tais como o desenvolvimento de protocolos de assistência visando melhoria na determinação de necessidade de realização do procedimento, avaliação em relação à infecções associadas e o ultrassom (meddings et al, 2014). neste sentido aprofundar os conhecimentos sobre a utilização us pelo enfermeiro em sua prática profissional possibilita novas estratégias e ferramentas para o cuidado prestado diretamente ao paciente. possibilitando ainda o desenvolvimento de autoconfiança do enfermeiro quando relacionado ao processo de avaliação e tomada de decisão referente à retenção urinária (carnaval; teixeira; carvalho, 2019). os estudos na área são escassos no brasil, embora o ultrassom já seja utilizado largamente por enfermeiros em utis de grande porte. diferentemente de outros países que além de já utilizarem a ferramenta em seu cotidiano, possuem estudos e pesquisas que acompanham sua utilização, auxiliando seu aprimoramento e desenvolvimento com o passar dos anos. evidenciando a necessidade de novos estudos sobre o tema, aprimorando os conhecimentos dos enfermeiros na busca pela promoção uma maior utilização da ferramenta na prática profissional no país. para tanto, questiona-se: há concordância interavaliadores entre medidas de volume urinário e de bexiga em pacientes críticos? o objetivo geral deste estudo é analisar o uso da ultrassonografia point of care como instrumento de avaliação do volume urinário em pacientes sondados ou com micção espontânea a partir da concordância interavaliadores. os objetivos específicos sao: avaliar a confiabilidade intra e interavaliadores na aferição da medida; descrever os achados ultrassonográficos relativos ao conteúdo e medidas da bexiga; correlacionar as medidas de volume vesical com dados clínicos e laboratoriais.

Índice de Shannon: 1.34518

Índice de Gini: 0.320039

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,52% 0,98% 82,31% 1,91% 0,94% 1,28% 1,02% 0,72% 1,58% 0,61% 2,06% 1,21% 1,74% 1,27% 1,13% 0,72%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

0,52%

ODS 2

0,98%

ODS 3

82,31%

ODS 4

1,91%

ODS 5

0,94%

ODS 6

1,28%

ODS 7

1,02%

ODS 8

0,72%

ODS 9

1,58%

ODS 10

0,61%

ODS 11

2,06%

ODS 12

1,21%

ODS 13

1,74%

ODS 14

1,27%

ODS 15

1,13%

ODS 16

0,72%