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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Educação

Departamento: Estudos Especializados em Educação/EED

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: A REFORMA DO ENSINO MÉDIO NO BRASIL E AS IMPLICAÇÕES DA BNCC PARA A ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS: O DISCURSO DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO NUM CENÁRIO DE DISPUTAS (2016-2018)

Coordenador
  • JEFERSON SILVEIRA DANTAS
Participante
  • JEFERSON SILVEIRA DANTAS (D)

Conteúdo

Resumo: o referido projeto procura sinalizar/ap...resumo: o referido projeto procura sinalizar/apontar como o discurso dos grupos empresariais jornalísticos em conjunto com institutos vinculados ao capital financeiro e às metas educacionais do governo federal em vigor, elaboram, sistematicamente, uma racionalidade que menospreza a importância da área das ciências humanas como processo formativo para a juventude das escolas públicas brasileiras. nessa direção, os estudos aqui pretendidos, almejam um levantamento documental dos veículos de comunicação sintonizados ideologicamente com a reforma do ensino médio e coniventes com o golpe jurídico-parlamentar ocorrido em abril de 2016. objetivo geral: analisar o discurso do jornal folha de s. paulo sobre a reforma do ensino médio no brasil (2016-2018) objetivos gerais: - estudar os editoriais e suplementos especiais do jornal folha de s. paulo, que tenham como eixo temático a reforma do ensino médio, a base nacional comum curricular e os seus desdobramentos nos processos formativos; - analisar os vínculos econômicos e ideológicos do grupo folha da manhã s.a. (que edita o jornal folha de s. paulo) com institutos ligados a bancos privados; - compreender o projeto educacional do grupo folha da manhã s.a. na última etapa da educação básica (ensino médio) em detrimento de outros projetos educacionais. metodologia: metodologicamente, esta investigação demandará uma pesquisa bibliográfica e documental, sobretudo de jornais e revistas de grande circulação nacional e vinculados a claros interesses de classe, que nesse projeto de pesquisa estamos denominando de grupos empresariais jornalísticos. o mapeamento, em termos temporais, compreenderá os anos de 2016, 2017 e 2018. para nos auxiliar na análise interpretativa do discurso proferido pelo grupo empresarial jornalísticos em questão sobre o ensino médio, trabalharemos com a perspectiva metodológica da história do tempo presente (htp). se os grupos empresariais jornalísticos, sobretudo, têm estabelecido nos dias de hoje a pauta e/ou a agenda dos acontecimentos que consideram relevantes, os pesquisadores da htp são desafiados a desconstruírem a aparência do que é noticiado. a htp não lida apenas com a análise documental recente, mas com ‘depoimentos diretos’, vinculados à experiência singular e coletiva dos/as depoentes. há aí uma ruptura com um passado histórico inerte e aparentemente incapaz de ser reinterpretado em função das problemáticas apresentadas no presente. para o historiador marcelo badaró mattos (2008), as investigações do tempo presente nos auxiliam na compreensão de como os golpes de estado se vinculam ao ‘caráter de classe’, como aconteceu no brasil em 1964 e, porque não dizer, em 2016, embora com nuances diferenciadas. já o sociólogo michael löwy (2018) compreende que o processo de impeachment de dilma rousseff teve caráter pseudolegal, portanto, foi golpe! em suas palavras, a prática do ‘golpe de estado legal’ parece ser a nova estratégia das oligarquias latino-americanas, tal como ocorreu no paraguai e em honduras. o bloco parlamentar que destituiu dilma rousseff da presidência da república, formado por deputados ligados aos esquadrões da morte e às milícias privadas, aos latifundiários e criadores de gado e aos neopentecostais integristas de viés homofóbico e misógino, denota o quanto os interesses de classe são fortíssimos e perversos no brasil (löwy, 2018). não podemos esquecer que os grupos empresariais jornalísticos e o poder judiciário também foram coniventes com o golpe. se a história é, ao mesmo tempo, conhecimento e narrativa, sua relevância adquire especial importância ao se insurgir, cientificamente, contra os falsificadores da memória, que ao manipularem o conhecimento do passado recente, pretendem deformar as memórias e inaugurar pseudos-argumentos. a perspectiva da htp, ao explorar as interconexões entre memória e história, procura romper com uma visão determinista da história, reequacionando “as relações entre passado e presente, reconhecendo que o passado é construído segundo as necessidades do presente e chamando a atenção para os usos políticos do passado” (ferreira, 2000, p. 118). referências: apple, michael. “endireitar” a educação: as escolas e a nova aliança conservadora. currículo sem fronteiras, v. 3, n. 1, p. 50-59, jan./jun. 2002. brasil. ministério da educação (mec). base nacional comum curricular. proposta preliminar (1ª versão). set. 2015. brasil. ministério da educação (mec). base nacional comum curricular. proposta preliminar (2ª versão). abr. 2016. brasil. ministério da educação (mec). base nacional comum curricular. proposta preliminar (3ª versão). abr. 2017. chagastelles, gianne; lacerda, gislene. história oral, memória e história do tempo presente: debate conceitual e de sentidos. x encontro regional sudeste de história oral (anais), campinas, set. 2013 coutinho, carlos nelson. a época neoliberal: revolução passiva ou contra-reforma? novos rumos, marília, v. 49, n.1, p. 117-126, jan./jun. 2012. dantas, jéferson. construir espaços coletivos de esperança em tempos de discurso do ódio. 2 ed. florianópolis: insular, 2016. dantas, jéferson silveira. os cadernos formativos do pnem e suas implicações na configuração curricular do ensino médio para a juventude brasileira. rev. bras. estud. pedagog., brasília, v. 98, n. 249, p. 293-310, maio/ago. 2017. dantas, jéferson silveira. o ensino médio em disputa e as implicações da bncc para a área das ciências humanas. universidade e sociedade, n. 61, p. 106-115, jan. 2018. dantas, jéferson silveira; silva, felipe ferreira da. o ensino médio em disputa: a perspectiva política e ideológica da folha de s. paulo. revista percursos, florianópolis, v. 18, n.36, p. 259 – 276, jan./abr. 2017. ferreira, marieta de moraes. história do tempo presente: desafios. cultura vozes, petrópolis/rj, v. 94, n. 3, p. 111-124, mai./jun. 2000. freitas, luiz carlos de. caminhos da avaliação de sistemas educacionais no brasil: o embate entre a cultura da auditoria e a cultura da avaliação. in: bauer, adriana; gatti, bernardete (orgs.). vinte e cinco anos de avaliação de sistemas educacionais no brasil: implicações nas redes de ensino, no currículo e na formação de professores. florianópolis: insular, 2013, p. 120-147. karam, francisco josé. a ética jornalística e o interesse público. são paulo: summus, 2004. libâneo, josé carlos. o dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. educação e pesquisa, são paulo, v. 38, n.1, p. 13-28, 2012, p. 14-28. lopes, mauro. as quatro famílias que decidiram derrubar um governo democrático. in: jinkings, ivana; doria, kim; cleto, murilo (orgs.). por que gritamos golpe? para entender o impeachment e a crise política no brasil. são paulo: boitempo, 2016, p. 119-126. löwy, michael. o golpe de estado de 2016 no brasil. disponível em: https://www.cartamaior.com.br/?/editoria/politica/o-golpe-de-estado-de-2016-no-brasil/4/36139. acesso em: 14 mar. 2018. mattos, marcelo badaró. o governo joão goulart: novos rumos da produção historiográfica. revista brasileira de história, v. 28, n. 55, p. 245-263, já./jun. 2008. padrós, enrique serra. os desafios na produção do conhecimento histórico sob a perspectiva do tempo presente. anos 90, porto alegre, v. 11, n. 19/20, p. 199-223, jan./dez. 2004.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 2.16543

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
1,46% 1,73% 1,67% 65,94% 2,81% 1,07% 1,31% 2,94% 3,68% 1,96% 2,03% 1,35% 1,43% 1,15% 1,77% 7,69%
ODS Predominates
ODS 4
ODS 1

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ODS 2

1,73%

ODS 3

1,67%

ODS 4

65,94%

ODS 5

2,81%

ODS 6

1,07%

ODS 7

1,31%

ODS 8

2,94%

ODS 9

3,68%

ODS 10

1,96%

ODS 11

2,03%

ODS 12

1,35%

ODS 13

1,43%

ODS 14

1,15%

ODS 15

1,77%

ODS 16

7,69%