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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Socioeconômico

Departamento: Economia e Relações Internacionais/CNM

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: PROJETO DE PESQUISA: ESTRATÉGIAS, CAPACITAÇÕES E TRAJETÓRIAS TECNOLÓGICAS NA INDÚSTRIA CATARINENSE

Coordenador
  • PABLO FELIPE BITTENCOURT
Participante
  • PABLO FELIPE BITTENCOURT (D)

Conteúdo

A linha de pesquisa na qual está filiado este p...a linha de pesquisa na qual está filiado este projeto parte da concepção de que o desenvolvimento tecnológico não é apenas mais um elemento de uma estratégia de desenvolvimento, mas uma condição vital. qualquer reflexão séria sobre o desenvolvimento de tecnologias avançadas precisa partir do pressuposto de que tecnologia não é uma simples mercadoria, mas algo a ser desenvolvido por meio de processos que demandam tempo e recursos, em níveis e formas que nem sempre podem ser definidos por um bom grau de previsibilidade. ocorre que as empresas internalizam rotinas em cima das trajetórias tecnológicas em que estão engajadas, o que pode definir rotinas de que podem manter a firma aprisionada em uma trajetória pouco promissora. a moda em torno da importância da inovação é reflexo de um intenso comportamento das firmas em torno da mudança das trajetórias em que inovavam até a pouco tempo. no entanto, fazê-lo não é algo simples, rápido e sem riscos. explícita ou implicitamente, quaisquer das principais referências bibliográficas que procuram retratar a mudança de trajetórias tecnológicas de países em desenvolvimento, trabalha sob a interpretação fundamental de que nenhum país avança sem que seja realizado um esforço em torno da construção de capacitações inovadoras. compreender seus esforços e capacidades torna-se, portanto, elemento fundamental à definição do sentido de uma estratégia de desenvolvimento tecnológico regional ou mesmo nacional. contudo, compreender os diferentes níveis de capacidades tecnológicas das firmas de um país ou território é ainda é um grande desafio teórico e empírico. o modelo de figueiredo, (2004), já aplicado em diversos casos (figueiredo e tacla, 2009 e fonseca e figueiredo, 2014, entre eles) é a principal referência ao empirismo no brasil. o modelo permite distinguir entre: capacidades rotineiras, isto é, capacidades para usar ou operar certa tecnologia, e capacitações inovadoras, isto é, capacidades para adaptar e/ou desenvolver novos processos de produção, sistemas organizacionais, produtos, equipamentos e projetos de engenharia, isto é, capacidades para gerar e gerir a inovação tecnológica. dados os grandes riscos associados à atividade inovativa, os quais incluem a destinação de recursos à capacitação tecnológica, entende-se que um elemento diretamente associado à potencial ampliação de capacitações reside na intencionalidade da firma em engajar-se em trajetórias tecnológicas mais arriscadas e, teoricamente, mais promissoras. freeman e soete (2008), destacaram 5 tipos de estratégias tecnológicas típicas das firmas: ofensiva, defensiva, imitativa, dependente, tradicional e oportunista. por mais que as noções gerais sobre a disciplina de economia da inovação conduzam a uma interpretação de que, em geral, as empresas brasileiras são caracterizadas por estratégias imitativas e tradicionais, essa é ainda uma questão em aberto e que merece investigação. nesse sentido, interessa a essa pesquisa a intencionalidade das firmas em engajarem-se em tecnologias promissoras . em síntese, o projeto tem foco na compreensão sobre o estado atual das capacidades tecnológicas das firmas catarinenses e em suas propensões a engajarem-se em “trajetórias tecnologia mais promissoras”, o que revelaria estratégias tecnológica mais agressivas. além dessa perspectiva de um resultado sobre as capacitações e as trajetórias em que as empresas se engajarão, a realização dessa pesquisa representa um avanço na forma como até então é mensurada a atividade de inovação pelas já tradicionais “innovation surveys”, tais como a brasileira pintec (ibge, 2014). esse avanço reside no tratamento da decisão de inovar como um momento de um processo que determinará as possibilidades futuras da empresa. em outras palavras, ao inovar a empresa decide se engajar em uma determinada trajetória, o que definirá, teoricamente, um determinado sentido de path dependence da decisões e, o consequente a possibilidade do fenômeno de lock-in. trata-se de um avanço em sentido distinto daquele que vem sendo promovido nas últimas 5 décadas nas innovation surveys. nesse sentido silva e furtado (2017) mostram que as mudanças nas inovation surveys têm procurado refletir o avanço da compreensão da natureza dos processos de inovação. de fato, tais pesquisas avançaram muito desde às considerações das surveys de p&d, baseadas no modelo linear, até às tentativas recentes e incipientes, em torno da mensuração dos fluxos de recursos humanos, informacionais e de conhecimentos derivadas do modelo sistêmico de inovação, passando pelas contribuições do manual de oslo que permitiu inserir as pequenas inovações como parte da pesquisa, dada as evidências de sua importância destacadas por historiadores da inovação como freeman e rosemberg. não obstante, pouco ainda se pode dizer sobre as trajetórias em que as empresas têm se engajado, como base nessas pesquisas. como base nessa discussão as seguintes perguntas nortearão a execução da pesquisa: (i) as empresas catarinense possuem intenção de engajarem-se em trajetórias tecnológica mais promissoras? (ii) qual o nível capacitações tecnológicas das firmas catarinenses? há diferenças setoriais, de porte de empresa ou regionais relacionadas a maiores níveis de capacitação? (iii) existe uma relação entre nível de capacitação tecnológica e disposição (intencionalidade) para engajar em trajetórias tecnológicas mais promissoras? o objetivo geral desse projeto é ampliar a compreensão sobre o sentido dos esforços de inovação das empresas catarienenses. insere-se emuma linha de pesquisa que procura compreender as diferenças nos processos de inovação de firmas inseridas em países desenvolvidos e em desenvolvimento. nesse sentido, pretende avançar para cumprir os seguintes objetivos específicos, (i) identificar as trajetórias tecnológicas mais promissoras a segmentos produtivos presentes na estrutura produtiva catarinense dos setores de: bens de capital, software, papel e celulose, cerâmica, metal-mecânico, moveleiro, madereiro, produtos químicos, produtos plásticos, têxteis e de confecções. (ii) apresentar e discutir o nível de capacitação tecnológica da indústria catarinense por segmento e por porte. (iii) analisar a ligação entre nível de capacitação tecnológica e intencionalidade (estratégia) de engarja-se em trajetórias tecnológicas promissoras. (iv) discutir os avanços e limites da pesquisa sobre as trajetórias das capacidades tecnológicas, considerando os avanços das innovation surveys até o momento. para cumprir o objetivo geral será necessário um conjunto de procedimentos de pesquisa que vão desde o estudo teórico e empírico já realizado sobre o tema, até a busca empírica de informações e dados. para cumprir o objetivo específico 1 o primeiro procedimento metodológico será o de sistematizar as informações sobre as trajetórias tecnológicas já identificadas pelos estudos de prospecção tecnológica feios no âmbito do projeto “programa de desenvolvimento da indústria catarinense 2022” da fiesc. organizado pela federação das indústrias do estado de santa catarina (fiesc), esse primeiro procedimento foi realizado por professores e pesquisadores da universidade federal de santa catarina (ufsc) lotados em departamentos diversos, especialmente do centro tecnológico (ctc) . contudo uma depuração das informações sobre cada uma das trajetórias identificadas é necessária, de forma que, as trajetórias tecnológicas possam ser apresentadas às empresas no momento da realização da coleta de informações que permitirá cumprir os demais objetivos específicos desse projeto . tal depuração será realizada via 7 (sete) entrevistas, uma com cada um dos líderes dos grupos de pesquisa que realizam o esforço de definição das trajetórias. a definição de cada trajetória será, portanto, em última instância, confirmada por esses especialistas . o segundo procedimento metodológico consiste emu ma pesquisa com os especialistas em tecnologias setoriais, incluindo os formuladores dos estudos de prospecção, sobre o potencial das tecnologias (trajetórias tecnológicas) identificadas. para isso, estão sendo utilizadas questões baseadas em dois critérios: (a) inovatividade - o potencial de geração de inovações incrementais de uma certa trajetória e (b) diffusão – o nível em que a tecnologia já encontra-se difundida pelo mundo. o terceiro procedimento metodológico consiste em formular um questionário simples, que possa ser respondido entre 10 e 15 minutos por um especialista da empresa pesquisada. espera-se com esse questionário recolher as informações sobre as trajetórias já realizaram investimentos assim como às trajetórias que pretendem adentrar. no que se refere a pesquisa sobre capacitações utilizaremos os modelos já consolidados em figueiredo (2001) para o setor de software, tacla e figeuredo (2003) para o setor de bens de capital, rosal e figueiredo (2006) para o setor de energia, garcia e figueiredo (2009) para o setor de celulose, como referência.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 1.21574

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,49% 1,09% 0,77% 1,22% 0,63% 0,62% 1,97% 2,05% 84,39% 0,60% 0,99% 0,93% 1,27% 1,01% 0,77% 1,19%
ODS Predominates
ODS 9
ODS 1

0,49%

ODS 2

1,09%

ODS 3

0,77%

ODS 4

1,22%

ODS 5

0,63%

ODS 6

0,62%

ODS 7

1,97%

ODS 8

2,05%

ODS 9

84,39%

ODS 10

0,60%

ODS 11

0,99%

ODS 12

0,93%

ODS 13

1,27%

ODS 14

1,01%

ODS 15

0,77%

ODS 16

1,19%