O treinamento intervalado de corrida em subida ...o treinamento intervalado de corrida em subida tem sido utilizado por atletas como uma alternativa de estímulo para desenvolver tanto o sistema cardiorrespiratório como a força muscular específica. entretanto poucos estudos têm verificado a demanda metabólica e neuromuscular deste tipo de treinamento, e comparado com as demandas de um treino intervalado de corrida sem inclinação. nesta perspectiva, o principal objetivo deste estudo será comparar as respostas cardiorrespiratórias, metabólicas e neuromusculares entre sessões de corrida intervalada, sendo uma realizada no plano e outra em inclinação, a partir de uma mesma intensidade relativa (i.e. potência aeróbia máxima). como objetivos específicos destacam-se: - comparar a magnitude de fadiga neuromuscular de membros inferiores desencadeada por ambas as sessões de treino intervalado (com e sem inclinação); - analisar a resposta da fc durante as sessões de treino intervalado e comparar entre as condições (com e sem inclinação); - analisar a resposta do vo2 durante as sessões de treino intervalado e comparar entre as condições (com e sem inclinação); - analisar a ativação eletromiografica dos músculos reto femoral e gastrocnêmico durante as sessões de treino intervalado e comparar entre as condições de treino (com e sem inclinação); todas as avaliações serão realizadas no laboratório de esforço físico (laef), localizados no cds/ufsc, sendo os testes de corrida conduzidos em uma esteira rolante motorizada da marca imbramed millenium super atl (imbrasport, porto alegre, brasil). os participantes serão convidados para participar deste estudo por meio de divulgação em uma rede social e após contato inicial serão selecionados os participantes que atendam ao perfil da amostra intencionada. serão selecionados entre 12 e 15 indivíduos do sexo masculino, praticantes de corrida de endurance há pelo menos três anos, com participações em corridas de montanha. na primeira visita, o participante realizará um teste incremental em esteira com inclinação constante (1%) e aumento de velocidade de 1 km/h a cada 3 minutos. na segunda visita, será conduzido um segundo teste incremental onde a velocidade permanecerá constante (representando 50% da velocidade final do primeiro teste) e a inclinação será aumentada em 2% a cada 3 minutos. ambos os testes serão conduzidos até a exaustão voluntária e serão mensurados as respostas cardiorrespiratórias e também a resposta do lactato sanguíneo, a fim de determinar a intensidade (velocidade ou inclinação) aeróbia máxima. a partir da velocidade ou inclinação máxima obtidas nos testes incrementais serão conduzidas duas sessões de treinamento intervalado, realizados randomicamente. as sessões consistirão em realizar 10 repetições de 1 minuto de duração na intensidade correspondente à velocidade ou inclinação aeróbia máxima, respectivamente. será adotado uma recuperação passiva de 1 minuto entre as repetições de corrida. durante cada sessão de corrida serão mensuradas continuamente as respostas de vo2, fc e o sinal eletromiografico dos músculos gastrocnêmico e reto femoral da coxa. antes e logo após cada sessão serão realizados testes de salto vertical e a medida da contração voluntária máxima de extensão do joelho, com sobreposição de estímulo elétrico a fim de obter parâmetros da função neuromuscular do músculo reto femoral. para as análises estatísticas serão utilizados os seguintes testes: teste t para dados pareados, coeficiente de correlação de pearson, anova two-way com medidas repetidas e o tamanho do efeito de cohen. para as análises inferenciais será utilizado nível de significância de 5%. a principal hipótese deste estudo é que uma sessão de corrida intervalada em subida irá desencadear maior magnitude de fadiga neuromuscular devido a maior utilização de tensão muscular e maior tempo de contato com o solo a cada passada, em comparação com a corrida sem inclinação.