A cicatrização de feridas envolve uma série de ...a cicatrização de feridas envolve uma série de interações entre os mediadores de citocinas, diferentes tipos de células, e a matriz extracelular, em todas as fases de cicatrização (enoch; leaper, 2010). para auxiliar no processo de cicatrização de feridas, tratamentos adequados são necessários. o método mais comum utilizado no auxílio ao processo de cicatrização de feridas é a aplicação de curativos antissépticos à base de antibiótico, o que pode necessitar a aplicação a longo prazo, ser ineficaz, caro, ou mesmo induzir resistência a antibióticos (öztürk; ermertcan, 2011; velnar; bailey; smrkolj, 2009). os curativos para feridas devem ajudar a manter o nível de humidade adequado, temperatura constante do leito da ferida, acelerar a cicatrização, proteger as células recém-formados, facilitar a angiogênese e re-epitelização, aliviar a dor e proteger a ferida contra bactérias e contaminação (junker et al., 2013; vogt et al., 1995). a infecção bacteriana é uma das complicações mais frequentes na cicatrização de feridas, sendo seu controle muito importante na manutenção de um processo adequado de cicatrização (guo; dipietro, 2010). biopolímeros são amplamente utilizados em medicina regenerativa como curativos alternativos para feridas e queimaduras, devido à sua biocompatibilidade, biodegradabilidade, baixo custo e semelhança com a matriz extracelular (mogo?anu; grumezescu, 2014). a nanocelulose bacteriana (bnc) é um polissacarídeo extracelular secretado por bactérias produtoras de celulose, como as do gênero gluconacetobacter, em forma de nanofibras. a estrutura porosa tridimensional da bnc confere-lhe propriedades únicas, como a alta capacidade de retenção de água, resistência mecânica, alta porosidade e biocompatibilidae (rambo et al., 2008). devido às suas propriedades, existe um crescente interesse de pesquisa no desenvolvimento da aplicação da bnc em curativos para feridas e queimaduras (kwak et al., 2014; lin et al., 2013; rajwade; paknikar; kumbhar, 2015; wu et al., 2014; yu et al., 2011). no entanto, a bnc não possui atividade antimicrobiana e não pode prevenir infecções, um fator importante no processo de cicatrização de feridas. estudos sugerem que a celulose oxidada possui potencial atividade antimicrobiana contra uma vasta gama de agentes patogênicos (hou et al., 2008; peng et al., 2016; spangler et al., 2003; vytrasova et al., 2008; xu et al., 2014).o processo de oxidação torna a celulose suscetível às glicosidases, mas também dá à celulose oxidada suas propriedades hemostáticas e bactericidas. spangler e colaboradores (spangler et al., 2003) mostraram a atividade antimicrobiana da celulose oxidada contra uma variedade de patógenos in vitro. o baixo ph dos grupamentos carboxílicos gera uma ação hemostática local primária e uma ativação plaquetária secundária para formar um tampão plaquetário temporário (spangler et al., 2003). o baixo ph dos grupamentos carboxílicos também gera condições em que a maioria das bactérias não pode sobreviver (soares et al., 2008). existem muitos produtos comerciais para tratamento de feridas a base de celulose oxidada, tais como traumacel®, spofax®, systogen®, emosist®, cellistypt®, etc. o objetivo deste estudo é comparar diferentes métodos de oxidação em membranas de bnc a fim de se determinar o método que demonstra maior potencial antibacteriano.