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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: A PRODUÇÃO COLONIAL DAS LÍNGUAS NA AMÉRICA LATINA E SUAS HERANÇAS CONTEMPORÂNEAS

Coordenador
  • CRISTINE GORSKI SEVERO
Participante
  • CRISTINE GORSKI SEVERO (D)
  • SINFREE MAKONI

Conteúdo

A presente pesquisa pretende explorar e analisa...a presente pesquisa pretende explorar e analisar os conceitos de língua subjacentes às produções linguístico-discursivas sobre línguas indígenas na américa latina durante o período colonial, com vistas a averiguar os seus efeitos contemporâneos, especialmente aqueles vinculados às políticas linguísticas. trata-se de uma proposta fundamentalmente interdisciplinar que visa estabelecer alguns diálogos: entre a tradição católica jesuítica e a filosofia antiga quanto ao conceito de língua; entre a tradição jesuítica e concepções indígenas de língua na américa latina; entre tais concepções e o conceito de língua das políticas linguísticas modernas. este projeto assume uma perspectiva que toma a américa e suas línguas não como realidades descobertas, mas inventadas, se aliando à crítica colonial que considera modernidade e colonialidade como projetos mutuamente constitutivos (o’gorman, 1958; mignolo, 2005; quijano, 2000; hall, 2009; cooper e stoler, 1997), em diálogo com a área de estudos da linguística colonial (severo e makoni, 2014; deumert, 2010; makoni e pennycook, 2006; makoni e meinhof, 2004; irvine, 2008; mariani, 2006; errington, 2001; fardon e furniss, 1993, phillipson, 1992). na perspectiva analítica adotada, as línguas não são consideradas realidades anteriores a abstratas, mas são vistas como fruto de discursivizações coloniais com finalidades específicas). dessa forma, os discursos produzidos sobre as línguas no período colonial não são neutros, mas constitutivos de um paradigma da modernidade, enraizados em uma dada perspectiva eurocristã e, posteriormente, iluminista de leitura e compreensão do mundo. tal paradigma constitui uma matriz colonial de poder (colonialidade) que atravessou o interesse e a forma de codificação das línguas indígenas no contexto colonial. tem-se como objetivo geral analisar os significados do conceito de língua oriundos das práticas coloniais de produção de instrumentos linguísticos e de tradução de gêneros europeus levada a cabo, principalmente, pelas missões jesuíticas no contexto da américa latina. os objetivos específicos incluem: (i) construir um corpus (constituídos como signos coloniais) que viabilize a análise do conceito de língua, incluindo: gramáticas e dicionários portugueses e espanhóis sobre as línguas indígenas, bem como um conjunto de gêneros discursivos religiosos que foram traduzidos para tais línguas. (ii) a partir de uma perspectiva interdisciplinar, averiguar o conceito teológico de língua assumido pela tradição jesuítica (em diálogo com a tradição antiga) e os mecanismos que envolveram a tradução desse conceito para o contexto indígena, considerando as formas indígenas de apropriação e os significados indígenas de língua. (iii) explorar a dimensão ambivalente dos signos coloniais que emerge do encontro colonial, em que a tradição jesuítica passa, também, a ser afetada por uma outra cosmovisão, fazendo emergir ideias contemporâneas como “catolicismo indígena”, “língua portuguesa indígena” e “literatura indígena”. (iv) averiguar os efeitos dos discursos coloniais nos discursos e práticas contemporâneos da linguística, especialmente no que tange às políticas linguísticas latino-americanas centradas, por exemplo, em brasil, paraguai, bolívia e peru. a escolha por tais países se dá em função das políticas linguísticas indígenas levadas a cabo por eles.

Índice de Shannon: 3.88834

Índice de Gini: 0.925507

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,72% 5,46% 7,54% 10,37% 5,51% 3,85% 5,26% 5,46% 6,16% 5,24% 4,80% 4,02% 4,44% 4,88% 6,13% 15,15%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

5,72%

ODS 2

5,46%

ODS 3

7,54%

ODS 4

10,37%

ODS 5

5,51%

ODS 6

3,85%

ODS 7

5,26%

ODS 8

5,46%

ODS 9

6,16%

ODS 10

5,24%

ODS 11

4,80%

ODS 12

4,02%

ODS 13

4,44%

ODS 14

4,88%

ODS 15

6,13%

ODS 16

15,15%