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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: ENVOLVIMENTO DO SISTEMA TAQUICINÉRGICO EM UM MODELO ANIMAL DE TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO

Orientador
  • THEREZA CHRISTINA MONTEIRO DE LIMA
Aluno
  • EVELYN CRISTINA DA SILVA SANTOS

Conteúdo

O modelo de derrota social (ds) tem sido considerado um modelo naturalístico de estresse, caracterizado por interações agressivas e imprevisíveis que ajudam a compreender melhor as respostas neurobiológicas ao estresse, consistindo em um importante modelo translacional para o transtorno de estresse pós-traumático (tept). o presente trabalho teve como objetivo a caracterização temporal das respostas comportamentais defensivas do modelo de derrota social e a investigação do papel do sistema taquicinérgico neste contexto. camundongos c57bl/6 utilizados como animais intrusos ou derrotados, foram inseridos na caixa moradia de um animal residente (camundongos swiss) – dentro de uma caixa metálica a fim de conferir proteção física. durante as sessões de treino (1, 3 ou 6 h) a caixa metálica foi retirada em períodos aleatórios, permitindo o contato direto entre os animais por 2 min ou 10 ataques. após as sessões de treino, grupos independentes de animais foram submetidos ao teste de partição (tp) em diferentes tempos após a ds (24 h, 7 ou 30 dias). os animais controle (ctl) foram submetidos ao mesmo protocolo, porém na ausência do animal residente. nossos resultados mostraram que sessões de treino com duração de 3h por 3 dias consecutivos e avaliação comportamental 24 h após ao tp promoveram respostas comportamentais defensivas mais evidentes (redução do tempo de aproximação na barreira e aumento do comportamento de avaliação de risco), quando comparadas ao demais tempos. esse foi, portanto, eleito o tempo de protocolo para avaliação das alterações moleculares e bioquímicas do presente estudo. o estresse social induzido pelo ds promoveu o aumento da imunomarcação de substância p, particularmente ao redor do corpo das células neuronais, em regiões encefálicas como hipocampo (hc) e córtex (ct) que são algumas das mais importantes estruturas envolvidas no tept. em paralelo a este aumento, foi observada ainda uma ativação astrocitária e, em menor intensidade, a ativação/migração de micróglias, culminando com a instalação de um importante processo neuroinflamatório que parece ser fundamental para a manutenção da patologia. os dados obtidos mostraram ainda que a situação de estresse social promoveu um aumento da expressão de receptores nk1 em células gfap positivas no hc de animais derrotados (58%) em relação ao grupo ctl (32%). associado a este evento, a expressão do receptor nk1 na camada de células neuronais foi reduzida pelo estresse. foram observadas ainda alterações como a degeneração neuronal e prejuízos na neurogênese nas sub-regiões ca3 e giro denteado do hipocampo. o tratamento com uma única administração do antagonista seletivo não peptídico do receptor nk1 - l-703, 606; 10 mg/kg; i.p. - reduziu as respostas comportamentais defensivas. além disso, parece reestabelecer a expressão de receptores nk1 nas células astrocitárias (35%), assim como a expressão deste receptor na camada de células neuronais. a intervenção farmacológica realizada neste trabalho promoveu também um aumento na expressão dos marcadores de neurogênese como bdnf e espinofilina, sugerindo um possível efeito benéfico deste antagonista. além disso, o bloqueio dos receptores nk1 promoveu uma redução nos níveis de corticosterona plasmática e reestabeleceu a expressão de receptores de glicocorticoide no hc e ct dos animais, semelhante ao grupo ctl, que havia sido reduzida após o estresse social. os dados obtidos indicam a relevância do sistema taquicinérgico na neurobiologia do modelo de derrota social. em conjunto, os resultados sugerem que a sp parece ser liberada em decorrência do estresse social e induz a degeneração neuronal, possivelmente por ativação de vias neuroinflamatórias específicas. desta forma, sugerimos que o bloqueio o receptor nk1 possa ser uma abordagem terapêutica atrativa para o tept.

Índice de Shannon: 3.92568

Índice de Gini: 0.930755

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
7,65% 4,57% 10,54% 5,96% 5,28% 4,71% 4,55% 9,06% 5,14% 8,33% 8,99% 4,54% 4,13% 4,38% 4,35% 7,83%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

7,65%

ODS 2

4,57%

ODS 3

10,54%

ODS 4

5,96%

ODS 5

5,28%

ODS 6

4,71%

ODS 7

4,55%

ODS 8

9,06%

ODS 9

5,14%

ODS 10

8,33%

ODS 11

8,99%

ODS 12

4,54%

ODS 13

4,13%

ODS 14

4,38%

ODS 15

4,35%

ODS 16

7,83%