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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: ROTATIVIDADE ENTRE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA ADULTO

Orientador
  • ELIANE MATOS
Aluno
  • MARISA DA SILVA MARTINS

Conteúdo

A rotatividade de trabalhadores é o efeito da saída de alguns e entrada de outros para substituí-los em seus cargos/funções em uma organização. sua ocorrência é saudável para a organização quando controlada, contudo é considerada prejudicial quando em índices elevados, por acarretar problemas para os trabalhadores, organizações e recursos públicos. poucas são as publicações que tratam sobre os fatores geradores de rotatividade na área da saúde, em especial em relação aos trabalhadores de enfermagem. do mesmo modo, o conhecimento sobre o índice de rotatividade de pessoal de enfermagem em unidades de emergência foi pouco investigado até o momento, sendo este um dos motivos que impulsionaram a realização deste estudo. as unidades de emergência constam entre as principais vias de acesso da população aos serviços de saúde e nelas são atendidos os pacientes críticos e semicríticos que necessitam de assistência rápida e eficaz. este papel desempenhado pelas unidades de emergência justificam a necessidade de estudos dos índices reais e causas de rotatividade existentes nestes ambientes para a tomada de medidas que o minimizem. desta forma, este estudo que busca conhecer os índices e as causas da rotatividade de pessoal teve como objetivo geral: propor iniciativas que auxiliem no enfrentamento da rotatividade da equipe de enfermagem da unidade de emergência adulto de um hospital geral universitário e como objetivos específicos: calcular a rotatividade dos trabalhadores de enfermagem na unidade de emergência adulto, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2013; analisar o perfil dos profissionais de enfermagem, em atividade na instituição, que atuam/atuaram na unidade de emergência adulto; identificar os fatores facilitadores e/ou dificultadores da atuação da enfermagem na unidade de emergência adulto e suas relações com a permanência/rotatividade dos trabalhadores; apresentar indicativos de gerenciamento que contribuam para o enfrentamento da rotatividade da equipe de enfermagem da unidade de emergência adulto. o estudo tem natureza quanti-qualitativa, exploratório-descritiva, e foi realizado em uma unidade de emergência adulto de um hospital geral universitário do sul do brasil. a coleta e análise dos dados ocorreu no período de maio a novembro de 2014 em 3 etapas distintas, de acordo com os objetivos específicos propostos. para cálculo dos índices de rotatividade foi realizada pesquisa documental das escalas de serviço mensais da unidade, bem como outros documentos institucionais. os sujeitos desta etapa foram 171 trabalhadores de enfermagem e o cálculo e análise da rotatividade foi realizado considerando as entradas e saídas mensais de trabalhadores das escalas de serviço da unidade. o perfil dos trabalhadores e os fatores relacionados com a permanência/rotatividade foram obtidos através de um questionário, respondido por 145 trabalhadores, contendo questões abertas e fechadas. nesta etapa foram realizadas análises descritivas para variáveis categóricas, utilizando frequências absolutas e relativas, e apresentadas medidas de tendência central para descrição das variáveis contínuas. para auxiliar na compreensão dos fatores facilitadores e dificultadores da atuação dos trabalhadores na unidade e as possíveis causas da permanência/rotatividade, bem como propor estratégias para o enfrentamento do fenômeno, foram realizadas 18 entrevistas semiestruturadas com trabalhadores que atuam/atuaram na unidade. os dados das entrevistas foram analisados segundo orientação do referencial da análise de conteúdo. os resultados revelaram que 171 trabalhadores de enfermagem atuaram na unidade de emergência entre janeiro de 2005 e dezembro de 2013, sendo que dentre estes, 101 deixaram de trabalhar nesta unidade. entre os que deixaram a unidade, 57 transferiram-se para outras unidades da instituição e 44 desligaram-se do hospital. as tendências centrais de tempo de serviço dos trabalhadores de enfermagem neste mesmo período foram equivalentes a moda de 9 anos e mediana de 2 anos e 4 meses. a moda de tempo de serviço entre os enfermeiros, separadamente foi de 2 meses. a taxa de rotatividade ultrapassou o percentual recomendado pela literatura em janeiro, maio, setembro e outubro de 2006; outubro de 2008; abril, maio, junho, julho, agosto e setembro de 2009; maio, julho, setembro e outubro de 2010; julho de 2011; e maio de 2013. os participantes do estudo correspondem a trabalhadores em sua maioria do sexo feminino, casados e/ou em união estável, com formação superior à exigida ao cargo para o qual foram contratados a trabalhar no hospital. os resultados mostram ainda o baixo percentual de trabalhadores (37,9%) com experiência em emergência ao iniciar seu trabalho na unidade. apontaram como principais fatores dificultadores do trabalho na unidade de emergência o estresse, insalubridade do local, sobrecarga de trabalho e a desmotivação interna para o trabalho. como fatores facilitadores foram indicados: flexibilidade de ajustes em escalas de trabalho, a equipe de trabalho, dinâmica da unidade e relacionamento com a chefia de enfermagem. considerando a mediana de tempo de serviço encontrada, concluiu-se que o tempo de permanência dos trabalhadores na emergência adulto é baixo. preocupa a analise do tempo de serviço de enfermeiros na unidade. existem picos de elevação das taxas de rotatividade, relacionados principalmente a admissões e expansão de quadros de pessoal. o perfil do trabalhador no momento em que passa a atuar na unidade de emergência confirma que essa é a principal porta de entrada para novos trabalhadores de enfermagem na instituição e retrata a inexperiência profissional dos mesmos. o estudo permitiu compreender que os fatores que geram/geraram a vontade de deixar de trabalhar na unidade de emergência estão centrados em características intrínsecas a unidade de trabalho. possibilitou reflexões sobre a rotatividade de pessoal, como a necessidade de melhorias nas condições de trabalho da unidade de emergência, no processo de seleção e contratação de trabalhadores, na educação continuada e na estruturação da rede de atenção à saúde. visando o enfrentamento da rotatividade, o estudo trouxe alguns indicativos para o gerenciamento de pessoal, como: lotar na unidade, preferencialmente, profissionais que expressem desejo em trabalhar em emergência, que possuam perfil e alguma experiência profissional; elaboração e utilização de protocolos assistenciais de enfermagem que contribuam para melhorar o processo e a organização do trabalho na unidade; capacitar permanentemente, in loco, a equipe de saúde para a realização do trabalho; melhorar as condições físicoestruturais da unidade, entre outras.

Índice de Shannon: 3.40042

Índice de Gini: 0.842986

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,76% 3,48% 35,34% 8,59% 5,37% 3,20% 2,62% 7,53% 4,09% 3,97% 3,89% 3,53% 2,72% 3,19% 3,19% 5,54%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

3,76%

ODS 2

3,48%

ODS 3

35,34%

ODS 4

8,59%

ODS 5

5,37%

ODS 6

3,20%

ODS 7

2,62%

ODS 8

7,53%

ODS 9

4,09%

ODS 10

3,97%

ODS 11

3,89%

ODS 12

3,53%

ODS 13

2,72%

ODS 14

3,19%

ODS 15

3,19%

ODS 16

5,54%