
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER: CARACTERÍSTICAS, CONSEQUENCIAS E PROCEDIMENTOS REALIZADOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE, DE 2008 A 2013, EM SANTA CATARINA, BRASIL
Orientador
- ELZA BERGER SALEMA COELHO
Aluno
- CARMEM REGINA DELZIOVO
Conteúdo
A violência contra a mulher é uma violação dos direitos humanos e um este estudo aborda as notificações de violência sexual contra a mulher compreendida como qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários ou investidas sexuais indesejadas, praticada por pessoa do seu convívio ou não. tem como objetivo analisar a violência sexual notificada contra a mulher, em santa catarina, suas características e testar a associação entre o atendimento pelos profissionais de saúde, gravidez e infecção sexualmente transmissível (ist). estudo de abrangência estadual, teve como base as notificações de violências sexuais de 2008 a 2013, contra mulheres adolescentes e adultas, residentes em santa catarina, ineridas no sistema de informação de agravos de notificação (sinan). foi realizada análise de qualidade do banco de dados com relação a critérios de não duplicidade, completitude e consistência. como resultado o percentual de não duplicidade foi de 99,9%, de completitude 93,3% e de consistência 98,9%. para o estudo da violência sexual foram selecionadas, da ficha de notificação, variáveis relacionadas a mulher agredida (cor da pele, situação conjugal, escolaridade, ocupação), a agressão sofrida (local, horário de ocorrência, se foi violência de repetição, tipo de penetração, consequências e óbito), ao agressor (sexo, vínculo com a mulher agredida, suspeita de uso de álcool, número de envolvidos). para testar a associação entre o atendimento realizado pelos serviços de saúde e gravidez foram analisadas 1.230 notificações e para ist 1.316 notificações. as covariáveis analisadas foram idade, escolaridade, tempo atendimento, profilaxias para ist, contracepção de emergência, número de agressores, violência de repetição. os dados foram analisados, no programa estatístico stata (statacorp college station, estados unidos) versão 13.0, por meio da estatística descritiva em frequência simples e proporção. no teste do qui quadrado os valores de p ? 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. calculados percentuais e os intervalos de confiança de 95% (ic95%). testada associação entre as variáveis por meio da regressão logística com os valores expressos em razão de chance odds ratio (or) não ajustada e ajustada e respectivos ic 95%. foram notificadas 15.508 violências, destas 2.010 sexuais (12,9%), onde 950 foram adolescentes de 10 a 14 anos (54,0%) e 450 contra as de 15 a 19 anos (20,7%). para as mulheres adultas foram 610 notificações (5,7%). as adolescentes sofreram violência predominantemente por agressor único, no domicilio, no período da noite e tarde, com penetração vaginal, com maior recorrência de agressão e gravidez. as adultas foram agredidas tanto na residência quanto em via pública, no período da noite e madrugada, por agressor único, e penetração vaginal, com maior número de lesões físicas e tentativas de suicídio. tanto para adolescentes quanto adultas o maior número de violências foi por agressores de sua convivência. a ocorrência de gravidez foi 7,6% e ist 3,5%. foi significativamente associada à gravidez decorrente da agressão sexual, o atendimento pelo setor saúde em 72 horas e receber a contracepção de emergência. ser atendida em 72 horas e receber a contracepção de emergência mostrou-se fator de proteção (84,0%) com menor ocorrência de gravidez. quanto as infecções sexualmente transmissíveis, contrário ao esperado, as mulheres que acessaram os serviços de saúde e receberam as profilaxias para hiv, hepatite b e infecções bacterianas tiveram maior ocorrência, no entanto na análise ajustada não se mostram significativamente associadas. é necessário aprofundar o estudo para poder confirmar este achado, tendo em vista que as informações podem sofrer influencia de entendimentos diferenciados no preenchimento da ficha de notificação e esta não identificar qual o tipo de ist decorre da agressão sexual. destaca-se, a importância de dar visibilidade a violência sexual sofrida pelas mulheres e aos atendimentos realizados pelos serviços de saúde a fim de instrumentalizar a implementação de políticas públicas no enfrentamento da violência sexual, principalmente, em adolescentes de 10 a 14 anos.
Índice de Shannon: 2.86904
Índice de Gini: 0.781157
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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2,23% | 1,96% | 30,52% | 3,91% | 33,51% | 1,61% | 1,64% | 2,61% | 2,35% | 2,08% | 2,51% | 1,78% | 1,62% | 1,68% | 1,60% | 8,38% |
ODS Predominates


2,23%

1,96%

30,52%

3,91%

33,51%

1,61%

1,64%

2,61%

2,35%

2,08%

2,51%

1,78%

1,62%

1,68%

1,60%

8,38%