No estudo dos meios porosos e suas propriedades de transporte, a interconectividade do espaço poroso é um fator importante. por isso, neste trabalho, discutem-se algumas dessas ideias e como podem ser utilizadas para calcular a permeabilidade intrínseca de rochas. propõe-se uma medida de conectividade baseada nas informações geométricas e topológicas das redes poro-ligações – que são modelos concebidos a partir de imagens microtomográficas – de amostras de rochas, e se obtém um método analítico para determinar a grandeza referida. expande-se o método para lidar com rochas que apresentam um maior grau de heterogeneidade, cuja caracterização requer imagens de diferentes resoluções (análise multiescalar). buscando expandir a metodologia para além do âmbito das imagens, propõe-se também uma nova interpretação para o experimento que gera as curvas de intrusão de mercúrio, e prossegue-se com a determinação da permeabilidade. aplicou-se a metodologia às imagens de três amostras de rochas areníticas e oito amostras de rochas carbonáticas, e a curvas de intrusão de mercúrio experimentais de quatro rochas tigh gas sand. como resultado observa-se uma oa concordância com outros métodos e com os valores experimentais, i.e., prevê-se a ordem de grandeza da propriedade para quatorze das quinze amostras, que é a acurácia comum nesse tipo de inferência. as vantagens operacionais da abordagem analítica proposta se constituem em uma alternativa promissora diante de alguns métodos numéricos. as noções sobre conectividade desenvolvidas neste trabalho buscam, sobretudo, caracterizar um material poroso diante de uma fenomenologia tipicamente macroscópica.