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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Ambiental

Tipo do Documento: Tese

Título: FLORESTAS DO ANTROPOCENO: TENSÕES NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS.

Orientador
  • EUNICE SUELI NODARI
Aluno
  • FABIO EDUARDO DE GIUSTI SANSON

Conteúdo

Esta tese buscou analisar o papel das florestas tropicais no contexto das mudanças climáticas pela importância que assumem nessa conjuntura. em boa medida, isso se deve à função que cumprem no armazenamento de gases de efeito estufa (gee) que contribuem para as mudanças climáticas antropogênicas. os cenários criados pelas medidas de proteção das florestas constituem o objeto central da pesquisa, a partir do qual se propôs aqui a noção de florestas do antropoceno. esta ideia também se fundamenta no quadro abrangente em que a tese se inscreve, pois considera tanto os relacionamentos passados das florestas com as mudanças climáticas quanto as tendências futuras que essas possam vir a provocar caso se confirmem os graves prognósticos científicos sobre ao aumento da temperatura do planeta. no presente, os efeitos das mudanças climáticas se fazem sentir na ação dos agentes políticos e econômicos que pautam suas decisões no sentido de atenuar o impacto das ações humanas incidentes no clima. isso é ilustrado pelo acordo de paris, celebrado em dezembro de 2015, numa decisão conjunta de governos de vários países, em que se firmou o compromisso de diminuir as emissões dos gee. a preocupação com os desdobramentos da crise climática, cuja origem decorre do uso intensivo de combustíveis fósseis, a coloca como uma das grandes problemáticas contemporâneas com repercussões de várias ordens. uma delas se refere ao debate envolvendo a criação de uma nova época geológica, chamada de antropoceno, formulada em razão da magnitude da interferência humana sobre os diversos ciclos e fluxos naturais, dentre os quais, o clima. esse debate constitui uma situação inédita na história e se apoia na premissa de que os destinos dos humanos estão entrelaçados aos rumos seguidos pela natureza. por essa razão, afloram discussões se estaríamos (ou não) vivendo uma situação de fim do mundo. no entanto, a despeito das perspectivas sombrias presentes nessa discussão, há os que enxergam nos tempos que estão por vir a abertura para novas possibilidades. essas se dariam pelo potencial de aplicação de inovações tecnológicas que permitiriam a expansão dos negócios e investimentos em novos setores econômicos. os rendimentos viriam do reparo aos danos que a ação humana causa à natureza. é nesse panorama que as florestas tropicais estão inseridas uma vez que sua devastação, em todo o mundo, configura um duplo problema. por um lado, eliminam um agente que metaboliza os gee e, por outro, ao serem desmatadas, as florestas contribuem para a emissão desses gases (em especial, o gás carbônico) que é armazenado em sua biomassa. isso é o que faz do brasil um importante participante nas discussões internacionais sobre o combate às mudanças climáticas tanto pela extensão de florestas tropicais que possui, particularmente na amazônia quanto pelas mudanças no uso da terra ocasionadas pelos elevados índices de desmatamento. ainda que as emissões oriundas desse setor sejam menores do que as da queima de combustíveis fósseis, essas duas fontes de emissão se relacionam no que toca ao desenvolvimento de políticas para proteção das florestas tropicais em que há compensação financeira para o desmatamento evitado. essas políticas se incluem nos chamados pagamentos por serviços ambientais, sendo redd+ a principal delas. para combater o desmatamento, essa política também pretende dar apoio (financeiro, inclusive) às populações tradicionais que vivem junto à floresta. contudo, o histórico de ocupação da amazônia conduzido pelo estado brasileiro, tem trazido sérias consequências para essas populações por desconsiderarem as formas particulares como elas se relacionam com seus territórios e com a floresta. essa tese procurou mostrar que essa herança constitui um desafio para a aplicação das novas políticas de proteção florestal na medida em que muitas das populações tradicionais que vivem junto à floresta tropical ainda não têm assegurados os direitos constitucionais que lhes foram atribuídos, principalmente a garantia do domínio sobre suas próprias terras.

Índice de Shannon: 0.781547

Índice de Gini: 0.205477

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,30% 0,35% 0,16% 0,15% 0,24% 0,32% 0,46% 0,22% 0,28% 0,20% 0,44% 0,30% 88,89% 0,44% 6,49% 0,77%
ODS Predominates
ODS 13
ODS 1

0,30%

ODS 2

0,35%

ODS 3

0,16%

ODS 4

0,15%

ODS 5

0,24%

ODS 6

0,32%

ODS 7

0,46%

ODS 8

0,22%

ODS 9

0,28%

ODS 10

0,20%

ODS 11

0,44%

ODS 12

0,30%

ODS 13

88,89%

ODS 14

0,44%

ODS 15

6,49%

ODS 16

0,77%