
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: TRABALHO DO POLICIAL CIVIL E AFASTAMENTO POR TRANSTORNOS MENTAIS.
Orientador
- ROBERTO MORAES CRUZ
Aluno
- MARIA CRISTINA D AVILA DE CASTRO
Conteúdo
Os transtornos mentais e comportamentais (tmc) são definidos como síndromes individuais identificadas por distúrbios significativos na cognição, regulação emocional ou no comportamento. agravos à saúde mental têm sido caracterizados como determinantes de licenças para tratamento de saúde (lts) e de benefícios de saúde e previdenciários, marcando a necessidade de maior atenção às condições laborais. o objetivo deste estudo foi correlacionar características do trabalho policial e o afastamento do trabalho por diagnóstico de transtorno mental, no período de 2010 a 2013. a hipótese é que o trabalho gera impactos na saúde mental do policial. trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, quantitativo e transversal, cuja variável dependente foi a ocorrência de lts por diagnóstico de transtorno mental e as variáveis independentes foram; características sociodemográficas, ocupacionais e clínicas. análise descritiva e inferencial foi realizada utilizando o teste estatístico qui-quadrado de pearson (?2), com significância estatística de 5% (p<0.05). a magnitude das associações foi estimada pela odds ratio (or) com intervalos de confiança acima de 95% (ic 95%). a prevalência de tmc em policiais afastados foi 6,4% e os homens com maior tempo de serviço apresentaram 80% a mais, a chance de se afastarem por tmc [or=1.80 (1.22-2.62)] quando comparados com os não afastados. após ajuste do modelo, a chance passou a ser de 2.44[or=3.44(2.25-6.80)]. as mulheres tiveram 1.50[or=2.50(1.61-3.90)] a mais, a chance de se afastar por transtorno mental após 15 anos de serviço quando comparadas às não afastadas. após ajuste, a chance passou a ser de 3.95[or=4.95(2.12-11.54)]. o transtorno de humor foi prevalente (16%), seguido do transtorno de ansiedade e estresse (12,6%). as mulheres se afastaram mais por transtorno de humor (58%) e os homens por transtorno de ansiedade e estresse (47,6%). os transtornos de humor foram prevalentes em policiais com idade acima de 60 anos (75%) que não trabalhavam na grande florianópolis (62,2%). os de ansiedade e estresse ocorreram mais frequentemente entre aqueles com 25 e 36 anos de idade (65,8%), que trabalhavam na grande florianópolis (57,7%). homens e mulheres com transtorno de humor tiveram 1.25[or=2.25(1.24-4.06)] a mais a chance de se afastar quando trabalhavam fora da região da grande florianópolis, comparados aos que se afastaram por transtorno de ansiedade e estresse. os com tempo de serviço entre 20 a 29 anos tiveram 1,06[or=2.06(1.04-4.10)] a mais, a chance de afastamentos por transtornos de humor quando comparados àqueles com transtornos de ansiedade e estresse. o ajuste do modelo manteve a região de trabalho associada positivamente aos afastamentos por transtornos de humor, com chance de 1.56[or=2.56(1.33-4.95)] a mais para aqueles cuja região de trabalho estava fora da grande florianópolis. os resultados permitem identificar perfis de grupos alvos para prevenção e promoção da saúde e evidenciam a relevância da continuidade de pesquisas, especialmente as longitudinais para compreensão do nexo entre o trabalho e o adoecimento mental em policiais.
Índice de Shannon: 3.20264
Índice de Gini: 0.81813
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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2,53% | 3,20% | 37,39% | 3,32% | 9,69% | 2,92% | 2,81% | 14,39% | 2,73% | 2,62% | 3,43% | 2,06% | 2,08% | 3,02% | 3,09% | 4,72% |
ODS Predominates


2,53%

3,20%

37,39%

3,32%

9,69%

2,92%

2,81%

14,39%

2,73%

2,62%

3,43%

2,06%

2,08%

3,02%

3,09%

4,72%