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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Saúde

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: A CONSTRUÇÃO DE AUTONOMIA NOS SERVIÇOS PÚBLICOS BRASILEIROS DE ATENÇÃO EM SAÚDE A USUÁRIOS DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

Orientador
  • FATIMA BUCHELE ASSIS
Aluno
  • MATHEUS EDUARDO RODRIGUES MARTINS

Conteúdo

A presente pesquisa teve como objetivo caracterizar a construção de autonomia nos serviços brasileiros públicos de cuidado em saúde a usuários de drogas. foi realizada uma revisão integrativa. buscou-se a literatura científica nas bases de dados pubmed, psycinfo, bvs/opas e web of science. foram selecionados e analisados vinte e dois estudos. os resultados são apresentados por meio de dois artigos distintos. o primeiro apresenta os conceitos de construção de autonomia utilizados nas pesquisas. foram identificados conceitos embasados na atenção psicossocial, na redução de danos, na promoção da saúde, na saúde coletiva, na teoria das redes de suporte e na teoria do cuidado em enfermagem. constatou-se que a construção de autonomia é um processo que depende de diferentes ações, que podem ser sistematizadas em três dimensões interrelacionadas, a da singularidade: resgate de autonomia no processo terapêutico; dos vínculos: construção corresponsável de autonomia; e sociopolítica: construção de autonomia em amplitude coletiva. aponta-se que é um conceito que potencializa o desenvolvimento de ações das políticas de saúde mental e drogas no país, direcionadas para a desinstitucionalização e a promoção da saúde. o segundo artigo descreve as ações e dificuldades relativas à construção de autonomia nos serviços abordados pela literatura. foram evidenciadas ações que constroem autonomia, como desenvolvimento de planos terapêuticos singulares, grupos terapêuticos e oficinas de rd. também se encontrou barreiras à essa construção, como a exigência da abstinência e a não participação dos usuários na organização dos serviços. quase não foram encontradas ações intersetoriais, de reinserção social por vínculos de trabalho, tampouco participação em instâncias comunitárias e políticas. denotou-se um conjunto de práticas contraditório e difuso, havendo ações que constroem autonomia e outras que impõem o controle sobre o usuário. o que prepondera é a dimensão do resgate de valor individual, em detrimento da dimensão da corresponsabilidade e da participação sociopolítica. ainda assim, as ações desenvolvidas pelos caps e serviços de atenção primária demonstram ser um avanço em relação à lógica psiquiátrica biomédica, sendo fundamentais frente à estigmatização social. considera-se a necessidade de maior investimento na rede de atenção psicossocial, e o apoio para a construção de uma lógica de cuidado em nível social, uma sociedade que receba e construa junto ao excluído condições materiais nas quais possa reconstituir sua vida. considera-se que os dispositivos de cuidado, mais do que estarem geograficamente fora dos muros brancos e intransponíveis das instituições totais, devem fazer parte da transformação social, constantemente em busca de autonomia.

Índice de Shannon: 1.90782

Índice de Gini: 0.48148

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
1,82% 1,11% 71,48% 1,60% 2,50% 0,83% 0,88% 1,65% 2,98% 2,84% 2,75% 1,00% 1,39% 0,89% 0,92% 5,36%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

1,82%

ODS 2

1,11%

ODS 3

71,48%

ODS 4

1,60%

ODS 5

2,50%

ODS 6

0,83%

ODS 7

0,88%

ODS 8

1,65%

ODS 9

2,98%

ODS 10

2,84%

ODS 11

2,75%

ODS 12

1,00%

ODS 13

1,39%

ODS 14

0,89%

ODS 15

0,92%

ODS 16

5,36%