
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: CERTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS E PRÁTICAS CIENTÍFICAS: O CASO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA.
Orientador
- JULIA SILVIA GUIVANT
Aluno
- MARILIA LUZ DAVID
Conteúdo
Esta tese analisa as práticas de certificação de alimentos da sociedade brasileira de cardiologia (sbc), e a qualidade do saudável que estas práticas traziam a efeito. em 1991, a sbc criou o selo de aprovação sbc e passou a avaliar e certificar alguns alimentos industrializados como produtos saudáveis para o coração. nos vinte anos seguintes, o selo da sbc tornou-se uma das principais certificações de alimentos saudáveis para o coração no brasil. analisamos como estas práticas de certificação da sbc classificam, avaliam e traduzem o mundo social em suas atividades, de modo que constituem uma versão específica da qualidade do saudável em alimentos. partimos da consideração de que esta certificação pode ser estudada como um tipo de prática cientifica que, em interface com práticas de mercado, configura e constitui a qualidade do saudável como real. a análise está situada no campo dos estudos sociais da ciência e é inspirada principalmente pelos autores da tradição da teoria do ator-rede (ant) e da pós-ant, assim como pelos trabalhos que seguem ao ontology turn no campo. partindo da ideia de que as qualidades são efeitos relacionais, uma linha que amarra a tese é aquela que analisa as diferentes relações a partir das quais surge esta versão da qualidade do saudável que estudamos. assim analisamos questões históricas (como o selo foi criado?) e seus desafios e relações infraestruturais. a trajetória do selo da sbc é marcada por críticas por conta da certificação de alguns produtos e que este passa por uma reformulação em 2002 quando a sbc cria um comitê científico para cuidar da avalição dos produtos submetidos à certificação. focamos também no universo social que o selo busca promover. este traduz os alimentos e a saúde do corpo, quem são os consumidores/pacientes, e que tipo de prevenção ele produz. outro eixo estudado refere-se ao funcionamento do processo de certificação. começamos pelas transformações materiais pelas quais um produto dever passar para que possa se tornar um objeto avaliável. em seguida, organizamos o período de avaliação dos produtos segundo o que chamamos de modos de avaliação. na fase final da certificação, analisamos como um parecer final é definido (produto aprovado ou não aprovado), e como a sbc tenta disciplinar o que as empresas e produtos certificados fazem com o selo. argumentamos que o alimento depois da certificação não é o mesmo que aquele do início. existe uma modificação na historicidade e na ontologia dos produtos, de modo que estes adquirem novas características em retrospectiva. levar em conta os efeitos da certificação na historicidade e na ontologia dos produtos nos permite fugir da dicotomia entre uma qualidade a-histórica que está dada previamente na natureza dos alimentos, e uma qualidade como construção humana. dessa maneira, esperamos contribuir para o estudo de certificações e qualidades com uma análise que problematiza mais adequadamente a produção de conhecimento em práticas de certificação.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 1.8925
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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1,47% | 71,94% | 2,32% | 1,97% | 1,36% | 1,04% | 0,87% | 1,35% | 2,68% | 1,02% | 1,02% | 5,15% | 0,79% | 2,98% | 1,53% | 2,49% |
ODS Predominates


1,47%

71,94%

2,32%

1,97%

1,36%

1,04%

0,87%

1,35%

2,68%

1,02%

1,02%

5,15%

0,79%

2,98%

1,53%

2,49%