O diagnóstico do comprometimento cognitivo leve (ccl), que é considerado o intervalo entre a função cognitiva saudável e a demência, ainda é um desafio. estudos encontraram declínio cognitivo em indivíduos com a partir dos 45 anos com risco para diminuição da autonomia e da independência funcional quando idosos. o presente estudo teve o objetivo de avaliar o efeito da vitamina d nas concentrações séricas do fator neurotrófico derivado do encéfalo (bdnf) em idosos e analisar o efeito da estimulação cognitiva, por meio da oficina da lembrança (ol), na variabilidade das concentrações séricas de bdnf, s100¿, enolase neurônio específica (nse) e do estado cognitivo, em indivíduos com idade igual ou superior a 45 anos o primeiro estudo foi um ensaio clínico randomizado (ecr) com 59 indivíduos, com idade entre 45 e 80 anos, subdivididos em grupo de intervenção (gi) e controle (gc), do ambulatório da memória. o desfecho primário deste estudo foi a diferença entre as concentrações séricas dos biomarcadores após a participação na ol, considerada a exposição. foi analisado também, como desfecho secundário, o estado cognitivo analisado com a avaliação cognitiva de montreal (moca). para analisar o efeito da variabilidade dos biomarcadores e do estado cognitivo após ol foram calculados os coeficientes brutos e ajustados por meio das equações de estimativas generalizadas considerado um estimador de variância robusto em estudos longitudinais. o segundo estudo trata-se de um estudo observacional aninhado em uma coorte de base populacional, estudo epifloripa idoso, com 604 idosos. foi analisado o bdnf como desfecho, a vitamina d como exposição e o estado cognitivo, avaliado pelo mini exame do estado mental, como mediador do efeito da vitamina d no bdnf. um diagrama acíclico direcionado foi utilizado como auxílio de inferência causal e a análise foi realizada utilizando a modelagem de equações estruturais. os resultados do ecr mostraram que a ol diminuiu o bdnf no gi de forma significativa e resultou numa melhora do estado cognitivo. houve variabilidade dos marcadores s100¿ e nse no gi mas não foram significativas. não houve alterações significativas no gc em nenhum dos biomarcadores e estado cognitivo, porém identificou-se um aumento de bdnf pós período de intervenção. a ol teve um efeito positivo de melhora da cognição. os resultados do estudo observacional mostrou que existe um efeito direto da vitamina d sobre a concentração sérica de bdnf e do estado cognitivo, e que o efeito da vitamina d no bdnf não é mediado pelo estado cognitivo. os resultados apresentados indicam que níveis mais altos de vitamina d e a estimulação cognitiva podem contribuir para a prevenção do ccl, diminuindo os fatores de risco para demência.