Definido pela convenção da nações unidas, o refúgio é um direito de toda pessoa que, em razão de temores de perseguição, encontra-se fora do seu país. na última década, o número de pessoas em situação de refúgio teve um crescimento expressivo. uma parte dessa população é representada por mulheres e meninas, que, em condições adversas de deslocamento forçado, apresentam condições de saúde fragilizadas. foi realizada uma revisão de escopo na literatura científica nacional e internacional, com o objetivo de analisar como o acesso aos serviços de saúde para mulheres e meninas em situação de refúgio tem sido garantido por organismos internacionais e estados acolhedores, à luz da bioética, sob a proteção do alto comissariado das nações unidas para os refugiados (acnur) e united nations relief works agency for paletine refugees in the near east. (unrwa). a partir da busca nas bases pubmed, scopus, web of science, cinahl, lilacs, scielo, foram encontrados 932 artigos sobre o tema, que baseado nos critérios de inclusão/exclusão resultaram em 37 artigos selecionados. os resultados apontaram as principais doenças relatadas por mulheres e meninas refugiadas, os serviços ofertados dentro das comunidades e unidades de saúde, inclusive as violências vivenciadas. tais resultados foram discutidos à luz dos direitos humanos como referência e a bioética da proteção, com destaque para a crítica às violações sofridas pelas mulheres e meninas refugiadas.