Nesta dissertação investigamos como as políticas de integração das tecnologias ao currículo são criadas e incorporadas pelo contexto escolar. a fundamentação foi ancorada nos conceitos de ciclo de políticas (ball, et al, 1992) e de mídia-educação (belloni, 2009; fantin e girardello, 2012), permeada pelas discussões atuais sobre currículo (sacristán, 2013; lopes e macedo, 2011). constatamos que as tecnologias têm alterado significativamente as relações sociais em diferentes aspectos. nesse sentido, políticas públicas, no brasil e no mundo, vem sendo desenvolvidas para integrar as tdic no currículo escolar. em um contexto de políticas neoliberais, alguns pesquisadores têm apontado que estas políticas são desenvolvidas em âmbito mundial, de acordo com certos interesses e emprestadas a diferentes países. analisamos como as políticas são criadas a partir de diferentes contextos: desde as influências internacionais, passando pelas políticas nacionais – mais especificamente o proinfo desenvolvido a partir de 1997- até como uma escola municipal faz a tradução dessas políticas. para tanto, três documentos auxiliam a entender os contextos de influência e produção do texto dessas políticas de integração das tdic ao currículo: “declaração mundial sobre a educação para todos” (1990), “proinfo” (1997) e “proposta pedagógica da secretaria municipal de educação de florianópolis (2015)”, rede a qual pertence a escola em que foi realizado a análise das traduções das políticas no contexto da prática a partir das mídias sociais da instituição. constatamos que as políticas nos contextos de influência e de produção apresentam forte viés instrumental, concebendo as tdic como ferramentas pedagógicas. no contexto da prática, esse viés também é expressivo, porém percebemos ações pedagógicas em que as tdic são utilizadas e analisadas também como objeto de estudo, dentro da perspectiva defendida tanto pela mídia-educação quanto pela teoria crítica.