Curativos de baixo custo que atuem ou liberem compostos bioativos em feridas se fazem necessários para um tratamento adequado em enfermos. os biopolímeros alginato e carboximetilcelulose (cmc) tem excelentes características biológicas e físico-químicas desejáveis em curativos, além de possibilitarem a liberação lenta de fármacos, como o anti-inflamatório diclofenaco de sódio. a produção de curativos a partir de blendas poliméricas mantém as características de ambos polímeros e, ainda, pode favorecer a formação de filmes em multicamada, que auxiliam na redução de taxa de liberação de fármacos. nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar a viabilidade de uso de filmes em mono e bicamada em diferentes proporções de alginato e carboximetilcelulose (cmc) para liberação controlada de diclofenaco de sódio em meio líquido visando sua aplicação como curativos. os filmes foram produzidos variando-se a proporção de cada polímero pelo método de casting, sendo também realizada a confecção de filmes em duas camadas. os filmes foram, então, caracterizados quanto à sua morfologia, propriedades de barreira ao vapor d’água, mecânicas, térmicas e de absorção de fluidos. aos filmes, foi incorporado o fármaco diclofenaco, avaliando-se a sua eficiência de incorporação, a sua influência nas características dos filmes e liberação in vitro em fluido corpóreo simulado (fcs). como resultados observou-se filmes homogêneos, flexíveis, com resistência, espessura adequada e capacidade de absorção de líquidos (água e fcs). o filme em bicamada manteve as características do filme em uma camada, melhorando, ainda, a taxa de transmissão de vapor d’água em duas vezes. os filmes contendo 50 % de cada polímero, em mono e bicamada, foram considerados os mais promissores e utilizados na produção dos filmes contendo diclofenaco. o diclofenaco incorporado se apresentou na forma de cristais, sendo avaliada, sua liberação em fcs: o filme em uma camada apresentou liberação total em 360 min contra 600 min do bicamada, demonstrando o efeito retardante da camada extra inferior sem fármaco (no segundo). a partir da cinética de liberação, os dados foram ajustados em modelos matemáticos para determinar o mecanismo de liberação e coeficiente de difusão. bons ajustes foram conseguidos e, quanto ao mecanismo de liberação, a difusão fickiana governou a liberação em ambos os filmes. sendo assim, os filmes produzidos demonstraram-se promissores para aplicação como curativos.