A geração de energia a partir do carvão mineral, incluindo sua exploração e beneficiamento, causam sérios danos aos recursos hídricos, solo e relevo das áreas próximas. devido à grande quantidade de compostos de enxofre e metais pesados, os resíduos da mineração constituem um dos principais propulsores da poluição gerada pelo processo. para contribuir com o tratamento desses resíduos, alguns processos físico-químicos vêm sendo utilizados. entretanto, esses processos não usam meios ambientalmente amigáveis e, normalmente seus produtos gerados possuem baixo valor agregado. os bioprocessos, como a biomineração e a biossíntese, vêm surgindo como alternativa aos processos tradicionais no sentido de ser ecologicamente amigáveis e de resultarem em produtos de aplicabilidade mais refinada e alto valor agregado, como por exemplo as nanopartículas metálicas. neste trabalho, foi usada a bactéria rhodococcus erythropolis atcc 4277 para desenvolver um processo de biossíntese de nanopartículas de ferro a partir de resíduos piritosos da indústria carbonífera. ensaios utilizando o resíduo piritoso como precursor comprovaram a capacidade de biossíntese de nanopartículas pelo r. erythropolis atcc 4277, dando origem a partículas de tamanho inferiores a 100 nm. as condições de bioprocesso que culminaram em menores tamanhos de partícula foram para uma concentração normalizada de biomassa de 0,5 (¿ = 600 nm), 2,5% (m/m) de resíduo piritoso e uma agitação de 150 rpm durante um total de 72 h. nesse caso, as nanopartículas formadas foram compostas por sulfato ferroso. isso indica que essa cepa tem potencial para ser utilizada em processos ambientalmente amigáveis de tratamento de resíduos provenientes da indústria carbonífera, podendo resultar em um avanço importante para esse setor.