Os serviços de hemoterapia se configuram como sistemas complexos e de alta vigilância devido à natureza dos procedimentos de cuidados a doadores e a pacientes. sem o controle necessário, podem causar danos irreparáveis ao paciente ou até levá-lo a óbito. as características pessoais dos pacientes, tipos de tratamento, produção, administração, conservação e vida útil dos hemocomponentes, reações imunológicas e possibilidades de transmissão de agentes infecciosos, são fontes de riscos potenciais que requerem constante vigilância. no brasil, a agência nacional de vigilância sanitária (anvisa) e as unidades de vigilância sanitária estaduais e municipais (visas), são as instituições públicas responsáveis por inspecionarem os estabelecimentos de saúde que oferecem os serviços hemoterápicos à população. embora exista legislação que institui, estabelece e determina que todas as unidades de hemoterapia sejam inspecionadas periodicamente, e o resultado da inspeção enviado de forma compilada a anvisa no prazo máximo de 15 dias, não é o que ocorre. já que os últimos relatórios disponibilizados pela anvisa, revelam que apenas cerca de 50 % das unidades estão sendo avaliadas por ano e ainda, os resultados são publicados após 2 anos de realizada a inspeção. portanto, esse projeto de pesquisa apresenta uma proposta de informatização do processo de trabalho que envolve a inspeção dos serviços hemoterápicos para registro das informações e qualificação da gestão. o modelo tecnológico sugerido se baseia na utilização de tecnologia para dispositivos móveis, com transmissão e centralização de dados no âmbito federal e disponibilização de informações gerenciais no ambiente web através de recursos gráficos. o projeto está sustentado não apenas na necessidade do governo federal atender a legislação vigente, como na importância que o tema em questão significa para a sociedade. sendo assim, acredita-se que essa solução tecnológica possa ampliar a cobertura aumentando o controle e garantindo maior segurança ao paciente.