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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: AURA DE MEDO E MARCADORES DE PLASTICIDADE SINÁPTICA NA AMÍGDALA E HIPOCAMPO ANTERIOR DE PACIENTES COM EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL TRATADOS CIRURGICAMENTE

Orientador
  • ROGER WALZ
Aluno
  • DANIEL SANTOS SOUSA

Conteúdo

O medo é um estado consciente causado pela exposição a ameaças reais ou imaginárias que desencadeiam respostas de estresse, afetando o corpo e o cérebro, particularmente as estruturas límbicas. um subgrupo de pacientes com epilepsia do lobo temporal mesial relacionada à esclerose do hipocampo (eltm-eh) apresentam uma sensação de medo, chamado de medo ictal, semelhante a ataques do tipo pânico, relacionado ao efeito direto ou indireto da atividade epiléptica circuitos cerebrais relacionados à defesa e sobrevivência. os transtornos psiquiátricos, como distúrbios de ansiedade e humor, são altamente prevalentes em pacientes com epilepsia do lobo temporal mesial relacionada à esclerose do hipocampo (eltm-eh). a eficácia da transmissão sináptica pode ser modificada bidirecionalmente por meio de potencialização (ltp, potencialização a longo prazo) ou depotenciação (ltd, depressão de longo prazo) e através do estado de fosforilação dos sítios ser831 e ser845, na subunidade glua1 dos receptores ampa de glutamato, caracterizando um evento crítico para a plasticidade sináptica. na primeira parte desta tese (capítulo 1) comparamos os níveis de glua1 e sua fosforilação na ser-845 e ser-831 medidos por western blot na amígdala (ami), hipocampo (hip) e giro médio do neocórtex temporal (cx) coletados durante a cirurgia para epilepsia em pacientes com eltm-eh que apresentavam (n=6) ou não medo ictal (n=25). os pacientes que apresentavam medo ictal tiveram uma diminuição de 11% nos níveis da subunidade glua1 na amy (p=0,05) e uma diminuição de 21,5% nos níveis de p-glua1-ser845 no hip (p=0,009) em comparação aos pacientes que não apresentavam medo ictal. as associações observadas não puderam ser atribuídas às variações na distribuição de outros tipos de auras bem como variáveis demográficas, clínicas e neurocirúrgicas. os níveis mais baixos de p-glua1-ser845 no hip de pacientes com medo ictal não estiveram associados aos níveis da subunidade catalítica pp1-alfa da proteína fosfatase serina/treonina ou atividade da proteína quinase a. tomados em conjunto, os níveis de subunidade glua1 na amy e p-glua1-ser845 no hip mostram uma acurácia global de 89,3% (especificidade 95,5% e sensibilidade 66,7%) para predizer a presença de medo ictal. tanto a ocorrência de medo ictal, como os níveis da glua1-ser845 no hip e dos receptores glua1na ami não estiveram associados ao diagnóstico e aos níveis de sintomas psiquiátricos dos pacientes. como esta análise de associação entre medo ictal e transtornos psiquiátricos descrita acima o tamanho da amostra foi reduzido, nós realizamos um segundo estudo incluindo maior número de pacientes e que compôs a segunda parte desta tese (capítulo 2). analisamos a associação entre a ocorrência de medo ictal e os escores da escala de depressão hospitalar de ansiedade (hads-a) e depressão (hads-d) e diagnóstico psiquiátrico em 116 pacientes adultos com eltm-eh resistentes ao tratamento farmacológico. os pacientes com medo ictal (n = 15) apresentaram maiores níveis de sintomas de ansiedade, mas não de depressão. não houve associação entre a ocorrência de medo ictal e o diagnóstico de transtornos de ansiedade ou depressão. foi encontrada uma associação forte e independente entre a ocorrência de medo ictal e o diagnóstico de transtorno disfórico interictal (or, ic 95% = 7,6, 1,3 -43,2, p = 0,02). a associação observada não pode ser atribuída às variações observadas na distribuição de outros tipos de auras bem como variáveis demográficas e clinicas. este é o primeiro estudo da literatura abordando marcadores de neuroplasticidade em estruturas límbicas conectadas a circuitos de defesa em seres humanos, e que apresentam implicações para a compreensão de doenças psiquiátricas prevalentes e seus sintomas.

Índice de Shannon: 3.76408

Índice de Gini: 0.905141

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,28% 5,29% 23,42% 5,07% 5,25% 4,24% 4,75% 5,96% 5,59% 5,98% 5,60% 3,75% 4,08% 5,66% 4,53% 6,55%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

4,28%

ODS 2

5,29%

ODS 3

23,42%

ODS 4

5,07%

ODS 5

5,25%

ODS 6

4,24%

ODS 7

4,75%

ODS 8

5,96%

ODS 9

5,59%

ODS 10

5,98%

ODS 11

5,60%

ODS 12

3,75%

ODS 13

4,08%

ODS 14

5,66%

ODS 15

4,53%

ODS 16

6,55%