
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Institucional
Tipo do Documento: Tese
Título: OS GRAUS DE AUTONOMIA DO JORNALISTA BRASILEIRO: LACUNAS ENTRE IDEAIS, PERCEPÇÕES E PRÁTICAS PROFISSIONAIS EFETIVAS NOS JORNAIS FOLHA DE S. PAULO, O ESTADO DE S. PAULO, O GLOBO E ZERO HORA.
Orientador
- JACQUES MICK
Aluno
- ALDO ANTONIO SCHMITZ
Conteúdo
A tese verifica e demonstra os graus de autonomia do jornalista brasileiro. parte-se da hipótese de que ocorrem lacunas entre os ideais da profissão, as percepções do que é comum no trabalho e as práticas jornalísticas efetivas. para elucidar estas questões, a tese analisa e estima os graus de autonomia profissional nos jornais folha de s. paulo, o estado de s. paulo, o globo e zero hora, a partir dos dados do projeto internacional journalistic role performance around the globe, etapa brasil, do qual o autor é um dos pesquisadores. utilizam-se os métodos de análise de conteúdo em 425 itens noticiosos, produzidos por 122 jornalistas, que responderam à enquete (survey). delineia-se uma crítica teórico-metodológica amparada na metodologia compreensiva de max weber e na sociologia reflexiva de pierre bourdieu, com o propósito de interpretar os dados da pesquisa e tornar "visível o invisível". a autonomia profissional do jornalista é dinâmica e complexa. a tese concebe o seu próprio modelo para demonstrar os graus de autonomia do jornalista brasileiro em três tipos articulados: a autonomia dos ideais, aquela que o jornalista atribui a si próprio, pela importância que confere ao que faz, pautado pelos valores da profissão; a autonomia percebida, relacionada aquilo que ele nota de comum no seu ambiente de trabalho ao usar os meios para alcançar determinados fins e a autonomia efetiva, mensurada na produção jornalística, a partir da análise do conteúdo de notícias publicadas. os resultados da pesquisa comprovam que os jornalistas que atuam nestes jornais brasileiros se consideram "muito" autônomos e percebem "um pouco" de autonomia no seu trabalho, mas efetivamente, nas práticas profissionais "não são muito" autônomos. confirma-se a hipótese de lacunas entre os ideais, as percepções e as práticas profissionais efetivas, porque o jornalista é relativamente autônomo e o campo jornalístico um tanto heterônomo. a questão da autonomia dos ideais apresenta-se como uma forma de autodeterminação e proteção às ameaças das forças externas, que tornam o campo jornalístico heterônomo; nela o jornalista constrói uma a autonomia individual, atribuída a si, por ser importante para ele, a partir de valores, procedimentos e papéis atribuídos. pela autonomia percebida revela-se um certo distanciamento dos ideais, daquilo que se espera; essas concepções empíricas podem não representar a realidade, pois provem dos sentidos ou da introspecção, interpondo-se à racionalidade prática, que subordina os indivíduos à realidade. nela, ocorre a autonomia efetiva, real, que se verifica no exercício da profissão, no resultado do trabalho. além disso, a tese evidencia que o jornalista brasileiro pouco questiona, critica menos e quase não denuncia, embora sua percepção seja de "muita" autonomia nestes quesitos. no cotidiano, ele outorga essas tarefas aos outros, a quem recorre para realizar um "jornalismo sobre investigações" e delações. neste aspecto, a tese apura uma autonomia menor, quando o jornalista se vale dos questionamentos, críticas e denúncias nas investigações dos outros.
Índice de Shannon: 3.884
Índice de Gini: 0.926059
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
4,62% | 5,25% | 6,61% | 10,02% | 7,99% | 3,59% | 4,17% | 8,22% | 5,39% | 7,56% | 5,43% | 4,42% | 3,62% | 4,79% | 4,38% | 13,94% |
ODS Predominates


4,62%

5,25%

6,61%

10,02%

7,99%

3,59%

4,17%

8,22%

5,39%

7,56%

5,43%

4,42%

3,62%

4,79%

4,38%

13,94%