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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: ATITUDES DE PRODUTORES DE LEITE EM RELAÇÃO AOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE CLAUDICAÇÃO EM REBANHOS A BASE DE PASTO.

Orientador
  • MARIA JOSE HOTZEL
Aluno
  • GABRIELA ALMEIDA MARQUETTE

Conteúdo

A claudicação é uma das condições multifatoriais mais importantes que afeta vacas leiteiras, a qual diminui a produção de leite e bem-estar desses animais. o objetivo do presente estudo foi identificar crenças e atitudes de produtores de leite a respeito de fatores de risco associados com a ocorrência de claudicação, seu tratamento e prevenção, após um programa de benchmarking. em 2015, 44 propriedades produtoras e leite no estado de santa catarina, brasil, foram visitadas duas vezes, de março a outubro para coleta de dados de prevalência de claudicação e fatores de risco associados. em dezembro de 2015 a abordagem do benchmarking foi usada na qual, brevemente, os seus resultados foram apresentados aos produtores, mostrados em comparação com todos as propriedades participantes, e informações sobre os fatores de risco para claudicação que foram identificadas nessas propriedades, a discussão de medidas preventivas relevantes individualmente com cada família. de maio a junho, entrevistas em profundidade foram feitas com 40 destes agricultores. inicialmente foi perguntado aos produtores que dessem suas impressões da prevalência de claudicação nas suas propriedades, o que eles percebiam como fatores de risco associados, e suas atitudes a respeito de medidas preventivas e curativas. a entrevistadora transcreveu as entrevista e fez uma temática. a maioria dos produtores (n=33) disse que tinha poucas vacas mancas na fazenda, eles declararam que a claudicação como um problema do sistema de free-stall, e alguns comentários sugeriram a dificuldade dos produtores em identificar as vacas claudicantes. a raça das vacas, apresentada durante o benchmarking como um importante fator de risco na região, foi considerada um fator de risco pelos produtores somente depois que a entrevistadora levantou o problema. os produtores comentaram que as vacas de raça holandês eram mais suscetíveis a claudicação que as vacas jersey; porém, eles não expressaram intenções de mudar a raça do rebanho, e mostraram preferências pelas vacas holandês de alta produção. nenhum dos produtores considerou a idade das vacas, condição corporal e sobrecrescimento dos cascos como fator de risco para claudicação em seus rebanhos. isso justifica as crenças, expressa pela maioria dos produtores, que o casqueamento não é necessário nas suas vacas, apesar da maioria considerar isso importante em propriedades com free-stall. a metade dos entrevistados disse ter descartado vacas devido a claudicação, mas as razões principais de descarte eram mastite, idade, problemas reprodutivos e diminuição na produção de leite. os produtores não comentaram sobre a velocidade de condução dos animais como fator de risco que aumenta a claudicação, apesar de que 15 reconheciam a necessidade de “tocar” as vacas quando deslocadas para e da sala de ordenha. além disso, 37 usaram os termos “preguiçosa” e “lerda” para descrever vacas claudicantes, vacas velhas que precisavam ser tocadas, e muitos expressaram atitudes negativas e alguns descreveram comportamentos aversivos. a condição dos caminhos (ex. pedras, cascalho, umidade e barro) foi o fator de risco para ocorrência da claudicação mais citado pelos entrevistados (n=17). a maioria dos entrevistados expressou atitudes positivas em relação a melhora dos caminhos, mas apenas cinco relataram ter feito mudanças no último ano. o segundo fator mais citado pelos entrevistados foi a acidose ruminal, causada pelo excesso de proteína na alimentação e pouca forragem. isso justificou o uso de tamponante como principal medida preventiva para claudicação. os resultados fornecem evidências de uma cultura prevalente na qual a claudicação não é uma doença importante nas propriedades de leite a base de pasto, o que age como uma barreira para que os produtores identifiquem essa doença e fatores de risco associados que podem levar a medidas de prevenção nas propriedades. entender essa cultura é importante já que o sucesso de qualquer programa de controle de doenças a nível individual (ex. controle da claudicação na propriedade) depende de um bom entendimento do contexto cultural daquela comunidade que forma e toma medidas e decisões.

Índice de Shannon: 3.46261

Índice de Gini: 0.867795

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,33% 24,30% 22,86% 3,35% 2,99% 4,57% 3,34% 4,05% 2,47% 2,55% 4,21% 4,00% 4,69% 5,55% 3,57% 4,16%
ODS Predominates
ODS 2
ODS 1

3,33%

ODS 2

24,30%

ODS 3

22,86%

ODS 4

3,35%

ODS 5

2,99%

ODS 6

4,57%

ODS 7

3,34%

ODS 8

4,05%

ODS 9

2,47%

ODS 10

2,55%

ODS 11

4,21%

ODS 12

4,00%

ODS 13

4,69%

ODS 14

5,55%

ODS 15

3,57%

ODS 16

4,16%