
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A FUNÇÃO PULMONAR E A FORÇA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS DE ADOLESCENTES ESCOLARES
Orientador
- DANIELLE SOARES ROCHA VIEIRA
Aluno
- SUSANA DA COSTA AGUIAR
Conteúdo
Introdução: a prática de atividade física (af) regular tem impacto positivo na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. embora seja mais comum tais doenças manifestarem-se na vida adulta, alguns fatores de risco para seu desenvolvimento como por exemplo, declínio no nível da af, pode ter início na adolescência. há evidências de que a prática de af influencie a função pulmonar (fp) e a força dos músculos respiratórios (fmr), porém o resultado dos estudos nesta população ainda são controversos. objetivo: verificar a influência dos diferentes níveis de af na fp e fmr durante a adolescência. métodos: estudo transversal com 103 adolescentes de 15 a 18 de idade, do ensino médio das cinco escolas públicas do município de araranguá, aleatorizados da amostra inicial de adolescentes que fizeram parte de um levantamento epidemiológico realizado de março a junho de 2017.. dos 103 participantes, 4 foram excluídos por não estudarem mais nas escolas no momento da coleta dos dados, 3 por não apresentarem interesse em participar da pesquisa, e 1 por não alcançar dados válidos para a acelerometria, totalizando uma amostra de 95 indivíduos. os níveis de af leve (afl), moderada a vigorosa (afmv) e vigorosa (afv) foram medidos em minutos por dia por meio de acelerômetro modelo wgt3x-bt (actigraph®, florida, eua), por 7 dias consecutivos, tendo como dados válidos tempo de uso =10 horas por dia (mínimo de 3 dias de semana e 1 dia de final de semana). a prova de fp foi realizada por meio de espirômetro portátil (spiro usb, san diego, califórnia, eua) e teve como variáveis de desfecho o volume expiratório forçado no primeiro segundo (vef1), capacidade vital forçada (cvf), fluxo expiratório forçado médio entre 25 e 75% da cvf (fef25-75%) e pico de fluxo expiratório (pfe). um manovacuômetro digital (nepeb-labcare/ufmg, belo horizonte, brasil) foi utilizado para medir as váriáveis de fmr que teve como desfecho a pressão média máxima do teste pressão inspiratória máxima (pmedmáx_pimáx) e pressão média máxima do teste pressão expiratória máxima (pmedmáx_pemáx). foram adotados os critérios de aceitação e reprodutibilidade, assim como a gradação de qualidade da sociedade brasileira de pneumologia e tisiologia. para determinar a relação entre os dados de af e os parâmetros da fp e a fmr. foi utilizada análise univariada seguida de regressão linear múltipla. como variáveis de ajuste para fp utilizou-se idade, sexo, estatura do adolescente e estatura da mãe e para fmr utilizou-se idade, o sexo, a massa corporal e a estatura do adolescente. tanto para fp como para fmr, a variável afmv também foi ajustada ao avaliar a associação entre esses parâmetros e afl. os parâmetros de fp e fmr também foram comparados pelo teste one-way ancova com os níveis de af, categorizada em tercis (inferior, médio, superior). todas as análises foram realizadas no programa statistical package for the social sciences (spss version 17.0 for windows) e foi considerado significativo p<0,05. resultados: os adolescentes gastaram a maior parte do tempo em afl com média de 205,39 min/dia (51,09). além disso, uma pequena parte da amostra do estudo (15,79%) alcançou o tempo mínimo recomendado em afmv (p=0,006). o tempo médio gasto em afmv apresentou correlação de baixa magnitude com o vef1 (r=0,25;p=0,006), a cvf (r=0,24;p=0,008), o pfe (r=0,26;p=0,005) bem como com a pmedmáx_pimáx(r=0,25;p=0,006) e a pmedmáx_pemáx(r=0,20;p=0,02). tal resultado também foi observado para o tempo médio gasto em afv e vef1 (r=0,27; p=0,003), cvf(r=0,31;p=0,001), pfe (r=0,28;p=0,003) bem como pmedmáx_pimáx(r=0,006;p=0,01) e pmedmáx_pemáx(r=0,02;p=0,009). após ajuste para as variáveis de confusão, observou-se ausência de associação entre os diferentes níveis de af e os parâmetros da fp e fmr . a comparação dos tercis para os diferentes níveis de af demonstrou que houve diferença estatisticamente significativa entre os tercis inferior e médio do tempo gasto em afmv somente para fef25-75% (p=0,015) e pfe (p=0,037), sendo que o tercil inferior apresentou valores significativamente superiores . . conclusão: observou-se predomínio da afl entre os adolescentes e somente uma pequena parte da amostra alcançou o tempo mínimo de afmv recomendado para a idade. não houve associação entre os diferentes níveis de af e os parâmetros de fp e fmr de adolescentes de 15 a 18 anos, de ambos os sexos. tal achado pode ser reflexo da baixa taxa de indivíduos que despenderam seu tempo em níveis de af mais elevados. após a defesa da dissertação, o artigo será submetido ao jornal de pediatria cujas normas encontram-se no anexo a.
Índice de Shannon: 3.92633
Índice de Gini: 0.930476
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
6,89% | 4,76% | 12,34% | 8,63% | 6,66% | 4,39% | 4,33% | 7,99% | 6,96% | 5,47% | 6,87% | 5,26% | 3,95% | 4,11% | 4,81% | 6,59% |
ODS Predominates


6,89%

4,76%

12,34%

8,63%

6,66%

4,39%

4,33%

7,99%

6,96%

5,47%

6,87%

5,26%

3,95%

4,11%

4,81%

6,59%