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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: LINGUAGEM UNIVERSAL E UNIVERSALIDADE DA LÍNGUA: DOIS MODOS DE DAR-SE DE SENTIDO

Orientador
  • CELSO RENI BRAIDA
Aluno
  • ADRIANO PICOLI

Conteúdo

O ponto de partida desta investigação filosófica é a insatisfação gerada pela unificação de língua e linguagem de fórmulas através do uso do conceito de linguagem como medium universal por jaakko hintikka (a partir de “frege’s hidden semantics”, de 1979) e por martin kusch (linguagem como cálculo versus linguagem como meio universal, de 1989) para subsumir as distintas concepções filosóficas de linguagens desenvolvidas tanto por frege (conceitografia, de 1879) quanto por gadamer (verdade e método, de 1960) sob a alegação principal da inefabilidade da semântica, esta pensada como impossibilidade de uma semântica completa. analisamos os respectivos conceitos de linguagens defendidos nessas concepções, o da linguagem de fórmulas como linguagem universal a partir de frege, e o da língua como medium universal da experiência hermenêutica a partir de gadamer, explicitando como cada uma dessas perspectivas dá conta da expressabilidade de sentido. constatamos que, para essas concepções de linguagens, o conceito de linguagem como medium universal torna-se vago para abarcá-las como um mesmo tipo, pois em ambas se separa nitidamente língua e linguagens lógicas. em cada uma delas se busca a expressabilidade de sentido via modos distintos, na gadameriana concebendo a língua como condição indispensável do próprio plano humano, característica que se sustentaria na constante produtividade e inabarcabilidade da língua, o que a torna semanticamente inefável em seu todo, mas não parcialmente; e na concepção fregeana tanto a língua quanto a linguagem de fórmulas são concebidas como instrumentos limitados, a última apenas se caracteriza como um meio incrementável, aqui a inefabilidade da semântica se dá quando entendemos o conceito de inefabilidade da semântica como impossibilidade da autorreferência das fórmulas e também quando a compreendemos como inefabilidade conteudística devido ao caráter inexpressável em palavras de uma língua ou de outra linguagem instrumental de parte dos conteúdos com os quais lida o lógico. como uma alternativa à submissão realizada por j. hintikka e por kusch, indicamos que caso quisermos encontrar um ponto de contato entre estas concepções filosóficas de linguagens temos que perceber que ambas operam com o mesmo conceito de fundo, o de sentido, e sob o pressuposto de sua expressabilidade intersubjetiva. por mais que o viés metafísico de linguagem universal seja rechaçado por gadamer, vimos através de frege que uma linguagem universal como um construto humano na verdade é, em certo sentido, complementar às línguas, à proporção que uma linguagem de fórmulas apenas pode ser introduzida direta ou indiretamente a partir de uma língua, sendo aquela criada para corrigir as lacunas e limites desta para a expressão de pensamentos. tanto as concepções fregeanas de língua e linguagem de fórmulas quanto a gadameriana de língua se sustentam na tese de que ser compreendido é ser expressável por via de uma linguagem, sendo a expressabilidade de sentido a condição mínima de uma linguagem, chegamos assim na defesa de um conceito minimal de linguagem como modo de dar-se de sentido, de doação de sentido.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.90818

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,71% 4,77% 6,96% 13,35% 5,97% 4,55% 4,80% 8,23% 7,28% 4,98% 6,22% 4,36% 4,14% 4,99% 4,79% 9,88%
ODS Predominates
ODS 4
ODS 1

4,71%

ODS 2

4,77%

ODS 3

6,96%

ODS 4

13,35%

ODS 5

5,97%

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ODS 7

4,80%

ODS 8

8,23%

ODS 9

7,28%

ODS 10

4,98%

ODS 11

6,22%

ODS 12

4,36%

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