O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de macroalgas pardas in vitro e in vivo em bactérias probióticas do camarão-branco-do-pacifico. no primeiro capítulo, foi avaliado o efeito in vitro de diferentes concentrações de extrato de macroalgas no crescimento da bactéria probiótica lactobacillus plantarum de camarões marinhos e a caracterização química dos extratos. o extrato acetônico de sargassum filipendula e metanólico de undaria pinnatifida estimularam o crescimento bacteriano, enquanto o extrato metanólico de s. filipendula e acetônico e aquoso de u. pinnatifida inibiram o crescimento. na caracterização química do extrato metanólico de u. pinnatifida e acetônico de s. filipendula, foi observado a presença de compostos fenólicos, carotenóides e carboidratos, cuja atividade antioxidante poderia contribuir no crescimento bacteriano. no segundo capítulo, o efeito das macroalgas incluídas na ração com e sem probióticos no crescimento do camarão marinho litopenaeus vannamei foi avaliado. o peso final, ganho de peso semanal e conversão alimentar foram analisados após 4 semanas de cultivo, assim como a sobrevivência dos camarões após desafio com vibrio parahaemolyticus. macroalgas secas foram incorporadas na ração do camarão em 3 dietas diferentes: a) u. pinnatifida (2%) + s. filipendula (0,5%) b) u. pinnatifida (2%), + s. filipendula (0,5%) + probiótico l. plantarum, c) somente probiótico. como controle, foi utilizada a ração sem aditivos. após 4 semanas, não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros zootécnicos e na contagem de vibrio spp. e bactérias heterotróficas totais do trato intestinal nos diferentes tratamentos e controle. a contagem de bactérias ácido láticas foi significativamente maior no trato intestinal dos camarões que receberam probiótico. após 8 horas do desafio experimental com v. parahaemolyticus, foram observadas as primeiras mortalidades dos camarões e após 24 horas, não foram observadas diferenças na sobrevivência entre os tratamentos e controle. com base nos resultados, é possível inferir que a adição do probiótico l. plantarum na dieta aumentam as contagens de bactérias ácido láticas no intestino do camarão l. vannamei, sem alterar as contagens de vibrio spp. e bactérias heterotróficas totais no intestino, e a utilização combinada das duas espécies de macroalgas não interferiu no desempenho do camarão nem das bactérias probióticas. apesar dos extratos das macroalgas s. filipendula e u. pinnatifida terem influenciado positivamente no crescimento in vitro da bactéria probiótica, o mesmo não parece acontecer quando as algas são incluídas integras na ração do camarão. assim, recomenda-se o uso dos extratos das macroalgas especificamente para o crescimento da bactéria probiótica in vitro, e posterior utilização dessas bactérias no crescimento do camarão.