
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: ENTRE DIZERES E SILÊNCIOS SOBRE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: O MOVIMENTO DE SENTIDOS NA ESCOLA
Orientador
- SUZANI CASSIANI
Aluno
- JOSE CARLOS DA SILVEIRA
Conteúdo
A iniciação científica (ic) na história da educação brasileira, no âmbito da educação básica, constitui episódio recente. localizamos na década de 1980 o desenvolvimento das primeiras propostas pensadas para esse contexto escolar, enquanto iniciativa de caráter público sem abrangência nacional. até então, pensar uma iniciação à ciência era tarefa circunscrita aos ambientes universitários e/ou centros de pesquisas. uma formação desse tipo, como política pública governamental, não possuía tradição envolvendo contextos escolares até a primeira década do século xxi, quando houve a institucionalização, em 2003, do programa de iniciação científica júnior (picj) e, em 2010, do programa institucional de bolsas de iniciação científica para o ensino médio (pibic-em), dentre outros. isso posto, tem a presente pesquisa como objetivo analisar a produção de sentidos acerca da iniciação científica em contexto escolar a partir da vivência de estudantes e docentes com a proposta pedagógica pés na estrada do conhecimento iniciação científica na escola, articulada no ensino fundamental do colégio de aplicação da universidade federal de santa catarina (ufsc). a partir dos estudos da análise de discurso de linha francesa especialmente a produção teórica de michel pêcheux (2011; 2012; 2014) e seus companheiros franceses e, no brasil, sobretudo, os estudos de eni orlandi (2005; 2007; 2011; 2015; 2017) , colocamos em funcionamento reflexões a respeito dos dizeres e dos silêncios existentes em torno de uma prática pedagógica de iniciação científica na educação básica. no tocante à educação, sobretudo, a escolar, em seu quefazer crítico de comprometimento com transformações sociais, articulamos reflexões com os pensamentos de paulo freire (1983; 1996; 2005), michael apple (1989; 2017), dentre outros(as) educadores(as) e perspectivas críticas, como as que circulam no campo de discussões envolvendo ciência, tecnologia e sociedade (cts) (cassiani, linsingen, giraldi, 2011; linsingen, 2007). do ponto de vista metodológico, a pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, com aproximação da perspectiva etnográfica em contexto escolar. tal escolha proporcionou profuso diálogo com professores-orientadores e estudantes-pesquisadores na dinâmica contextual analisada. a análise de entrevistas, questionários, rodas de conversas e documentos, de origem normativa e do acervo do projeto de ic, compuseram o corpus analítico do trabalho. ao problematizarmos o discurso da formação de jovens talentos para a ciência, base dos programas estatais para ic, apresentamos como hipótese o entendimento de que a ic articulada com a proposta pedagógica pés na estrada do conhecimento iniciação científica na escola constitui-se como deslocamento do sentido dominante existente sobre ic para a educação básica brasileira. desse modo, com a pesquisa, sinalizamos a existência dos referidos deslocamentos de sentidos dominantes envolvendo ic na educação básica. conseguimos identificar quatro dimensões de tais deslocamentos, as quais envolvem: (i) não alinhamento aos discursos de formação de jovens talentos para a ciência; (ii) a construção de um entendimento de uma ic na escola em detrimento de uma ic para a escola; (iii) as especificidades dos lugares sociais e discursivos assumidos pelos sujeitos e (iv) a formação de professores e professoras na relação com a ic. assim, inferimos que o não alinhamento ao discurso dos jovens talentos para a ciência e a filiação a uma formação discursiva de transformação social movimentam a circulação de sentidos acerca de um outro pensar sobre e com a escola.
Índice de Shannon: 3.97835
Índice de Gini: 0.935553
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,76% | 6,11% | 8,99% | 6,60% | 6,70% | 4,92% | 5,77% | 8,14% | 6,75% | 5,46% | 6,34% | 5,75% | 5,93% | 7,04% | 4,89% | 5,86% |
ODS Predominates


4,76%

6,11%

8,99%

6,60%

6,70%

4,92%

5,77%

8,14%

6,75%

5,46%

6,34%

5,75%

5,93%

7,04%

4,89%

5,86%