Esta tese nasceu da percepção de mudanças significativas nas relações dos sujeitos com suas próprias sexualidades, que lhes permitiam uma plasticidade com relação ao sexo dos parceiros amorosos e sexuais, sem que esta plasticidade implicasse em sentimentos de inadequação e mal-estar tão facilmente verificáveis na clínica até duas décadas atrás. pôde-se constatar que as mudanças na cultura, influenciadas pela economia de massas, liberação das mulheres, dentre outras mudanças, desde o advento da modernidade, deslocaram o lugar compacto do contrato social e das tradições, implicando na queda do lugar do pai na cultura. no lugar da organização social tradicional, sustentada pela lógica do todo, na contemporaneidade organizam-se pequenos nichos de saber não-todos ou comunidades de gozo, que apontam a uma queda do falocentrismo ou feminização do mundo.