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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DO DESASTRE NATURAL: O QUE DIZEM AS CRIANÇAS DO VALE DO ITAJAÍ/SC

Orientador
  • LUCIENNE MARTINS BORGES
Aluno
  • MAIARA PEREIRA CUNHA

Conteúdo

Os “desastres naturais” na região sul do brasil, especificamente no vale do itajaí/ sc, são recorrentes e, em sua grande maioria, ocorrem devido às enchentes e atingem crianças e adultos. no caso das crianças, a experiência de ser exposta ao desastre natural pode culminar em uma situação de vulnerabilidade ou ainda deixar marcas na vida adulta. sendo assim, por meio da presente tese, pretendeu-se compreender as repercussões psicológicas em crianças atingidas por desastre natural. para responder ao supracitado objetivo a pesquisa teve caráter exploratório, de abordagem qualitativa, foi realizada com participantes escolhidos intencionalmente, isto é, crianças e familiares que passaram pela enchente de 2011 e embasou-se no referencial de orientação psicanalítico. ao total, 44 pessoas fizeram parte dessa investigação, dentre as quais 22 eram crianças e 22 seus respectivos familiares. para a coleta de dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada com o familiar, outra com a criança e, em seguida, a aplicação da técnica desenho-estória com tema. nessa, solicitou-se que a criança realizasse cinco desenhos com temas específicos: livre, como se sentiu com a enchente, como se sentiu durante a enchente, como se sentiu após a enchente e, por último, o que ou quem a auxiliou no enfrentamento das experiências ligadas ao evento de 2011. todos os áudios foram gravados, transcritos e sistematizados com o auxílio do atlas/ti 7.0. em seguida, para a análise das entrevistas e da história foi utilizada a análise de conteúdo categorial, proposta por bardin. ao compilar os dados obtiveram-se as seguintes categorias de análise: 1. a enchente, 2. a enchente e seus impactos, 3. fatores de risco, 4. fatores de proteção e 5. redes de apoio. com o primeiro elemento de análise, constatou-se que a enchente de 2008 ficou marcada pelas “lembranças” da destruição e o inesperado” em 2008. com a enchente de 2011, reforçou-se a “preparação” da comunidade, as “mudanças na rotina familiar” durante e após o evento, as “perdas materiais” e a “reconstrução” por parte dos atingidos. como impactos, destacaram-se: a “ambivalência” e a “tristeza” por parte das crianças; o “medo”, a “alegria”, a “hipervigilância” e o “esquecimento” por parte dos familiares e das crianças frente ao evento de 2011 e a “ansiedade” e os “pesadelos” por parte dos adultos. a “vulnerabilidade social”, os “vínculos familiares fragilizados” e o “silenciamento sobre a enchente” foram os fatores de risco predominantes. já os fatores de proteção apontados foram: a “espiritualidade”, o “acolhimento na escola”, o “fortalecimento dos vínculos”, o “brincar”, a “solidariedade”, isto é, a importância daquele para a criança e a solidariedade entre vizinhos. o “desempenho escolar” e os “cuidados maternos” também foram apontados como fatores protetivos. e, por fim, para caracterizar as redes de apoio os “familiares” foram assim reconhecidos por meio das palavras de conforto e na preparação das refeições. portanto, reitera-se o olhar da psicologia sobre o fenômeno da enchente, uma vez que no plano municipal de contingência deveria ser abordado também acerca da saúde mental ao serem enfatizados os cuidados com as crianças durante e após o período das cheias. destaca-se a importância de trabalhar a prevenção junto às crianças com a finalidade de que as perdas não sejam reativadas e, mais, que as marcas do evento sejam evitadas.

Índice de Shannon: 3.70967

Índice de Gini: 0.907433

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
15,46% 6,04% 17,75% 7,40% 6,25% 6,19% 2,22% 4,30% 2,41% 4,83% 3,92% 3,03% 8,72% 2,07% 3,92% 5,49%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

15,46%

ODS 2

6,04%

ODS 3

17,75%

ODS 4

7,40%

ODS 5

6,25%

ODS 6

6,19%

ODS 7

2,22%

ODS 8

4,30%

ODS 9

2,41%

ODS 10

4,83%

ODS 11

3,92%

ODS 12

3,03%

ODS 13

8,72%

ODS 14

2,07%

ODS 15

3,92%

ODS 16

5,49%