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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: VIVER NÃO É PRECISO: DISCURSOS SOBRE O SUICÍDIO NO SÉCULO XXI.

Orientador
  • SANDRA NOEMI CUCURULLO DE CAPONI
Aluno
  • DIOGO DE OLIVEIRA BOCCARDI

Conteúdo

O suicídio é considerado um fenômeno unívoco no século xxi, descrito em termos médicos e associado diretamente à presença de transtornos psiquiátricos. segue, portanto, proscrito, como conduta incompatível com a razão (moderna) e combatido em grande parte das sociedades ocidentais. esta dissertação versa, por um lado, sobre as condições de possibilidade para a emergência de um tal discurso e, por outro lado, sobre o modo como ele incide configurando a subjetividade de “pacientes” e de “profissionais”. neste sentido, vincula-se metodologicamente ao trabalho de michel foucault em suas prescrições de prudência acerca da polivalência tática dos discursos: em relação às expectativas de prevenção e medicalização dos comportamentos suicidas, é preciso fazer ver que se constituem em discursos produtores de vida e cuidado ao mesmo tempo que visam gerar sujeitos produtivos e dóceis. neste estudo, de base documental, são abordados os fatores de risco mais frequentes na literatura, a saber, os transtornos mentais e o abuso de drogas, bem como as estratégias para legitimar socialmente a psiquiatrização do suicídio: a expectativa de tratamento com psicofármacos e a produção de evidências por pesquisas de tipo autópsia psicológica. foram analisados dois manuais editados pelo ministério da saúde do brasil e pela organização mundial da saúde dirigidos a profissionais para a prevenção do suicídio. a análise dos documentos evidenciou o caráter coercitivo-compassivo das prescrições feitas aos profissionais de saúde. tendo em conta que, apesar dos esforços, os índices globais de mortes por suicídio não se reduzem, cabe verificar os efeitos dos discursos sobres os sujeitos (sejam os suicidas ou aqueles que os atendem) – aqui narrados em quatro casos clínicos com diferentes características e desfechos. por fim, identificou-se que, apesar de ser considerado um tabu no século xxi, há um imperativo para que se fale sobre o suicídio, mas que se fale apenas sob certo regime – que envolve o saber médico, a proibição e a pecha de doente mental, criando uma impossibilidade de diálogo franco.

Índice de Shannon: 0.897875

Índice de Gini: 0.201045

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,54% 1,02% 89,34% 0,61% 0,81% 0,61% 0,56% 0,78% 0,62% 0,56% 0,59% 0,65% 0,51% 0,70% 0,56% 1,56%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

0,54%

ODS 2

1,02%

ODS 3

89,34%

ODS 4

0,61%

ODS 5

0,81%

ODS 6

0,61%

ODS 7

0,56%

ODS 8

0,78%

ODS 9

0,62%

ODS 10

0,56%

ODS 11

0,59%

ODS 12

0,65%

ODS 13

0,51%

ODS 14

0,70%

ODS 15

0,56%

ODS 16

1,56%