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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: A ANTÍGONA ERRANTE: JUDITH MALINA E A VIDA COMO PERFORMANCE

Orientador
  • CLAUDIA JUNQUEIRA DE LIMA COSTA
Aluno
  • ROBERTA CANTARELA

Conteúdo

O teatro, emblema de confrontações sociopolíticas e ideológicas intensificadas no último século, foi palco da criação do grupo teatral the living theatre, em 1947, em nova iorque. os fundadores do living, o casal anarquista julian beck e judith malina, concebeu o grupo de teatro experimental mais ativo, e ainda em atividade, da contemporaneidade. com o apogeu do movimento contracultural nos anos 60 e 70, o grupo intensificou o seu papel de porta-voz das artes cênicas e dentro deste contexto de ação ocasionou seu roteiro itinerante. após o convite de josé celso e renato borghi, do teatro oficina, o living theatre veio ao brasil para apresentar a sua metodologia de criação e encenação, participando de seminários em são paulo e em minas gerais, onde, em 1971, seus integrantes foram presos pelo regime militar brasileiro. nesse período, dentro da prisão, judith malina escreveu em seu diário sobre sua estada no departamento de ordem política e social (dops). em sua injusta morada na prisão, judith malina relatou em seus escritos às várias situações pelas quais passou dentro do cárcere. desse modo, a sua fala, além de caracterizar a sua aflição individual, reflete um momento histórico tanto do the living theatre quanto de diversas pessoas que foram presas pela ditadura militar por motivos obscuros, como acusação de subversão. ao ler o diário de malina, se percebem algumas inquietações advindas de uma mulher alemã, judia, mãe, anarquista, pacifista e revolucionária. no entanto, para compreender melhor o panorama de vida dessa mulher, se faz necessário olhar para o passado, para a seleção de alguns poemas do livro poems of a wandering jewess (1984) e seus últimos poemas publicados na obra having loved: new poems (2015). para um olhar atento sobre a tradutora de antigone (1990) do dramaturgo bertold brecht, judith malina, parte-se do mito de antígona, mulher que desobedece às leis vigentes para lutar pelo que almeja, uma marca também em malina. para compreender seu desempenho político que se funde com a vida privada, percebe-se malina em um universo performático em que seus escritos e suas ações no teatro se enredam de tal forma a se examinar as diferenças do público e o privado; entre a performance na vida política e na vida cotidiana da artista. deste modo, o presente estudo apresenta a mulher, judith malina, em seu tablado de atuação, nos palcos, na escrita e na revolução. para a tessitura do texto utilizam-se como suporte teórico, estudos sobre o teatro como steiner (1995), artaud (2006), brook (1996), biner (1976), bornheim (2007) e brecht (1978); sobre diário e testemunho, como seligmann-silva (2005), ginzburg (2008), gagnebin (2009), blanchot (1987) e (2005); sobre a tortura violência na ditadura brasileira, butler (2015), wolff (2015), malina (2011), vannucci (2012), green (2009), entre outros. neste cenário almeja-se visualizar a mulher revolucionária judith malina, tanto nos palcos como na vida.

Índice de Shannon: 2.80915

Índice de Gini: 0.711589

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,09% 2,76% 4,13% 1,98% 51,90% 1,79% 3,15% 4,30% 2,77% 2,16% 3,20% 2,56% 2,32% 2,23% 1,81% 7,86%
ODS Predominates
ODS 5
ODS 1

5,09%

ODS 2

2,76%

ODS 3

4,13%

ODS 4

1,98%

ODS 5

51,90%

ODS 6

1,79%

ODS 7

3,15%

ODS 8

4,30%

ODS 9

2,77%

ODS 10

2,16%

ODS 11

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ODS 12

2,56%

ODS 13

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ODS 14

2,23%

ODS 15

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ODS 16

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