
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Tese
Título: TURISMO, FORMAÇÃO, INDÚSTRIA CULTURAL: A EXPERIÊNCIA DA EXCURSÃO
Orientador
- ALEXANDRE FERNANDEZ VAZ
Aluno
- VERONICA WERLE
Conteúdo
No presente trabalho procuramos investigar a experiência do turista que viaja em excursão, tomando como objeto os aspectos formativos da sua relação com o tempo de lazer, com os objetos turísticos e com seus pares, o que não se deu sem a análise de parte da estrutura e dos mecanismos da excursão como produto mercadorizado, inserido, portanto, na lógica da indústria cultural. considerando conceitos-chave da teoria crítica da sociedade (indústria cultural, experiência, vivência, bildung), entre outros, analisamos o movimento contraditório do turismo como mercadoria e como possibilidade de constituição de experiências por quem embarca nessa prática como opção de lazer. para tanto acompanhamos 4 excursões realizadas na região sul do brasil e entrevistamos 15 turistas, em sua maioria idosos. entre os principais resultados destacamos que: a) a diversão orientada proporcionada pela excursão ocorre por meio de um conjunto de regras e normas implícitas e explícitas que compõem o que chamamos de cartilha turística, termo que expressa o caráter de lazer total do turismo; b) assim como toda a dinâmica turística, os estímulos oferecidos à visão, audição, ao paladar e tato constituem-se em entretenimento e, como tal, mercadorias de consumo destinadas a produzir sensações, ao que decorre o fortalecimento do processo de alienação sensorial; c) a visão possui papel central na excursão, sendo determinada como forma privilegiada (senão única) de apreensão da realidade e, ao mesmo tempo, determina os ritmos e os conhecimentos feitos na viagem; d) o turista assume uma disposição para novidade tornada habitual no interior da viagem, assim como dá preferência a uma relação de proximidade com os objetos turísticos ou não, o que se expressa, entre outros aspectos, no impulso de deles apropriar-se por meio de suas imagens e dados informativos; e) a excursão como um todo e as atividades que a compõem se sucedem para o turista como vivência de choque, implicando diretamente no enfraquecimento das forças mnemônicas (e por isso o caráter imprescindível do uso do recurso fotográfico) e miméticas (e por isso a valorização da apreensão direta do objeto pela informação); f) para os idosos, que já não trabalham formalmente, a viagem, assim como outras formas de lazer, parece ajudar a retomar um ritmo de vida que se assemelha ao das atividades laborais, além de constituir-se em espaços de ocupação para o entretenimento e formação de biossociabilidades.
Índice de Shannon: 3.88023
Índice de Gini: 0.925136
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,74% | 5,26% | 5,48% | 5,53% | 6,18% | 3,51% | 4,76% | 15,20% | 8,39% | 3,65% | 8,23% | 7,65% | 3,98% | 5,15% | 4,42% | 7,87% |
ODS Predominates


4,74%

5,26%

5,48%

5,53%

6,18%

3,51%

4,76%

15,20%

8,39%

3,65%

8,23%

7,65%

3,98%

5,15%

4,42%

7,87%