Introdução: a advocacia do paciente é componente essencial do papel do enfermeiro, sendo necessária quando o enfermeiro avalia potenciais problemas que possam vir à prejudica-lo. esse papel do enfermeiro na defesa do paciente tornar-se mais evidente na unidade de terapia intensiva (uti) devido a maior vulnerabilidade dos pacientes internados nessas unidades, tanto pela gravidade de seu quadro clínico, como pela quantidade de aparato tecnológico presente nesse ambiente. objetivos: identificar fatores que influenciam no exercício da defesa do paciente por enfermeiros de uti, utilizando a escala protective nursing advocacy scale – versão brasileira. analisar os fatores associados às ações de defesa do paciente pelos enfermeiros intensivistas, utilizando a escala protective nursing advocacy scale – versão brasileira. metodologia: pesquisa quantitativa, descritiva e exploratória, com delineamento transversal realizada com 451 enfermeiros de uti das regiões sul e sudeste do brasil, selecionados por amostragem não probabilística por conveniência, de acordo com sua presença e disponibilidade durante os eventos da abenti e da amib, ou disponibilidade de acesso ao questionário online através de mídia virtual. os dados coletados foram analisados com o auxílio do software statistical package for the social sciences (spss) versão 22.0 para windows. projeto aprovado pelo comitê de ética, parecer 863.112. foi realizada uma análise exploratória de fatores e testes de associação, qui-quadrado e teste t de student. resultados: no primeiro manuscrito: “advocacia do paciente por enfermeiros no contexto da terapia intensiva”, foi realizada a análise fatorial exploratória dos dados e encontrado dois fatores distintos, o primeiro - antecedentes, barreiras e implicações negativas do exercício da advocacia do paciente pelo enfermeiro de uti - se refere à premissa de que ainda que os enfermeiros considerem importante o exercício da advocacia do paciente diante das situações prejudiciais, de tratamentos que causem sofrimento e da necessidade de tomada de decisões dos pacientes, eles sinalizam 12 aspectos que podem ser considerados problemáticos e ou conflitivos para o exercício da advocacia. o segundo fator - ações dos enfermeiros e benefícios da advocacia do paciente na uti - retrata as ações dos enfermeiros intensivistas na advocacia do paciente e os benefícios dessa advocacia. no segundo manuscrito “ações de advocacia do paciente pelos enfermeiros intensivistas: fatores associados” encontrou-se associação estatística ao nível de significância de 5%, como resultado para os testes qui-quadrado entre as variáveis números de vínculos empregatícios e realização de reuniões na uti de trabalho, com o fator ‘antecedentes, barreiras e implicações negativas do exercício da advocacia do paciente pelo enfermeiro de uti’. enfermeiros que atuam em utis onde ocorrem reuniões tem uma frequência maior de discordância com as questões sobre antecedentes, barreiras e implicações negativas e que enfermeiros com mais de um vínculo tiveram frequência diferente da esperada associada ao mesmo fator, isso associando que o maior número de vínculos causa mais sofrimento, estresse e cansaço nos trabalhadores, ocasionando uma barreira ao exercício da advocacia do paciente por esses enfermeiros. considerações finais: há necessidade de mais estudos para que seja possível entender as ações dos enfermeiros nessa defesa, e também os fatores que podem influenciar positivamente ou negativamente na atuação destes enfermeiros. sinaliza-se o possível benefício da advocacia, tanto para o paciente como para o enfermeiro que atua, evidenciando que o paciente vulnerável necessita de apoio e orientação em suas decisões, o que quando realizado de maneira eficaz eleva a satisfação profissional do enfermeiro, fazendo com que atue com mais frequência na defesa de seus pacientes internados na uti.