
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: REALIDADE VIRTUAL COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NA RECUPERAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE SOFRERAM QUEIMADURAS: ESTUDO CLÍNICO CONTROLADO NÃO RANDOMIZADO
Orientador
- MARIA ELENA ECHEVARRIA GUANILO
Aluno
- SOLIANE QUITOLINA SCAPIN
Conteúdo
A dor é inerente à recuperação de crianças e adolescentes que sofreram queimadura, estando presente não só na ocorrência da lesão, mas também durante o processo de recuperação. o tratamento da dor é baseado no uso de medicamentos, porém os mesmos apresentam importantes limitações na redução completa da intensidade dolorosa. dessa forma, torna-se relevante a incorporação de tecnologias não farmacológicas como complemento à terapia medicamentosa. uma das tecnologias recentemente exploradas é a realidade virtual, esta permite que o usuário fique imerso em um ambiente virtual, explorando uma visão tridimensional, causando distração, interação e imersão. o uso da realidade virtual em pacientes queimados vem apresentando resultados promissores na redução da dor e suas consequências. o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da realidade virtual como terapia complementar na recuperação de pacientes pediátricos queimados internados em um hospital pediátrico de referência do sul do brasil. trata-se de estudo clínico controlado não randomizado, sendo utilizada a série temporal interrompida com um grupo. participaram do estudo 15 crianças e adolescentes, conforme cálculo amostral prévio, entre sete e 14 anos de idade. o local escolhido foi o centro de tratamento de queimados do hospital infantil joana de gusmão de santa catarina. o estudo aconteceu entre os meses de março de 2016 a outubro de 2017, por meio da aplicação dos óculos de realidade virtual, durante até três dias, no momento da troca de curativo. os efeitos da realidade virtual foram medidos em até cinco momentos na troca de curativo, através da aplicação da escala numérica e de faces, a qual foi utilizada para avaliar a dor e a distração, além dos parâmetros clínicos (saturação de oxigênio e frequência cardíaca) e observações da pesquisadora sobre o comportamento da criança e do adolescente. o estudo foi realizado com 15 crianças e adolescentes queimados, com idades entre sete e 14 anos. os resultados apontaram uma relação entre o uso da realidade virtual e a dor, observando-se menor intensidade durante o uso dos óculos, maior distração, pouco relato de efeito colateral e reduzida necessidade de analgésicos de resgate. em relação aos parâmetros clínicos, não houve variações significantes de saturação de oxigênio, porém a frequência cardíaca permaneceu com parâmetros fisiológicos durante o uso da realidade virtual. ainda, os participantes relataram maior diversão, demonstraram menos expressões faciais e corporais de dor e ficaram mais colaborativos durante o curativo. houve redução da intensidade dolorosa ao longo dos três dias de intervenção, sendo este dado foi estatisticamente significativo (p<0,05). com isso, conclui-se que a realidade virtual traz importantes contribuições no alívio da dor e suas consequências, apresentando-se como terapia inovadora e promissora que pode ser incorporada ao cuidado de enfermagem melhorando a qualidade da assistência prestada à criança e ao adolescente queimado. como potencialidades deste estudo destacam-se a utilização de uma tecnologia pouco explorada no contexto brasileiro e como limitações o tamanho amostral e a necessidade de aumentar as medidas de dor e parâmetros clínicos para melhor evidenciar os efeitos deste tratamento.
Índice de Shannon: 3.70387
Índice de Gini: 0.895153
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,37% | 5,25% | 25,92% | 5,16% | 4,61% | 4,20% | 4,61% | 5,31% | 6,31% | 3,72% | 6,11% | 6,04% | 3,57% | 4,31% | 4,50% | 6,03% |
ODS Predominates


4,37%

5,25%

25,92%

5,16%

4,61%

4,20%

4,61%

5,31%

6,31%

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